Ana Aurora foi a primeira mulher rio-pardense a formar-se professora.Por isso seu diploma, firmado pelo Diretor da Instrução e Diretor da Escola, bacharel Adriano Nunes Ribeiro,e pelo Secretário, professor José Teodoro de Souza Lobo, corria de mão em mão, como legítimo troféu de vitória. E, com ele, o exemplar magnífico de "Os Lusíadas".
Formou-se a 21 de dezembro de 1881 aprovada com distinção em todos as matérias, isto é 10. Escola Normal, 1º premio à aluna - mestra.
Em Rio Pardo grandes homenagens lhe foram prestadas...
Ana Aurora custou quase um ano para iniciar as atividade de cátedra, pois seu pai, bastante rigoroso, não aceitou que ela assumisse uma vaga que por direito de classificação seria dela, por que ele falava que havia uma outra que necessitava mais do emprego, "Deus me livre que minha filha se empregue prejudicando outra moça".Seu pai e Ana não tiveram outro remédio senão esperar uma vaga sem pretendentes. Finalmente em abril de 1883 surge uma vaga em João Rodrigues, lugar imensamente longe...
Ana Aurora era apaixonada pelo magistério apesar da resistência dos seus, mas ela foi trabalhar longe e lá ficou morando para poder dar aulas, assumindo a regência das aulas. Só vinha visitar seus pais quando de feriado prolongado. No carnaval do ano de 1884, havia um feriado de quatro dias, então veio visitar os pais encontrando seu pai enfermo e mesmo assim o pai lhes reprendeu se era verdade,e "disse cumpra sempre com seu dever".O pai não melhorou e há 28 de fevereiro de 1884 o seu pai deu o último suspiro, pensando ainda em trabalhar para que à família não faltasse o necessário e o conforto que então sempre conseguiu dar-lhe.
FONTE: A Grande Mestra de Walter Spalding, Lv. Sulina, 1953.
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