Durante as demarcações dos limites determinados
pelo Tratado de Madri, o Capitão General Gomes Freire de Andrade teve de
enfrentar uma terrível enchente do rio Jacuí (outubro 1754). Foi obrigado a
retroceder a Rio Grande, diante da resistência dos indígenas, que se recusavam
a entregar suas terras.
No instante em que preparava a retirada, um
incêndio consumiu o Forte de Rio Pardo. A primeira fortificação tinha sido
edificada entre 1753 e início de 1754, pelo engenheiro João Gomes de Melo,
utilizando como mão de obra o Destacamento de Aventureiros, comandado pelo
Tenente Francisco Pinto Bandeira. Em razão do fogo, em novembro e dezembro de
1754, a fortaleza foi novamente “delineada [pelo] Coronel José Fernandes Pinto
Alpoim, aproveitando parte da obra feita”, conforme a Breve notícia do sucesso
que na Guarda do Passo do Rio Pardo houve entre os portugueses e os tapes das
Missões circunvizinhas ao mesmo rio, do acervo da Biblioteca Nacional do Rio de
Janeiro; e o informe dado por Carta de Gomes Freire para Sebastião José de
Carvalho e Mello, datada em Rio Pardo, a 29 de dezembro de 1754 (Anais, 1936,
p. 406). Esta Planta da Fortaleza de Jesus, Maria e José foi desenhada por
Manoel Vieira Leão. Um de seus originais se encontra na Mapoteca do Itamaraty,
no Rio de Janeiro, e outro no Arquivo Histórico Ultramarino, em Lisboa.
TAU GOLIN, Luiz Carlos. Cartografia da
Guerra Guaranítica.
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