sexta-feira, 27 de julho de 2018

HISTÓRIA DE UMA VIDA...


Hoje o dia está lindo o sol voltou e fiquei pensando que deveria escrever algo sobre uma pessoa que muito fez e faz  pela  História de Rio Pardo.
Começo pela sua infância junto de seus pais e irmãos na Rua General Osório, estudante do Colégio Auxiliadora na década de 1960, onde recebeu uma ótima educação em Escola Particular de Religião Cristã. Sua mãe também estudou nesta escola, mas que por pouco tempo pois sentia-se um pouco isolada, constrangida e até perseguida por ser de religião Evangélica. Continuou os estudos na E. E. Ernesto Alves, formou - se em História e trabalhou como professora no Estado e no Município até se aposentar,  durante sua vida profissional foi professora, amiga e companheira e querida por seus colegas, viveu e cuidou de sua mãe até os seus últimos dias de vida. Durante o seu trabalho no Município, por muitos anos na Secretaria de Educação e Cultura, como Supervisora,  Coordenadora do Núcleo de Cultura no qual abrangia as Bibliotecas e os Setores da Cultura de Rio Pardo, a Feira do Livro, orientava os professores que trabalhavam sob sua responsabilidade, dando condições de fazerem um bom trabalho no seu setor (Igrejas, Museus e Arquivo Histórico). Sempre foi uma pessoa acessível, compreensiva, sábia para conversar e ajudar nas pesquisas sobre a cidade, se ela não soubesse ia atrás para dar um retorno satisfatório. Auxiliava no trabalho pesquisando e orientando aos alunos para os concursos de prendas e peões, guia turístico da época, dava entrevistas para jornais da região e ajudava em trabalhos de redações sobre Rio Pardo. Nesta época Rio Pardo se destacava culturalmente, tínhamos reuniões periódicas para pensar juntos, o que fazer para tornar interessante cada lugar Histórico visitado.  Nos Museus eram feitos palestras, passavam vídeos com hora marcada aos alunos das Escolas Municipais ou Estaduais que solicitassem. O Arquivo Histórico fazia palestras em Escolas do interior. Material sobre Rio Pardo era enviado para as Escolas Municipais trabalhar e juntos criar maneiras lúdicas de estudar nossa Cidade. Coordenava também a Semana Santa fazendo juntamente com os atores os preparos e as apresentações Religiosas na frente da Igreja Matriz ou em outro lugar que fosse adequado ao evento.

Lugar que por muitos anos andou... caminho do Auxiliadora
Depois, de um certo tempo, foi dispensada da Secretaria de Educação, e colocada em uma Escola no Interior de Rio Pardo mais ou menos uns 40 km longe da sede. Ficou inicialmente um pouco abalada, mas com o tempo aprendeu a tirar do menos bom o que deu sentido a sua vida, para continuar,  aprendeu coisas novas como tirar fotos do ônibus onde viajava, aprendeu que dia de chuva poderia ficar atolada nas estradas barrentas do interior, aprendeu a valorizar e amar seus alunos como realmente são e com suas histórias e problemas, com eles  teve vivencias e descobertas novas sobre a história viva de uma Comunidade. Sempre diz “foi tudo de bom que me aconteceu, pois hoje sou uma pessoa melhor e mais experiente, continuo trabalhando com amor e carinho pela minha cidade, só que hoje, sei o que não quero mais fazer”. Um dia quem sabe de tudo que já estudei, pesquisei e aprendi na vida eu possa deixar escrito algo concreto com pesquisa bibliográfica, as gerações futuras. 

Texto: Neuza Quadros, AHMRP.
Imagens que nos contam histórias...
 





























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