“A forma mais
característica de resistência ao escravismo foi, sem dúvida, a fuga e a
posterior constituição de ‘mocambos’ ou ‘Quilombos’. (Mário Maestri).
Os escravos
brasileiros não se sujeitaram pacificamente ao sistema de exploração a que foram
submetidos durante o período de colonização do Brasil. Tratados como animais de
carga, faziam todo o trabalho pesado, tanto no campo como na cidade, e eram
submetidos a toda espécie de castigos físicos e morais. Eram considerados como
“coisas”, mercadorias a serem vendidas e utilizadas para produzir lucro. Entre
as várias formas de revolta, destacamos a fuga e tentativa de construir uma
nova vida organizada e livre, que estabeleciam nos quilombos.
O quilombo
mais famoso do Brasil foi o dos Palmares, em Pernambuco. Mas no Rio Grande do Sul
o negro também resistiu. Em Rio Pardo, o Arquivo Histórico Municipal, guarda documentos que fazem
referência, à existência de quilombos, conforme constatamos nos livros de
Registros Gerais da Câmara, em uma ata
de 1833: “Propôs o senhor vereador presidente , Machado ser de perecer se
oficiasse ao Dr. Juiz de Direito desta Câmara que era de urgente necessidade
providenciar sobre um quilombo perto desta vila que(...) tem aparecido na mesma
negros a seduzirem outros de casa de seus senhores, como ao presente
constataram fugido oito(8) juntos, visto
que esta câmara por vezes tem oficiado aos juízes de paz sobre este objeto, e
nenhuma providência tem havido, igualmente indicou que havia um boato aterrador
que se fabricavam em duas ferrarias no Distrito do Couto, lanças de estanho
feitio, sobre o que também era de maior urgência, as providências precisas a
semelhantes respeito”.
FONTE: Coluna Recordando o
Passado, Jornal de Rio Pardo, 2001- AHMRP
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