UM POUCO DE HISTÓRIA...
“Em
1801, um pequeno bando armado liderado por Manoel dos Santos Pedroso, um
soldado-estancieiro, e por José Borges do Canto, um contrabandista e desertor
dos Dragões, incorporou as Missões, até então dominadas pelos espanhóis.
Consequentemente, houve um avanço da fronteira gaúcha até as barrancas do rio
Uruguai dando ao Rio Grande do Sul, grosso modo, os contornos limítrofes
atuais. Com a área anexada, os luso-brasileiros apoderaram-se das últimas
reservas de campo ainda disponíveis.”
(VOGT, Olgário Paulo.
Formação social e econômica da porção meridional do Vale do Rio Pardo. In:
VOGT, O. P.; SILVEIRA, R. L. L. da (org.). Vale do Rio Pardo: (re)conhecendo a
região. Santa Cruz do Sul: EDUNISC, 2001. p. 88)
"A tropilha do Capitão José Borges do Canto"
<www.berega.com.br/obras/Quadros/diversos/diversos.htm>
E
é o próprio Borges do Canto que informa como se realizou tal conquista, “apenas
com 44 pessoas, pequeno destacamento para tão enorme empreendimento”:
“Marchei
avançando a estâncias e segurando tudo
quanto encontrava assim cheguei a ter notícias de um acampamento que se estava
fazendo porém ainda com poucas forças e como me via com tão boa gente quis
experimentar a ventura e como fui feliz e me vi senhor de mais de trezentos
índios marchei a investir ao povo e como achei fortificado com artilharia não
quis arriscar gente e achei melhor sitiá-lo e com tão grande felicidade que em
três dias fizemos capitulação com o senhor Tenente Coronel D. Francisco
Rodrigo.”
(LAYTANO, Dante de. O quartel de
Rio Pardo, Regimento de Dragões e conquista das Missões. Pequena Memória
cronológica de história militar capitaria. 1807 – 1810. Separata dos “Anais” da
Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre:1949. p. 4.)
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