O Sr.
Emilio Mas é uma dessas pessoas que está sempre pronta a cooperar em tudo que
diz respeito ao interesse de um terra. Há pouco chegou a Rio Pardo, instalando
no populoso arrabalde de Ramiz Galvão, o cine-teatro Guarani. A sua ação não se
restringe somente a cuidar daquele estabelecimento de diversões, S.S. procura
colaborar com a sociedade daquela localidade, naquilo que ela necessita para o
seu conforto e bem estar. Como exemplo do que afirmamos, salientamos a sua
resolução de por a disposição do povo as dependências do cine-teatro para
servir de estação rodoviária, já que a população se ressentia de um local onde
pudesse se resguardar das intempéries e do sol, quando esperava condução.
Estamos
nos preparando para comemorar o Bi-Centenário dos Dragões em Rio Pardo e o Sr.
Emilio Mas, como sempre, vem dar uma de suas colaborações – sugere que a
comissão dos festejos inclua, no programa, a construção de um grandioso
monumento dedicado aos inolvidáveis Dragões de Rio Pardo, de forma a perpetuar
no granito os heróicos feitos daqueles que, de espada em punho, opuseram uma barreira intransponível à invasão dos
inimigos, fazendo-os retroceder ante o ímpeto de coragem e bravura dos
integrantes do legendário Regimento.
O principal
da sugestão não está na construção, mas na forma de se obter os meios necessário para sua
concretização – cada soldado do Brasil, cada militar, contribuiria com apenas
um cruzeiro.
Construído
deste modo, o monumento teria uma significação mais ampla, seria uma
consagração nacional, seria uma homenagem prestada por todas forças militares
do País, quer de terra, mar e ar.
Afora
esta magnífica demonstração de veneração aos tradicionais Dragões de Rio Pardo,
reverenciado pela gloriosa força militar brasileira, temos ainda a considerar o
que representará este movimento para a propaganda dos festejos que aqui se
realizarão, no próximo ano. Os militares espalhados por todos os recantos do
Brasil, ao dar sua contribuição, ficarão cientes de que no Rio Grande do Sul,
numa pequena cidade, outrora considerada a “Tranqueira Invicta”, num
determinado dia do ano de 1954, o Brasil inteiro volverá sua atenção para
prestar sua homenagem a essa terra que foi o berço da primeira força militar
regular organizada no sul do País.
É
evidente que a sugestão do senhor Emílio Mas será tomada na devida consideração
pelos membros da Comissão dos festejos, e, sem qualquer sombra de dúvidas,
constituirá numa das mais importantes e significativas realização das
comemorações.
REFERÊNCIA: Jornal de
Rio Pardo de 12 de julho de 1953, página 1. (Acervo do Arquivo Histórico
Municipal de Rio Pardo)
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