quarta-feira, 6 de junho de 2018

QUEM FOI BARÃO DE SANTO ÂNGELO ?



 Manuel Araújo Porto Alegre, o” Barão de Santo Ângelo”, nasceu em 29 de novembro de 1806, em Rio Pardo. Órfão de pai, desde tenra idade, oriundo de lar pobre, iniciou sua carreira como ourives, ajudando a sustentar a família. Ainda menino, reuniu um pequeno gabinete histórico em sua casa. Praticava alpinismo, estudava línguas e matemática; matriculou-se na Academia de Belas Artes, no Rio, conquistando, logo na primeira exposição realizada, todos os primeiros prêmios, de pintura, escultura e arquitetura, tornando-se ainda diretor da Academia; seguiu para Europa, percorrendo a Itália, Suíça, Inglaterra,Bélgica, Alemanha, França e Portugal. Regressando ao Brasil, retomou o cinzel de escultor.  Serviu à Pátria, na qualidade de cônsul na Prússia e em  Portugal. Escreveu prosa e verso, legando-nos diversos trabalhos  como “Colombo”(um poema  épico em  dois tomos),  “As Brasilianas” (poesia) e “A Estátua Amazônica” (peça teatral).
 Foi um dos fundadores do romantismo brasileiro. Em suas poesias podem ser encontradas um forte nacionalismo. Foi, além disso, historiador, e teatrólogo.
Em 1838, no Rio de Janeiro, casou-se com Ana Paulina Delamare, tendo tido o casal dois filhos.  
No movimento romântico, acrescentou a seu nome, Manoel de Araújo, o de Porto Alegre, quando em 1874 foi agraciado com o título de Barão, escolheu o de Santo Ângelo, então o santo de maior devoção dos rio-pardenses.  
 Em 1877, em viagem a Roma para Florença, sofreu o primeiro insulto cerebral. Recolheu-se em Lisboa, onde pouco tempo depois teve a segunda crise, que o deixou com a metade do corpo paralisado e mudo. Sua ultima vontade era de ser sepultado em sua terra natal Rio Pardo. Viveu mais dois anos, vindo a falecer em Lisboa, no Conselho Geral do Império  do Brasil, em 29 de dezembro de 1879. Seu corpo embalsamado encontra-se no Cemitério Municipal de Rio Pardo, em mausoléu erguido em sua memória, depois de ter sido exposto no salão de honra da Intendência Municipal de Porto Alegre, quando foi transladado para o Brasil, em 1929. É o Patrono da cadeira nº 32 da Academia Brasileira de Letras.

FONTE: Jornal de Rio Pardo, 08.9/07/ 2006 NOSSAS PRAÇAS, Rio Pardo Cidade Monumento, 1946.

Mausoléu Barão Santo Ângelo


               
 

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