quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

O MONGE

“De 11 de janeiro de 1843 até 1847 foi pároco o Padre José Soares do Patrocínio Mendonça, carioca, que gozou da estima dos fiéis. Nessa época, em 1846, aparece em Rio Pardo uma figura estranha, um italiano, trajando hábito preto com cordão branco, que aparentava espírito religioso e vida austera. Tornou-se conhecido pelo nome de ‘Monge’. O povo recorria a ele. O provedor da Irmandade do Senhor dos Passos e outras pessoas insistiram com o pároco Padre Patrocínio Mendonça para que consentisse a fazer uma prática na capela da Irmandade.  Foi infeliz. Usou linguagem grosseira e desacatou as famílias presentes. Desceu do púlpito e se retirou da cidade. Mesmo assim foi atingido por diversas bengaladas. Daqui foi habitar o cume do Botucaraí, fez uma ermida dedicada a Santo Antão, onde havia fonte de água dita milagrosa. Muita gente ignorante ia até lá. Afirmava que se comunicava com os anjos. Devido a aglomeração do povo não faltavam as imoralidades. O Presidente da Província, General De Andrea, em 1848, mandou despejá-lo do local. Tratava-se provavelmente do Monge João Maria Agostini, que estivera na Serra de São Martinho, perto de Santa Maria, onde construiu capela de Santo Antão e tornou célebre a fonte chamada do ‘Monge’”. (HUBERT, 1998, p. 26)

REFERÊNCIA:

HUBERT, Arlindo. História da Igreja no Rio Grande do Sul (1822-1889). Vol. II. Coleção Teologia Nº 13. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1998.  Disponível em: https://books.google.com.br

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