Começando, pois, por Rio Pardo, extremo da linha de
penetração Portuguesa nos meados do século XIX, devemos assinalar dois períodos
que se interpenetraram na ecologia denunciada pela Arquitetura. O primeiro é o
de início da povoação, que assistiu o erguimento da Igreja de Santo Ângelo e, o
segundo, é o das instalações das estâncias e consequente influência sobre a
Arquitetura urbana. Concluindo em Porto Alegre, segunda cidade de grande
crescimento no período que nos ocupa, veremos estâncias que lhe ficaram
próximas, interessantes para a comprovação das observações feitas na área de
Rio Pardo, deixando a penetração na sua zona urbana par outro estudo ou outros
estudiosos.....Ora, as primeiras instalações
dos povoadores que se aplicaram a fundo na produção e construíram,
economicamente, suporte da nossa
existência político-cultural, foram as que se dedicaram à criação. O complexo
material e humano envolvido nesta produção chamou-se estância, e durante muito
tempo as cidades viveram em função dela, no princípio para servi-la e logo
depois para o cenário das atividades políticas e comerciais dos seus
proprietários, que trouxeram para a vida urbana todo um conjunto de hábitos,
todo um sistema de vida, que se formara e se consolida na existência rural.
FONTE: MACEDO, Francisco Rio Pardense. Arquitetura no Rio Grande do Sul in: Terra e Povo, Porto Alegre: Editora Globo, 1964.
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