quarta-feira, 28 de outubro de 2015

CINE HOTEL- UM SONHO NÃO REALIZADO

No ano de 1954 estiveram em Rio Pardo técnicos do Consórcio Brasileiro de Investimento S.A. para realizar um estudo para construção de um grandioso Cine Hotel, obra orçada entre 8 a 10 milhões de cruzeiros. Esta equipe era formada pelos Engenheiros Leoni Sgrilo, Marino Azambuja, Lauro Penteado e Adolfo Kaiser. A ideia foi recebida com grande entusiasmo nos meios sociais para a constituição do Cine-Hotel Consórcio Rio Pardo S.A., presidido por Estevão Araújo Motta.
A planta do futuro empreendimento apresentava características modernas e grandiosas, tendo sito projetada com todos os requisitos de conforto da época. A previsão era de construir,  anexo ao Hotel, um moderno restaurante, uma casa de chá e uma boate. Havia previsão de fomentar o turismo, criando condições de hospedagem de alta classe.
Realizou-se no dia 10 de setembro de 1954, no cartório do Sr. Renato Pellegrini, o ato de assinatura da compra do terreno e de um antigo casarão ali existente, pertencentes ao Sr. Salvador Reina, para a construção do edifício do Cine Hotel. A previsão do início da construção era  março de 1955.
Conforme noticiou o Jornal de Rio Pardo, de 31 de janeiro de 1954, o Dr. Apeles de Quadros afirmou que “houve união dos rio-pardenses para batalhar pelo progresso de sua terra natal”.

REFERÊNCIAS: Coleção de Jornais do Arquivo Histórico Municipal - Jornal de Rio Pardo 1954-1955

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

UM POUCO DE HISTÓRIA...


                “Em 1801, um pequeno bando armado liderado por Manoel dos Santos Pedroso, um soldado-estancieiro, e por José Borges do Canto, um contrabandista e desertor dos Dragões, incorporou as Missões, até então dominadas pelos espanhóis. Consequentemente, houve um avanço da fronteira gaúcha até as barrancas do rio Uruguai dando ao Rio Grande do Sul, grosso modo, os contornos limítrofes atuais. Com a área anexada, os luso-brasileiros apoderaram-se das últimas reservas de campo ainda disponíveis.”

(VOGT, Olgário  Paulo. Formação social e econômica da porção meridional do Vale do Rio Pardo. In: VOGT, O. P.; SILVEIRA, R. L. L. da (org.). Vale do Rio Pardo: (re)conhecendo a região. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2001. p. 88)


  Borges do Canto e sua Tropilha           "A tropilha do Capitão José Borges do Canto"
<www.berega.com.br/obras/Quadros/diversos/diversos.htm>


                E é o próprio Borges do Canto que informa como se realizou tal conquista, “apenas com 44 pessoas, pequeno destacamento para tão enorme empreendimento”:
                “Marchei avançando  a estâncias e segurando tudo quanto encontrava assim cheguei a ter notícias de um acampamento que se estava fazendo porém ainda com poucas forças e como me via com tão boa gente quis experimentar a ventura e como fui feliz e me vi senhor de mais de trezentos índios marchei a investir ao povo e como achei fortificado com artilharia não quis arriscar gente e achei melhor sitiá-lo e com tão grande felicidade que em três dias fizemos capitulação com o senhor Tenente Coronel D. Francisco Rodrigo.”


(LAYTANO, Dante de. O quartel de Rio Pardo, Regimento de Dragões e conquista das Missões. Pequena Memória cronológica de história militar capitaria. 1807 – 1810. Separata dos “Anais” da Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre:1949. p. 4.)