segunda-feira, 8 de maio de 2017

ESCRAVOS AQUILOMBADOS



Transcrição de mais um documento, fazendo referências ao assunto, em 1833.

“...conferenciando os juízes de paz desta Vila e Distrito do Couto, e que passava a representar ao Exmo. Presidente a urgentíssima necessidade de trinta homens pelo espaço de oito dias ou mais, para a destruição do quilombo, pagando-se lhe por dia pelo menos 640 reis, acrescentando que, segundo a informação do juiz de paz do Distrito do Couto apenas terá doze ou quatorze homens capazes de entrar nesta empresa, pedindo a esta câmara lhe participe  os meios de que pode lançar mão para coadjuvar uma medida tão precisa a bem da segurança  e tranquilidade pública”.  Resolveu-se oficiar ao juiz de paz desta Vila exigindo do mesmo um requerimento dos proprietários dos escravos aquilombados, com uma subscrição para esta diligência”. Consultado, o juiz de paz Paulo Nunes da Silva Jardim comunica à câmara que os cidadãos fizeram um requerimento para doar contribuições a fim de formar uma expedição para dar combate aos escravos aquilombados. Em janeiro de 1834 há referências ao quilombo na “Serra Geral, a 6 ou mais léguas de Rio Pardo”, cujos donos ofereciam 50 mil réis por cada escravo recuperado, prêmio a ser dividido entre os homens que se dispusessem a formar uma expedição para recuperar os escravos revoltados.
Sábias palavras, da professora Ana Aurora:
” não pode haver martírio comparável, à vida dos escravos; seus grilhões, não só lhes põem o corpo em contorções, escravizam-lhe a alma que dói mais “(A escravidão, 1880).


FONTE: Coluna Recordando o Passado, Jornal de Rio Pardo, 2001- AHMRP 

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