sábado, 27 de junho de 2020

COMPANHIA DE NAVEGAÇÃO “SEM RIVAL”


Companhia de navegação de propriedade de José Borges Sobrinho, atuando entre Rio Pardo e Porto Alegre.
Casa Borges Sobrinho renovada na Fortaleza - R Pardo
Em 1927 ocorreu a primeira viagem da gasolina “Sucury”, construída no estaleiro de Luiz Weber, em São Leopoldo. A embarcação tinha 30m de comprimento por 5m de largura, com motor Itauser de 50HP, transportava carga e tinha capacidade de transporte para 15 passageiros.
Além da Companhia de Navegação “Sem Rival”, toda a família de José Borges Sobrinho atuava na extração de calcário, desde a extração da pedra nas minas do Distrito de Capivarita até o seu beneficiamento, incluindo o transporte pelo rio Jacuí.
Em agosto de 1920 José Borges Sobrinho comprou o Sobrado Luchsinger, localizado na Rua Júlio de Castilhos, nº 3, esquina da Rua General Câmara, para instalar ali a administração
de seus empreendimentos.
Em 1931 o empresário construiu a Casa Borges, na região dos antigos Quartéis de Rio Pardo, na Rua Franco Ferreira, para servir de residência para a família.

REFERÊNCIA: GÖLLER Lisete.  A genealogia de um Sobrado – 3ª parte, 13/10/2014– memorialdotempo.blogspot.com.
Rua Franco Ferreira, casa a esquerda  arrumada pela família
Caminho que vai ao Rio Jacuí
Caminho que passa por um forno de cal e vai ao Jacuí


quinta-feira, 25 de junho de 2020

PERFIL SOCIOECONÔMICO DOS JUÍZES DE PAZ


5ª Parte

Vasco Pereira Macedo
aRQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL  BIAGIO S TARANTINO



No ano de 1829, Vasco Pereira Macedo, aos 41 anos de idade foi o primeiro Juiz de Paz na Vila de Rio Pardo. Sua presença e ação política não eram inéditas no cotidiano rio-pardense, eleito com 110 votos enquanto seu suplente, Bento Rodrigues Seixas recebeu 61 votos, demostrou com sua nomeação a força do seu eleitorado. As funções que lhe eram designadas eram de caráter social e conciliatório, embora, demandas judiciais reclamavam maior atenção. Não se pode aprender se ele realmente queria assumir o cargo. Vasco vivia dos rendimentos de suas fazendas e era militar já enraizado nos trâmites de negócios da vila, sua família já assumira uma posição de relevância e por aparentar já estar estabilizado, talvez justifique por que assinou o termo cargo. Poder e prestígio se tornaram mais atraentes para alguém que reconhece o valor das relações, sobretudo, o peso da instituição para alargar seus contornos de influência e construir seu próprio caminho. Não se sabia os desdobramentos que aquele cargo poderia trazer frente à recente independência do Brasil, os ventos de mudanças que vinham da Corte chegavam devagar nas regiões mais afastadas. E, sobre essa causa, que no dia 18 de agosto de 1830, Vasco Pereira de Macedo escreve ao Presidente da Província.

Justo a compreender, como, havendo em todas as freguesias Juízes de Paz encarregados da Polícia de seus respectivos distritos, e em todas as Vilas Juízes criminais, ainda existão salteadores e homens vagabundos que com desprezo destas autoridades conspiram contra a segurança individual e de propriedade de seus concidadãos!
A Constituição do Império entre as suas providentes disposições adaptou, como um dos meios mais profícuos para a repressão dos delitos, a instituição dos juízes de Paz e uma lei sabiamente organizada lhes conferiu todas essas atribuições necessárias para o desempenho de seus deveres. O que resta para que nesta parte se goze dos benefícios da Constituição? Que seja a lei fielmente executada, que cada Juiz de Paz corresponda à confiança, que nele tiveram seus concidadãos, quando por seus votos lhe conferiram o importante encargo de velar imediata e diretamente sobre a sua segurança. Se os Oficiais de Quarteirões não são suficientes para as diligências, que tem por fim a prisão de destemidos malfeitores acha-se necessário auxílio na força armada. ... Por esta ocasião eu tenho de recomendar-lhe que seja muito cuidadoso em exigir a apresentação de passaportes das pessoas desconhecidas que transitarem por esse distrito e que ponha em observância e que determina a lei de 15 de outubro de 1827.

Suas palavras ressoavam moralidade, ordem, e, certamente, enaltecimento de seu papel. Denuncia com veemência a insegurança e o predomínio da violência nos confins de Rio Pardo, no relato se detecta um contexto de instabilidade no qual, justamente, a força das leis personificada na figura do Juiz de Paz resultaria no equilíbrio e controle social. As expectativas que recaiam sobre esse cargo foram, de certo modo, excessivas diante do progressivo esforço dos grupos políticos em eliminar os resíduos portugueses da malha institucional brasileira a partir da Independência em 1822. ...Frente a esse embate com as medidas centralizadas da Constituição de 1824, as aspirações liberais ganharam forças para aprovar a lei de Juiz de Paz em 15 de Outubro de 1827, na qual estaria consoante a tentativa de modificar a configuração judiciária que advinha do período colonial. 

Obs.: Nesta dissertação de Mestrado de Michele contém muitas informações sobre Juiz de Paz de Rio Pardo.


FONTE: A MAGISTRATURA LEIGA E ELETIVA: OS JUÍZES DE PAZ EM RIO PARDO (1828-1850), Michele de Oliveira Casali, p. 56/7, AHRS.  AHMRP.

FONTES DE PESQUISAS JUIZ DE PAZ EM RIO PARDO


4ª Parte

 ARQUIVO HISTÓRICO MUNICIPAL DE RIO PARDO E ARQUIVO PÚBLICO DO RIO GRANDE DO SUL

 Para alcançar os objetivos seguimos passos metodológicos de Fernando Roy e Jocelyn Saint-Pierre. Compomos uma lista geral de indivíduos que formam o grupo investigado e, nesse sentido, identificamos os nomes dos 31 Juízes de Paz nos Livros de Posse e Juramento da Câmara Municipal de Rio Pardo consultados no Arquivo Histórico Municipal de Rio  Pardo (AHMRP).
Nesses Livros são listados os cargos e nomeações dos Indivíduos que compuseram o universo camarário, desde carcereiros, inspetores, professores, escrivão, etc.; com tendência a se organizar por ordem cronológica. (Importante destacar que o Juiz de Paz não era um cargo camarário, por seu caráter leigo e eletivo, sua força advinda do eleitorado local. Devido a sua interlocução com a Câmara Municipal é que encontramos registros de suas funções na documentação camarária).
Essa fonte também possibilitou conhecer a experiência em outros cargos ocupados por eles na Câmara Municipal de Rio Pardo no período de 1811 a 1861.
Foto do AHMRP antiga
No levantamento da documentação e na criação de notas ou lembretes biográficos para cada indivíduo, assinalando aspectos importantes de sua trajetória. P. 18 Quando nos referimos à investigação dos sujeitos sociais seguidos pelo nome, inevitavelmente, nos remetemos à metodologia onomástica proposta por Ginzburg. O nome foi à referência básica para o início das buscas por informações e seu cruzamento nominativo uma vez que ”o nome localiza, estabelece distinções entre os indivíduos, demarca posições sociais, enuncia pertencimentos”.
... Após busca da documentação cartorária- inventários e testamentos no Arquivo Público do RS foram feitas leituras e análises para extrair importantes dados quantitativos tais como os bens móveis e imóveis, dívidas ativas e inativas... e desvendar os vínculos familiares e relações de negócios, a ocupação e a fortuna dos indivíduos...
Documento em Manuscrito 1832
Foram criadas fichas individuais para cada Juiz de Paz contendo diversos campos de preenchimento: nome do cônjuge, filhos, aparentados e o arrolamento e valor de todos os bens. Outros documentos foram incorporados no nosso banco de dados como registros de batismos, óbitos, casamentos e habilitações matrimoniais.

FONTE:  A Magistratura Leiga e Eletiva: Os Juízes de Paz em Rio Pardo(1828- 1850) p.16,17, 19, 2018. Michele O. Casali.  AHMRP.



quinta-feira, 18 de junho de 2020

ARQUITETURA DE RIO PARDO: SÉCULO XIX


Os exemplares arquitetônicos remanescentes do século XIX, em sua maioria, apresentam características de tendência neoclássica – influência tardia exercida pela produção arquitetônica no centro do país.
A arquitetura Neoclássica, trazida ao Brasil ainda colônia por D. João VI, altera formal e esteticamente a arquitetura portuguesa até então dominante em toda a vasta colônia brasileira.
Ex - Museu Barão de Santo Ângelo
Com a intenção de modernizar as principais cidades brasileiras, principalmente o Rio de Janeiro – residência da Corte – o rei trouxe ao Brasil artistas e técnicos franceses, cujo trabalho aqui por muitos anos veio a produzir resultados significativos para a vida brasileira, no campo das artes plásticas, arquitetura, urbanismo, engenharia e saneamento.
Assim a vinda dos técnicos e artistas franceses recebeu o nome de “Missão Francesa”. E o Brasil ganhava a Escola Nacional de Belas Artes, o Jardim Botânico, palácios, palacetes, jardins, avenidas e, aos poucos, uma nova fisionomia. A Missão Francesa foi formando técnicos e artistas brasileiros em suas primeiras escolas técnicas e superiores. Dentre tantos técnicos e artistas brasileiros contamos com o artista plástico e arquiteto rio-pardense Barão de Santo Ângelo, aluno e discípulo do arquiteto francês Grandjean de Montigny, membro da Missão Francesa.
  Manoel Araújo Porto Alegre- Barão do Triumfo
As novas concepções artísticas e arquitetônicas trazidas se alastraram pelas províncias brasileiras. Artesãos e construtores aprendizes diretos e indiretos da Missão levaram ao interior do país o Estilo Neoclássico de Napoleão.
Desta forma na pequena cidade de Rio Pardo, situada na distante província de São Pedro do Rio Grande do Sul, as velhas casas portuguesas começaram a ganhar roupagem nova, aliando o gosto francês de D. João VI ao modo simples de ser do homem sulino tão distante do Brasil central.
Então, nossa arquitetura ganha gradis de ferro, vidro nas janelas, platibandas com balaustres de cimento, cimalhas, cornijas, profunda simetria de fisionomia oficial, frontispícios nos portais e arcos plenos. Enfim, as rudimentares fachadas coloniais portuguesas locais se revestem com a fidalguia da corte brasileira.
Na grande maioria das nossas construções urbanas o “Estilo Neoclássico” se apresenta apenas nas fachadas frontais. É o que chamamos de “Neoclássico de Fachada”, pois a estrutura construtiva destas edificações ainda é a mesma da arquitetura colonial. Rudimentar tanto na concepção funcional, quanto no uso de materiais e mão de obra escrava, sem técnicos qualificados.
Muitas destas edificações já existentes sofreram apenas reformas externas, para se adequar à moda da corte, que tardiamente chegava ao sul da colônia.
1- Antiga Escola Militar -CR CULTURA RIO PARDO
São muitos os imóveis urbanos de Rio Pardo que apresentam tais características. Dentre eles destacamos os seguintes:

1 – Antiga Escola Militar. Prédio já construído conforme técnicas mais “modernas”, uma vez que foi projetado por engenheiro europeu, de passagem pela cidade
2 – Sobrado da Família Cruzeiro
3 – Sobrado das Águias
3 - Parte superior do Sobrado das Águias
4- Clube Literário e Recreativo
4 – Clube Literário














5 –  Solar Raupp
6- Sobrado Silveiras - Centro
6 – Sobrado da Família Silveira
7 – Inúmeras casas térreas de porão alto
São poucas as edificações que hoje guardam características da arquitetura colonial portuguesa em Rio Pardo. A grande maioria, embora estruturalmente construída segundo suas características, transformou-se no final do século XIX, recebendo uma fachada com evidentes características neoclássicas.

REFERÊNCIA: SCHULTZE, Vera Lúcia. Arquitetura de Rio Pardo: século XIX. Rio Pardo, 14 de março de 2002. (Texto avulso)

terça-feira, 16 de junho de 2020

FORTE JESUS MARIA JOSÉ DO RIO PARDO – “TRANQUEIRA INVICTA” (VI)


Durante as demarcações dos limites determinados pelo Tratado de Madri, o Capitão General Gomes Freire de Andrade teve de enfrentar uma terrível enchente do rio Jacuí (outubro 1754). Foi obrigado a retroceder a Rio Grande, diante da resistência dos indígenas, que se recusavam a entregar suas terras.
No instante em que preparava a retirada, um incêndio consumiu o Forte de Rio Pardo. A primeira fortificação tinha sido edificada entre 1753 e início de 1754, pelo engenheiro João Gomes de Melo, utilizando como mão de obra o Destacamento de Aventureiros, comandado pelo Tenente Francisco Pinto Bandeira. Em razão do fogo, em novembro e dezembro de 1754, a fortaleza foi novamente “delineada [pelo] Coronel José Fernandes Pinto Alpoim, aproveitando parte da obra feita”, conforme a Breve notícia do sucesso que na Guarda do Passo do Rio Pardo houve entre os portugueses e os tapes das Missões circunvizinhas ao mesmo rio, do acervo da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro; e o informe dado por Carta de Gomes Freire para Sebastião José de Carvalho e Mello, datada em Rio Pardo, a 29 de dezembro de 1754 (Anais, 1936, p. 406). Esta Planta da Fortaleza de Jesus, Maria e José foi desenhada por Manoel Vieira Leão. Um de seus originais se encontra na Mapoteca do Itamaraty, no Rio de Janeiro, e outro no Arquivo Histórico Ultramarino, em Lisboa.

TAU GOLIN, Luiz Carlos. Cartografia da Guerra Guaranítica.

terça-feira, 9 de junho de 2020

LEMBRANÇAS DE COMO ERA O USO DA ÁGUA - INTERIOR


Na Zona Rural e até mesmo na Zona Urbana a água era tirada em poços ou cacimbas, puxados com um balde e uma corda, com bomba ou motor. A população mais simples puxavam com o balde atado numa corda de sisal e colocavam em talha de barro para que a água ficasse fresquinha. Muitas pessoas não tinham Geladeira a vida era muito diferente  tudo era ao natural sem conforto.


Êxodo Rural - O que sobra das velhas moradas no Interior
                 
Parte do poço e a manivela pra puxar a água

Poço no Interior

Zona Rural pessoas mais abastadas

FONTE: Neuza Quadros, 2020
Talha de água

sexta-feira, 5 de junho de 2020

MEIO AMBIENTE - VALOR A VIDA !




“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as pessoas e futuras gerações”. ( Internet.)

Árvore  centenária no Porto das Mesas R Pardo
Árvores centenárias
Zona Rural - Campo e animal, Pederneiras

A natureza sobrevivendo - Passo da Cambota
Plantas que vivem em outras plantas - samambaia

Pássaros na natureza

FONTE: Fotos Neuza Quadros, 2020.

JUÍZES DE PAZ EM RIO PARDO - HISTÓRIA POLITICA SOCIAL


3ª PARTE

Em decorrência da "crise do marxismo e o declínio da história quantitativas e estrutural dos Annales, a partir dos anos 1970, assiste-se a dissociação entre duas irmãs: a história econômica e a história social", o afastamento da economia possibilitou um aumento da autonomia e da especialização da área, ocorrendo paulatinamente, nos anos que se seguem um profícuo debate sobre a noção de elite em detrimento do conceito marxista de classe.
Paralelamente, a história política emerge não sendo mais aquela que acreditava firmemente que o político era a estrutura central dos eventos, sua metodologia e narrativa buscaram incorporar novas fontes e métodos que englobassem reflexões mais profundas sobre o individuo, suas relações sociais e o funcionamento de suas instituições. Assim, com a retomada dos estudos sobre História Social juntamente ao movimento de renovação da história politica cada vez mais os historiadores preocuparam-se em realizar pesquisas sobre a formação e a composição dos grupos sociais especialmente tratando-se das elites políticas.
... Se a História da sociedade humana, esta deve ser compreendida em sua amplitude variada. Hebe Castro, na década de 1990, considerou a História Social como uma "forma de abordagem que prioriza a experi~encia humana e os processos de diferenciação e individualização do comportamentos e identidades coletivos - sociais - na explicação histórica". Desde então, muitos estudos enriqueceram esse debate ampliando seu caráter explicativo.
 Progressivamente, a História Social abriu margens para o desenvolvimento do papel da ação  humana: se antes o objeto da história se restringia ao homem singular no sentido de sua análise restrita e deslocado de seu conjunto social, essa discussão possibilitou o seu entendimento plural, imerso em questões que contemplem suas dimensões políticas, sociais, econômicas e culturais. É nesse cenário de reformulações que o estudo de elites, impulsionado por áreas como a sociologia e ciência política vão dialogar com o método prosopográfico e, será possível discorrer sobre os temas e conceitos que perpassam essa pesquisa.
Em Rio Pardo, Rio Grande do Sul, entre os anos de 1828 a 1850 foram identificados 31 Juízes de Paz, incluindo os suplentes. Para traçar o perfil dos Juízes de Paz fizemos uso dos recursos metodológicos da prosopografia, isto é, investimos nas biografias individuais reconstituídas por intermédio de fontes diversas e analisadas de maneira comparada explorando pontos de confluência dos indivíduos em determinadas instituições. Do mesmo modo, foi possível pensar as variáveis significativas a partir das informações acerca do indivíduo: naturalidade, estado civil, ocupação, tamanho da riqueza e experiência em cargos....
 Nosso estudo explora apenas as trajetórias dos indivíduos analisados e limitados pelas fontes abordadas... com fins de identificar as características comuns do grupo social estudado.

Continuação nomes dos Juízes estudados...


FONTE: A Magistratura Leiga e Eletiva: Os Juízes de Paz em Rio Pardo(1828- 1850) p.15/16/18, 2018. Michele O. Casali.  AHMRP- Neuza Quadros.


















quinta-feira, 4 de junho de 2020

NOSSOS RIOS - PARDO E JACUÍ

Enchente- Restaurante Costaneira lugar ótimo pra comer um peixe frito
Encontro dos dois Rios Jacuí e rio Pardo
Ponte sobre o rio Pardo 1823
Embarcações Rio Jacuí


Rio Jacuí e seus barcos
Luminária centenária na ponte do Rio Pardo
FONTE: Neuza Quadros, 2020

PONTE DE FERRO RIO PARDO



Ponte de Ferro para a passagem dos trens, sobre o Rio Pardo.




Ponte centenária

Ponte sobre o rio Pardo





Passeio na ponte
FONTE: Neuza Quadros

quarta-feira, 3 de junho de 2020

LEMBRANÇAS DO PASSADO E A REALIDADE DA VIDA PRESENTE



"O passado e o futuro parecem-nos sempre melhores; o presente, sempre pior".
William Shakespeare
Esta casa eu ainda conheci nos anos 60, foi na minha infância. Morei ali pertinho era tudo muito lindo nesse lugar, as crianças brincavam a noite de se esconder, de pegar na Praça São Francisco nos anos de 1966. Esta casa já estava bastante estragada conheci pessoas que ali moravam a dona Zizi Torres costureira e a dona Zilda Prits, também costureira. Brincávamos no pátio da casa e como criança é medrosa diziam que por lá já haviam visto ossos de gente. Hoje depois de tantos anos lembro e agora sei que havia um cemitério ali atrás da Igreja São Francisco. Hoje, ao redor deste lugar não existem mais o cemitério apenas um túmulo e sem nada  e um pequeno pátio e casas e moradores.

FONTE: Neuza Quadros, 2020.



Casa de moradia em estilo colonial que hoje não mais existe...

HOTEL DO IMPERADOR - Na primeira foto a casa Antiga foi substituída  pelo Hotel e a Igreja S Francisco

Túmulo
Pátio fundo da Igreja

COMEMORAÇÃO DO DIA DA VITÓRIA 08 DE MAIO DE 1945




UMA FOTO COMEMORANDO NO CLUBE LITERÁRIO E RECREATIVO O DIA DA VITÓRIA

"Dia da Vitória na Europa foi o dia 8 de Maio de 1945, data formal da derrota da Alemanha Nazi em favor dos Aliados na Segunda Guerra Mundial".


DIA DA VITÓRIA - CLUBE LITERÁRIO E RECREATIVO 1945
CLUBE LITERÁRIO 2017, LOCAL ONDE CONTINUA SERVINDO A COMUNIDADE SEMINÁRIO DA LÍNGUA PORTUGUESA

EVENTO NO LITERÁRIO

JUIZ DE PAZ EM RIO PARDO - FUNÇÕES EM 1828

2ª PARTE

NOVAS RESPONSABILIDADES

Em 1828 uma nova lei de 1º de outubro, trouxe outras demandas para as Câmaras Municipais. "As Câmaras são corporações meramente administrativas, e não exercerão jurisdição alguma contenciosa." A ampliação  de suas funções também ocorreu devido ao caráter aglutinador do cargo, pois em 1830 foi abolido o juiz Almotacé e logo em seguida, com o Código Processo Criminal de Primeira Instancia de 1832, "rompimento com o sistema colonial", foi extinto o cargo de Juiz de Fora, as Ouvidorias e os Juízes Ordinários.( Além da extinção de algumas autoridades, na segunda estância, foram eliminadas as diferenças entre os desembargadores dos agravos e extravagantes, sendo igualados todos em serviços também foram suprimidos os cargos de governador e de chanceler das Relações, passando os tribunais a serem presididos por um dos desembargadores. Foram abolidos os inquiridores de ambas as instâncias. RODYCZ, op.cit.,p.16).
O Código possuía o objetivo de estruturar a justiça de primeira instância, ficou definido que em cada distrito deveria haver "um juiz de paz, um escrivão, um inspetor de quarteirão e quantos oficiais de justiça fossem necessários". Desta forma,  diferente do Juiz de Direito que era nomeado diretamente do Governo Imperial, "os juízes de paz, promotores e juiz municipal e o de órfãos eram escolhidos pelas administrações locais ou pelo voto, o que junto com a inserção do juri, configurou-se o Código um forte caráter descentralizador".

Nessa estrutura burocrática, apenas os Juízes de Direito recebiam ordenamento, os demais cargos não eram remunerados. Sendo assim, as perguntas podem ser levantadas: se eram as condições para ser magistrado, por que o cargo ainda continuava atrativo?
Alguns Juízes de Paz em Rio Pardo...
Por que permaneciam no cargo?
 Aluz dessas questões, essa investigação tem como temática central delinear quem foram os indivíduos eleitos para o cargo de Juiz de Paz na sede de Rio Pardo, na Província de São Pedro, entre 1828 a 1850.
... As transformações nas estruturas socioeconômicas e políticas que ocorreram na década de 1970 acabaram refletindo na produção da historiográfica. Antes, a História Social era identificada com uma diversidade de atividades humanas, movimentos sociais e classes pobres ou inferiores e associada à análise econômica. ...percebia-se a predominância do econômico sobre o social e o que interessava a esses historiadores era a evolução da economia e, por seguinte, esclarecer a estrutura e mudanças da sociedade.

FONTE:  A Magistratura Leiga e Eletiva: Os Juízes de Paz em Rio Pardo(1828- 1850) p.13/15, 2018. Michele O. Casali. AHMRP

segunda-feira, 1 de junho de 2020

LEMBRANÇAS: O PASSADO E O PRESENTE

"As pessoas felizes lembram o passado com gratidão, alegram-se com o presente e encaram o futuro sem medo". Epicuro
"O presente não é um passado em potência, ele é o momento da escolha e da ação".
Uma das tantas casas antigas em estilo colonial, que já não existem mais em nossa cidade histórica. Local de grande movimentação da Vila, Cidade de Rio Pardo. Neste casarão morou a família dos Goulart, continuando acima junto a esta casa temos um prédio de dois pisos onde moravam famílias dos Wunderlich. Teve muitas ocupações comerciais, o Jornal de Rio Pardo, a Gráfica Ouro Branco...
É chamado atualmente de Casarão Azul ou Casarão dos Sonhos, pois por muitos anos ali era servido os Sonhos de Rio Pardo aos visitantes.



Casa onde morou os Goularts



Nesta época, a 1ª casa, já não existia. Final da rua Almirante Alexandrino,  esquina com General Osório, juntamente com o casarão azul e na frente o Super Fortaleza

Este casarão foi da Família dos Wunderlich. Hoje é conhecido como "Casarão Azul", em 2020.