segunda-feira, 15 de julho de 2019

TEATRO INFANTIL EM RIO PARDO


O teatro infantil de Rio Pardo é um dos poucos no gênero, de que se tem notícias, no interior do Estado.
As apresentações se faziam sobre um tablado, ao ar livre, na Praça Quinze de Novembro (chamada “bicuda”, em terreno próximo à antiga Estação Rodoviária, na altura do entroncamento das ruas Senhor dos Passos e João Pessoa).
Pelissier de Lima Costa dirigia a gurizada de 1899 a 1900 e entre os pequenos atores se perfilavam os filhos do intendente Francisco Ferreira. A professora Dona Aurora do Amaral Lisboa, apesar de adversária política do intendente, assistia às representações, tendo mesmo elogiado a atuação do filho dele, Francisco. Mas também dirigiu peças, contando certa vez entre as crianças, Biágio Tarantino e Eva Silveira da Luz que mais tarde viriam a consorciar-se.
Um segundo elenco infantil foi constituído, por volta de 1903, por Nilo Correia, sobrinho da atriz Assunção Viggiani, Francisco R. Ferreira Filho e Armando Nestor Cavalcanti, mais tarde general. Apresentaram três comédias e em cada uma delas, um dos rapazes, de doze a treze anos, devia travestir-se. O maquilador era o velho escrivão José Correia Vasques, uma das esportivas vítimas da revista Rio Pardo em Foco.
Rio Pardo, outrora rival de Porto Alegre, ligada a ela por fácil via fluvial, também no terreno teatral evidenciou levantados ideais artísticos, cuja concretização estão a requerer, apesar de tudo o que já foi feito, um inventário mais completo, mais diversificado.

REFERÊNCIA
HESSEL, Lothar. O teatro no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Ed. da Universidade/UFRGS, 1999. p. 153-154.


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