EU E A VELHA PONTE DO RIO PARDO
É curioso esta vida, e mais curiosa ainda, são os
sentimentos que os homens formam e mentalizam. Por exemplo: dizem que o amor
está morrendo. Por um lado está certo e por outro, não...
Explico, como não...
Como podem dizer que o homem está se transformando num ser
frio e calculista, quando existem casos como esse, que eu vou contar e em que
eu mesmo figura como participante de uma história real e verdadeira.
Vocês sabem aquela velha ponte sobre o Rio Pardo? Pois bem,
eu posso por ela desde que nasci. Acompanho, de certo modo, a sua existência,
assim como ela me viu crescer. E o mais
curioso em tudo isto é amor que nos une. Sim, eu falei: AMOR, por que não? É
preciso que vocês saibam que, apesar de tudo o que dizem por aí, ainda existe
um homem que ama um objeto, uma ponte. Incrível, não?
Muitas vezes, durante estes anos todos, a Velha Ponte me viu
triste, outras vezes alegre. Algumas vezes, sentiu em mim a decepção, o medo (sim,
medo...), a melancolia, a confiança, a coragem, e assim por diante. Ora, por
incrível que pareça, cheguei à conclusão que aquela velha Ponte me conhece, me
entende,vive comigo e com meus problemas e acertos.
Quando resolvi escrever este texto para o JRP, que espero
venha a ser publicado, fiz com uma intenção: contar minha história e deixar um
apelo sincero e determinado. A história, todos vocês já estão conhecendo. Mas o
apelo é este: “CONSERVEM A VELHA PONTE”.
FONTE: Jornal de Rio Pardo 22/08 1980- (De um leitor do Jornal de Rio Pardo)- AHMRP
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