segunda-feira, 17 de junho de 2019

BENJAMIM FRANKLIN RAMIZ GALVÃO


Nascido em 16 de Junho de 1846
Barão de Ramiz Galvão em 18 de Junho de 1888



Ramiz Galvão (Benjamin Franklin Ramiz Galvão, Barão de Ramiz), médico, professor, filólogo, biógrafo e orador, nasceu em Rio Pardo, RS, em 16 de junho de 1846, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 9 de março de 1938.
Filho de João Galvão e de D. Maria Joana Ramiz Galvão, mudou-se aos seis anos para o Rio de Janeiro. Após os estudos primários no Colégio Amante da Instrução, fez gratuitamente, com o apoio do Imperador, toda a instrução secundária no Colégio Pedro II, bacharelando-se em Letras, em 1861. Aos 19 anos escrevia o seu primeiro livro, O púlpito no Brasil, publicado em 1867. Formou-se em Medicina, em 1868. Trabalhou inicialmente como cirurgião no Hospital Militar da Ponta da Armação, abraçando depois o magistério.
Helenista emérito, foi professor de Grego no Colégio Pedro II e de Química Orgânica, Zoologia e Botânica na Escola de Medicina do Rio de Janeiro. Não foi somente um mestre que honrou aquelas cátedras, mas um educador cuja longa existência decorreu a serviço do ensino.
Gozou da amizade de D. Pedro II desde os anos escolares. De 1882 a 1889, foi preceptor dos príncipes imperiais, netos de D. Pedro II e filhos do Conde d’Eu e da Princesa Isabel. Teve assim ocasião de conviver com o Imperador, que o chamou ao exercício de cargos honrosos. Realmente, Ramiz Galvão teve, tanto no Império como na República, ocasião de ocupar vários cargos importantes, graças à sua capacidade de trabalho, valor intelectual e profunda cultura. Por decreto do governo imperial de 18 de junho de 1888, recebeu o título de Barão de Ramiz (com grandeza).
Dirigiu a Biblioteca Nacional e, por duas vezes, foi diretor-geral da Instrução Pública do Distrito Federal. Foi também o primeiro reitor da Universidade do Brasil. Nos doze anos em que dirigiu a Biblioteca Nacional, organizou a exposição camoniana de 1880 e a de História do Brasil, no ano seguinte, com os respectivos e preciosos catálogos. Também promoveu a publicação dos Anais daquela repartição. Organizou o Asilo Gonçalves de Araújo, instituição destinada a educar crianças pobres, conforme vontade expressa do seu doador, e foi seu diretor desde 1899 até 1931.
A presença de Ramiz Galvão na história da Filologia ficou marcada com o seu Vocabulário etimológico, ortográfico e prosódico das palavras portuguesas derivadas da língua grega, publicado em 1909, suscitando polêmicas vivazes. A mais extremada delas foi com Cândido de Figueiredo, que produziu 22 páginas de críticas, formando quase um capítulo do seu livro Vícios da linguagem médica, também de 1909. Em resposta, Ramiz Galvão deu a lume os Reparos à crítica, em 1910, reunindo artigos então publicados no Jornal do Comércio.
Foi Ramiz Galvão que, em 1904, alvitrou o nome de Silogeu Brasileiro para o edifício construído na Praia da Lapa e onde o governo se propôs a reunir várias instituições culturais, inclusive o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a Academia Brasileira de Letras. Só entrou para a Academia em 1928, aos 82 anos. Já havia concorrido em 1912 à vaga do Barão do Rio Branco, quando perdeu para Lauro Müller, motivando isso o afastamento de José Veríssimo das atividades acadêmicas, inconformado com o resultado do pleito. Fez parte da Comissão do Dicionário (1928), da Comissão de Gramática (1929) e foi presidente (1934) da Academia.
Em 1919 traduziu A retirada da Laguna, Visconde de Taunay, da 3ª edição francesa.
Foi sócio grande benemérito do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do qual foi orador perpétuo; membro honorário da Academia Nacional de Medicina e de diversas associações científicas e literárias.
Segundo ocupante da cadeira 32, foi eleito em 12 de abril de 1928, na sucessão de Carlos de Laet, e recebido pelo acadêmico Fernando Magalhães em 23 de junho de 1928.

Agradecimento especial ao colega Luis, do Centro de Cultura, pela dica das datas

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