O CONFLITO
No Brasil, o
presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira sonhava com uma nova capital para
todos os brasileiros, perto de ser concretizada; no Rio Grande do Sul, o
Governador Ildo Meneghetti cumpria seu primeiro mandato à frente dos gaúchos.
Enquanto isso, o presidente do Egito Gamel Abdel Nasser,
resolve tomar conta do Canal de Suez, que pertencia aos franceses e que cobrava uma taxa por cada
navio pela travessia.
Apesar de ter sido os franceses os construtores do referido
canal, o presidente Nasser discordava de tal cobrança, alegando que os
franceses, no seu entender, já haviam recebido muito além do merecido pela
construção. O presidente Nasser julgava seu país muito pobre e as taxas pagas
desviavam suas economias para a França. Algo, porém acontece, ou seja, ao invés
de mandar os franceses embora ou achar uma saída diplomática para a questão,
resolveu atacá-los, dando início inevitável da guerra entre Egito e França. Nesse
meio tempo, Israel aproveita o episódio e também ataca o Egito, pois precisa de
uma saída para o mar.O fato tornou-se conhecido mundialmente por Guerra dos
seis dias , onde todos que precisavam passar pelo território de Israel deveriam
comunicar com antecedência, sob pena de serem abatidos pelos mísseis
israelenses.
Com a interferência das Nações Unidas, o conflito estourado
no início de 1956, dura mais uns poucos dias, com Israel abandonando a parte do
Egito que havia tomado.
Durante a permanência da tropa no local do conflito, todos
os pracinhas possuíam os mesmos direitos e vantagens: ou seja, o saldo pago era
igual, sem diferença de graduação ou posto ocupado. Esse vencimento igualitário
era pago pela ONU, pelo tempo em que estivessem servindo na região. O
vencimento a que tinham no Brasil, em seus respectivos Estados, continuava
sendo pago conforme a graduação de cada um.
O serviço consistia patrulhar a fronteira do Egito com
Israel, na parte mais crítica da região (Faixa de Gaza) e a cada três meses de
serviço, tinham direito de sete dias de folga com passeios gratuitos, pagos
pelas Nações Unidas, livres de qualquer despesa como transporte, hospedagem,
alimentação, etc. Nos dias de serviço; tomavam coca-cola e nos dias de folga
tomavam até uísque
(cavalinho branco).Sr. Luiz esta com um pé no Egito e outro em Israel. |
Com a memória surpreendente, seu Luiz fala de lugares
históricos como Mesquitas, Pirâmides, Monte das Oliveiras, Muro das
Lamentações, Rio Jordão, entre outros que visitou, com riqueza de detalhes em
cada um. Tinham liberdade para ir onde quisesse em seus dias de folga,
inclusive visitarem os familiares no Brasil. Dentre os objetos de lembrança
daquele tempo, constam inúmeras fotos, quadros, certificados, pratos de parede,
etc que por si só já contam, cada um, uma grande história.
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