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Frederico Augusto Hannemann nasceu em 25 de
maio de 1819, em Wartenburg, Reino da Saxônia. Aos 34 anos resolveu emigrar
para o Brasil, onde pretendia dedicar-se à apicultura. Integrando um grupo de
332 agricultores alemães, enfrentou uma viagem de navio de três meses para
chegar ao Brasil. Desembarcou em 27 de dezembro de 1853 em Porto Alegre. Trazia
consigo a esposa, Frederica Guilhermina Hannemann e a filha Cosmopolitina,
nascida durante a viagem.
O destino do grupo era São Leopoldo. Porém,
Hannemann não encontrou na região condições favoráveis para a criação de
abelhas. Por isso permaneceu pouco tempo ali. Passou a viajar pelo interior do
Estado, até que encontrou “notável proeminência de terrenos, na margem direita
do rio Pardo e esquerda do Jacuí, em frente e ao norte da barra dos mesmos rios”
(Sacarello, citado por Porto et al, 1936, p. 18).
Ele subira o rio Jacuí e descobrira o lugar
ideal para desenvolver seu plano, localizado entre os arroios Cabral e Passo da
Areia, a 10 km da sede, no município de Rio Pardo. Comprou as terras, uma área
total de 180 ha, e ali construiu a casa onde viveu com a família até 1912.
Batizou sua nova propriedade com o nome de
Fazenda Abelina. Ali nasceram sua filha Maria Othilia, em 14 de novembro de
1854 e seu filho Alexandre Maximiliano, em 14 de outubro de 1860. Realizou seu
sonho de dedicar-se à apicultura e produzir vinho, destacando-se como produtor
rural, a ponto de ser distinguido em 1884 com a concessão, pelo Governo
Imperial, da “mercê de Cavaleiro da Ordem da Rosa” (Livro 81, 1884, p. 116).
Nesse mesmo ano resolveu naturalizar-se e no dia 2 de julho compareceu à Câmara
de Vereadores de Rio Pardo, declarando que “vinha fazer, como pelo presente
termo faz as seguintes declarações: que é natural da Alemanha, de sessenta e
cinco anos de idade, acatólico, casado, com filhos, que veio para o Brasil como
colono no ano de mil oitocentos e cincoenta e três, que quer naturalizar-se
cidadão brasileiro, fixar sua residência neste Império e tomá-lo por pátria.”
(Jornal de Rio Pardo, 1954, p. 5)
No mesmo dia, prestou juramento para ser
reconhecido como cidadão brasileiro naturalizado.
Frederico Augusto Hannemann morreu em 26 de
julho de 1912, sendo sepultado no cemitério da Fazenda Abelina, ao lado da
esposa Frederica Guilhermina, que morrera em janeiro do mesmo ano.
(Continua)
Gostaria de saber mais sobre a contribuição do sr Frederico Hanneman na área de apicultura. Vocês poderiam me indicar alguma fonte histórica ou pessoas? Edilson, professor da UFS
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