Palmira Saldanha Raeche (Didila), filha ilustre de Rio Pardo, escritora e poetisa. Nasceu no arrabalde da Boa Vista, nesta cidade. Sempre demonstrou acendrado amor a sua terra natal e o desejo de bem servir, elevá-la e torná-la admirada e conhecida em todo Brasil. Batalhadora destemerosa empenhou-se em prol da dotação, em Rio Pardo, de uma filial do Banco do Brasil. Com ardor pugnou sempre pela realização de grandes empreendimentos que viessem elevar sua cidade.
Atualmente patrocina no Rio uma campanha em favor de nossa Casa da Criança que se é hoje uma esplendida realidade, deve a ela. Pelo rádio e imprensa tem se batido, angariando recursos e sem esmorecimento, lutado pela concretização do nosso velho anelo de amparar o pobrezinho, livrando-o das garras do mal. Durante sua permanência em nossa Rio Pardo a direção da Casa da Criança, seus amigos e admiradores oferecer-lhe-ão um jantar no Bar Restaurante Clube e no Coliseu Rio-pardense haverá em sua honra uma sessão solene, além de outras homenagens.
Uma poesia feita em homenagem do seu inesquecível esposo, Dr. José Eugênio Raeche, escrito em comemoração ao 30º aniversário, Soneto ainda não publicado no Rio.
EU e TU
Mãos dadas, tu e eu, vamos seguindo
Por estrada florida, ampla e segura,
Como dois namorados,repetindo
Dia a dia, hora a hora, a mesma jura.
Recordando o passado, doce e lindo,
Que encheu a nossa vida de ventura,
Podemos recordar, ainda sentindo,
Três decênios de amor e de ternura.
E nesta evocação dos róseos sonhos
Dos nossos corações, gêmeos e inconhos,
Onde o amor fez guarida e floresceu,
Nosso terno romance continua,
Nesta glória que tenho de ser tua,
Neste orgulho que tens de seres meu!
Rio de Janeiro, 22 de maio de 1956.
FONTES: Jornal a Folha, 1959. Jornal de Rio Pardo, 1952. Fotos do Faceboock do Instituto Medianeira "Casa da Criança"
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