“De 11
de janeiro de 1843 até 1847 foi pároco o Padre José Soares do Patrocínio
Mendonça, carioca, que gozou da estima dos fiéis. Nessa época, em 1846, aparece
em Rio Pardo uma figura estranha, um italiano, trajando hábito preto com cordão
branco, que aparentava espírito religioso e vida austera. Tornou-se conhecido
pelo nome de ‘Monge’. O povo recorria a ele. O provedor da Irmandade do Senhor
dos Passos e outras pessoas insistiram com o pároco Padre Patrocínio Mendonça
para que consentisse a fazer uma prática na capela da Irmandade. Foi infeliz. Usou linguagem grosseira e
desacatou as famílias presentes. Desceu do púlpito e se retirou da cidade.
Mesmo assim foi atingido por diversas bengaladas. Daqui foi habitar o cume do
Botucaraí, fez uma ermida dedicada a Santo Antão, onde havia fonte de água dita
milagrosa. Muita gente ignorante ia até lá. Afirmava que se comunicava com os
anjos. Devido a aglomeração do povo não faltavam as imoralidades. O Presidente
da Província, General De Andrea, em 1848, mandou despejá-lo do local.
Tratava-se provavelmente do Monge João Maria Agostini, que estivera na Serra de
São Martinho, perto de Santa Maria, onde construiu capela de Santo Antão e
tornou célebre a fonte chamada do ‘Monge’”. (HUBERT, 1998, p. 26)
REFERÊNCIA:
HUBERT, Arlindo. História da Igreja no
Rio Grande do Sul (1822-1889). Vol. II. Coleção Teologia Nº 13. Porto Alegre:
EDIPUCRS, 1998. Disponível em: https://books.google.com.br
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