Segundo Dante de
Laytano, em Rio Pardo os mortos eram enterrados em cemitérios existentes atrás
das igrejas: na Matriz, na Capela dos Passos, na Capela de São Francisco, na
Capela da Aldeia de São Nicolau e, no interior do município, nos cemitérios do
distrito de Cruz Alta e das fazendas, além de sepulturas espalhadas pelos
campos.
Relatório
solicitado pela Câmara de Vereadores em 1845 informa a respeito de cemitérios:
“não
há no Município um só que ao devido respeito pelas cinzas dos finados una as
qualidades higiênicas que a ciência tem mostrado necessárias. Aqui, na Vila, os
Cemitérios fartos de cadáveres, com que já não podem, empestam a povoação em
cujo centro se conservam. As nossas Igrejas prenham os próprios muros de catacumbas;
e com prejuízo dos vivos, e com desrespeito talvez da majestade do sítio,
convertem-se em amplas carneiras para se fazer de alguma renda. Tal estado não
é compatível, Senhores, com o bem estar do Município, e com as ideias que
convêm inspirar ao povo, ainda muito abalado e descrido por essa longa e
desorganizadora luta que termina. Por isso a Comissão aponta a construção de
Cemitérios em locais idôneos nesta Vila, Encruzilhada, Aldeia e Cruz Alta como
um dos principais melhoramentos que o Município requer.”.
REFERÊNCIAS:
LAYTANO, Dante de. Guia Histórico de Rio Pardo,
cidade tradicional do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: AGE, 1979. (Edição da
Prefeitura Municipal de Rio Pardo). p .48-50; 126
Documento avulso nº 5 – Caixa nº 46 – Documentos avulsos – 1845, do
acervo do Arquivo Municipal de Rio Pardo. (Documento transcrito com ajustes
ortográficos)
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