HOJE, PANTANO GRANDE
Sr. Miguel Guterres da Luz nasceu 29 de setembro de 1920.
Foi um grande herói carreteiro que, aos 8 anos de idade, começou a enfrentar as
estradas passando por muitas dificuldades como frio, chuvas, atoleiros, calor,
tempestades de ventos, as quais muitas vezes impedia-o de chegar aos seus
destino. Andava com suas carretas dia e noite. À noite ia guiado pelo clarão da
lua. As viagens, ida e volta, tinham duração de até uma semana. Na época, eram
usados três tipos de carretas; carretinha de uma junta de boi para serviços
caseiros, carreta ¾ com três juntas de bois, e carretão, que levava 100 arrobas
ou 1.500 quilos. Esta última era utilizada por Miguel. Porém, para maior
sacrifício do carreteiro, a balança de conferência no destino pesava apenas de
dez em dez arrobas, Sendo assim, toda a quantia levada na carreta tinha de ser
colocada aos poucos sobre a balança manualmente. O locais marcados pelos
carreteiros para pousadas e paradas para
descansos eram de Várzea à Pantano Grande: Alto do Açude, propriedade do Senhor
Feliciano Pereira de Barros, Alto dos Lagoão, Barro Branco, Aroeiras à Pantano
pela Estrada da Divisa, Areia do Pão, Descida
do Mata pulga, Capão da Fonte. De
Pantano à Rio Pardo: Barro Preto, Boa Vista, Pastagem Nova, Dona Alice, Volta
Grande e Santa Vitória. A travessia das carretas pelo Rio Jacuí para chegarem
até Rio Pardo era feito por balsa, sendo esta comandada pelo senhor Gomercindo
Salão Trindade. Os valores dos fretes variavam entre 15 e 25 mil réis. Porém,
quando se fazia bons negócios, podia-se receber até 30 mil réis, para a
felicidade do carreteiro, que voltava para casa com a guaiaca cheia.
Esta é mais uma história de nossa terra.
FONTE: Relembrando História de Nossa Terra, pg. 89,2010. Olívio
Soares - AHMRP
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