JOAQUIM JOSÉ DE MENDANHA
Autor do Hino Rio Grandense, nasceu em Itabira do Campo,
Ouro Preto, província de Minas Gerais, no ano de 1800, sendo filho de Joaquim
de Gouvêa Mendanha e de Eufrásia Maria de Jesus. Como era de praxe à época, pertenceu
a Irmandade da Gloriosa Virgem e Mártir Maria Cecília (Rio de Janeiro), que
reunia os músicos profissionais. Mais tarde, atuou no coro da Capela Imperial,
como cantor falsetista (9.10.1837), sendo também mestre da banda do 2º Batalhão
de Caçadores da 1ª Linha. No final de 1837 o Batalhão em que Mendanha servia
deslocou-se para o Rio Grande do Sul engajado nas forças legalistas contra os
rebeldes farroupilhas. No combate do Barro Vermelho (30.4.1838) sua banda foi
aprisionada em Rio Pardo e como fossem bem tratados, Mendanha compôs o Hino da
República Rio-Grandense, executado seis dias depois. Um ano depois (20.12.1839)
Rio Pardo é retomada pelos legalistas e a banda volta ao exercício imperial. Em
dois de Dezembro de 1835 Mendanha
participa da criação da Sociedade de Música de Porto Alegre, que no ano seguinte faz
sua primeira apresentação (7.1.1856).
Nossa capital foi sua cidade adotiva; como mestre de capela da Catedral
Metropolitana foi autor de várias músicas para festas do Menino Deus e para o
coro da Igreja de Nossa Senhora das Dores. Vivia na Rua da Varzinha, atual Rua
Demétrio Ribeiro, onde possuía duas meias águas, número 64 e 66. Foi agraciado
com a Ordem da Rosa em 1877. Faleceu em Porto Alegre a dois de setembro de
1885.
FONTE: Jornalzinho do
Arquivo Histórico do Estado do RS, Porto Alegre, nº 10, 1988. AHMRP
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