segunda-feira, 8 de maio de 2017

QUILOMBOS EM RIO PARDO

        
“A forma mais característica de resistência ao escravismo foi, sem dúvida, a fuga e a posterior constituição de ‘mocambos’ ou ‘Quilombos’. (Mário Maestri).
Os escravos brasileiros não se sujeitaram pacificamente ao sistema de exploração a que foram submetidos durante o período de colonização do Brasil. Tratados como animais de carga, faziam todo o trabalho pesado, tanto no campo como na cidade, e eram submetidos a toda espécie de castigos físicos e morais. Eram considerados como “coisas”, mercadorias a serem vendidas e utilizadas para produzir lucro. Entre as várias formas de revolta, destacamos a fuga e tentativa de construir uma nova vida organizada e livre, que estabeleciam nos quilombos.
O quilombo mais famoso do Brasil foi o dos Palmares, em Pernambuco. Mas no Rio Grande do Sul o negro também resistiu. Em Rio Pardo, o Arquivo Histórico Municipal, guarda documentos que fazem referência, à existência de quilombos, conforme constatamos nos livros de Registros Gerais  da Câmara, em uma ata de 1833: “Propôs o senhor vereador presidente , Machado ser de perecer se oficiasse ao Dr. Juiz de Direito desta Câmara que era de urgente necessidade providenciar sobre um quilombo perto desta vila que(...) tem aparecido na mesma negros a seduzirem outros de casa de seus senhores, como ao presente constataram fugido oito(8)  juntos, visto que esta câmara por vezes tem oficiado aos juízes de paz sobre este objeto, e nenhuma providência tem havido, igualmente indicou que havia um boato aterrador que se fabricavam em duas ferrarias no Distrito do Couto, lanças de estanho feitio, sobre o que também era de maior urgência, as providências precisas a semelhantes respeito”.  



FONTE: Coluna Recordando o Passado, Jornal de Rio Pardo, 2001- AHMRP 

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