sexta-feira, 2 de outubro de 2015

UM POUCO DE HISTÓRIA...


                “Em 1801, um pequeno bando armado liderado por Manoel dos Santos Pedroso, um soldado-estancieiro, e por José Borges do Canto, um contrabandista e desertor dos Dragões, incorporou as Missões, até então dominadas pelos espanhóis. Consequentemente, houve um avanço da fronteira gaúcha até as barrancas do rio Uruguai dando ao Rio Grande do Sul, grosso modo, os contornos limítrofes atuais. Com a área anexada, os luso-brasileiros apoderaram-se das últimas reservas de campo ainda disponíveis.”

(VOGT, Olgário  Paulo. Formação social e econômica da porção meridional do Vale do Rio Pardo. In: VOGT, O. P.; SILVEIRA, R. L. L. da (org.). Vale do Rio Pardo: (re)conhecendo a região. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2001. p. 88)


  Borges do Canto e sua Tropilha           "A tropilha do Capitão José Borges do Canto"
<www.berega.com.br/obras/Quadros/diversos/diversos.htm>


                E é o próprio Borges do Canto que informa como se realizou tal conquista, “apenas com 44 pessoas, pequeno destacamento para tão enorme empreendimento”:
                “Marchei avançando  a estâncias e segurando tudo quanto encontrava assim cheguei a ter notícias de um acampamento que se estava fazendo porém ainda com poucas forças e como me via com tão boa gente quis experimentar a ventura e como fui feliz e me vi senhor de mais de trezentos índios marchei a investir ao povo e como achei fortificado com artilharia não quis arriscar gente e achei melhor sitiá-lo e com tão grande felicidade que em três dias fizemos capitulação com o senhor Tenente Coronel D. Francisco Rodrigo.”


(LAYTANO, Dante de. O quartel de Rio Pardo, Regimento de Dragões e conquista das Missões. Pequena Memória cronológica de história militar capitaria. 1807 – 1810. Separata dos “Anais” da Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre:1949. p. 4.)

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