sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

MUNICÍPIO DE RIO PARDO (1)

ESTUDO TERRITORIAL
                O município de Rio Pardo limita-se com os de Santo Amaro, Venâncio Aires, Santa Cruz, Cachoeira, Encruzilhada e São Jerônimo.
                Os terrenos ao sul do Jacuí são constituídos de conglomeratos e tabatingas sobrepostas à bacia carbonífera, que atravessa o Jacuí e corre numa grande extensão.
                Os do norte pertencem à formação triássica e os do sul à formação miocena. O território é montanhoso ao norte e leste, ligeiramente acidentado nas outras partes do município.
                Dispõe de bom sistema hidrográfico, sendo regado pelos rios Jacuí, Pardo, Pardinho e Botucaraí, e vários arroios. Os passos do Jacuí, Pederneiras, João Nunes e João Franco, os dois primeiros no Jacuí e os dois últimos no Capivari, possuem barcas. O clima é ameno e temperado.
ESTUDO POLÍTICO-ADMINISTRATIVO
                Constitui uma circunscrição municipal. Faz parte do 2º Distrito eleitoral federal. O município é constituído por 6 distritos administrativos, a saber: 1º - Rio Pardo; 2º - Couto; 3º - Costa da Serra; 4º - Cruz Alta; 5º - Capivari; 6º - Rincão Del Rei.
                Os municípios de Rio Pardo e Santa Cruz formam uma comarca de 2ª entrância, criada por decreto de 11 de março de 1833.
                Na cidade de Rio Pardo, que outrora foi importante centro militar, aquartela um corpo de trem. Faz parte da diocese de Santa Maria, e conta as paróquias de Nossa Senhora do Rosário do Rio Pardo e Nossa Senhora da Candelária. Além das duas matrizes, conta com as seguintes capelas filiais: São Francisco de Assis (com as mais belas imagens do Rio Grande do Sul), Nossa Senhora dos Passos, Divino Espírito Santo – todas na zona urbana; Santo Amaro, no bairro da Boa Vista; São Nicolau; Nossa Senhora do Rosário do Passo do Sobrado; Sagrado Coração de Jesus do Rincão Del Rei; Nossa Senhora do Rincão do Inferno. Possui um templo evangélico, no povoado de Candelária.
RESUMO HISTÓRICO
                Teve início no forte de Jesus, Maria, José, mandado construir depois da assinatura do Tratado de Madri, com o intuito de defender as nossas fronteiras de então. No ano de 1753 foi erigida, no Alto da Fortaleza, uma capela consagrada à Santa Família; em 1759, os povoadores edificaram outra capela dedicada a Santo Ângelo, e que, por portaria de 15 de dezembro, foi criada capela curada. Elevada à categoria de freguesia, sob o orago de Nossa Senhora do Rosário, segundo Pizarro, em 8 de maio de 1769.
                Instalada a matriz com toda solenidade, e com a presença do benemérito governador José Marcelino de Figueiredo, em 3 de outubro de 1779. Elevada à categoria de vila por Alvará de 27 de abril de 1809, foi solenemente instalada pelo ouvidor geral e corregedor da comarca, Dr. Antonio Monteiro da Rocha, em 20 de maio de 1811. A sua primeira Câmara assim ficou constituída: Antonio José de Carvalho Guimarães, José Antonio de Souza, Manoel Antonio P. Guimarães, José Velloso Rebello, Manoel Luiz da Cunha.
                A vila de Rio Pardo foi elevada à categoria de cidade por lei provincial de 31 de março de 1846.
                Após a instalação da República, foi organizada uma junta para administrar o município, sucedendo a esta mais duas outras. Em 24 de setembro de 1892 foi nomeado primeiro intendente o coronel Francisco Alves de Azambuja, que exerceu o cargo por quatro anos e foi eleito para o quatriênio seguinte. O atual intendente é o Major Artur Taurino de Rezende.

FONTE:
COSTA,Alfredo R. da.(org.)O Rio Grande do Sul(II Volume).Município de Rio Pardo.Porto Alegre:Liv.do Globo,1922. p. 73-8.

OBS: Presente de Lurdes Eloisa Wunderlich da Rocha, em outubro de 1998, saudosa companheira dos tempos do Núcleo de Cultura, sempre atenta às informações que pudessem nos ensinar mais sobre nossa cidade. Existe um exemplar no Arquivo Histórico de Rio Pardo.       

Nenhum comentário:

Postar um comentário