quinta-feira, 8 de agosto de 2019

UM GIGANTE DAS CARRETAS RIO PARDO


HOJE, PANTANO GRANDE

Sr. Miguel Guterres da Luz nasceu 29 de setembro de 1920. Foi um grande herói carreteiro que, aos 8 anos de idade, começou a enfrentar as estradas passando por muitas dificuldades como frio, chuvas, atoleiros, calor, tempestades de ventos, as quais muitas vezes impedia-o de chegar aos seus destino. Andava com suas carretas dia e noite. À noite ia guiado pelo clarão da lua. As viagens, ida e volta, tinham duração de até uma semana. Na época, eram usados três tipos de carretas; carretinha de uma junta de boi para serviços caseiros, carreta ¾ com três juntas de bois, e carretão, que levava 100 arrobas ou 1.500 quilos. Esta última era utilizada por Miguel. Porém, para maior sacrifício do carreteiro, a balança de conferência no destino pesava apenas de dez em dez arrobas, Sendo assim, toda a quantia levada na carreta tinha de ser colocada aos poucos sobre a balança manualmente. O locais marcados pelos carreteiros  para pousadas e paradas para descansos eram de Várzea à Pantano Grande: Alto do Açude, propriedade do Senhor Feliciano Pereira de Barros, Alto dos Lagoão, Barro Branco, Aroeiras à Pantano pela Estrada da Divisa, Areia do Pão, Descida  do Mata pulga, Capão da Fonte.  De Pantano à Rio Pardo: Barro Preto, Boa Vista, Pastagem Nova, Dona Alice, Volta Grande e Santa Vitória. A travessia das carretas pelo Rio Jacuí para chegarem até Rio Pardo era feito por balsa, sendo esta comandada pelo senhor Gomercindo Salão Trindade. Os valores dos fretes variavam entre 15 e 25 mil réis. Porém, quando se fazia bons negócios, podia-se receber até 30 mil réis, para a felicidade do carreteiro, que voltava para casa com a guaiaca cheia.
Esta é mais uma história de nossa terra.


FONTE: Relembrando História de Nossa Terra, pg. 89,2010. Olívio Soares - AHMRP

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