Na época das invasões espanholas ao
território do Rio Grande do Sul (1763-1776) a Coroa Portuguesa teve
dificuldades para reforçar as tropas que ali atuavam. Uma saída para tal
problema foi determinar que deveria se adotar o sistema de guerrilha nos
combates: “A guerra contra o invasor será feita com pequenas patrulhas atuando
dispersas, localizadas em matos nos passos dos rios e arroios. Destes locais
sairão ao encontro dos invasores para surpreendê-los, causar-lhes baixas,
arruinar-lhes cavalhadas, gados e suprimentos, e ainda trazê-los em contínua e
persistente inquietação.”
“O horror de negros valentes que o medo não conheciam”
Nessa guerra de guerrilhas, denominada Guerra à Gaúcha,
destacou-se a atuação do corpo de guerrilheiros negros comandado por Rafael
Pinto Bandeira. Para enfrentar a tropa de D. Antonio Gomes, em janeiro de 1774,
ele reuniu 80 escravos nas serras do Tape e do Herval – Rincão do Canguçu e da
Encruzilhada. O grupo venceu as tropas espanholas provenientes das Missões, causando
danos e terror, sem dar sossego ao inimigo que bateu em retirada. Enquanto
isto, homens pretos, brancos e mulatos faziam limpeza nos campos de gado
cavalar e vacum, deixando o exército de Vertiz sem recursos disponíveis.
REFERÊNCIA: FONSECA,
Pedro Ari Veríssimo da. O negro na história do Rio Grande heroico (1725 –
1879). Passo Fundo: Projeto Passo Fundo, 2013. (p. 70-71). Disponível em:
https:/books.google.co.br/books?usbn=83260389.
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