domingo, 24 de junho de 2018
INTERIOR DE RIO PARDO
No interior de Rio Pardo ainda se vive a beleza da Natureza. Observa-se os detalhes da vida fora do borbulhim das cidades...
UM ABOLICIONISTA REPUBLICANO
QUESTÃO MILITAR
Ten. Cel. Antônio Sena
Madureira (1841-1889)
Nasceu em Pernambuco.
Oficial de Engenheiros, foi mandado para Europa em 1863 para estudar Vias de
Transportes, missão que interrompeu e se
apresentou voluntário para lutar na Guerra do Paraguai, tendo combatido em
Tuiuti, Curuzu, Estabelecimento, Pirebebuí e Campo Grande, recebendo muitos
elogios por sua meritória ação em combate, tendo inclusive sido ferido à bala
na Linha Negra. Em 1870, foi o organizador do Almanaque Militar, servindo no Arquivo Militar, que reunia os
engenheiros militares.
Depois, Sena
Madureira, comandou as Escolas Táticas e
de Tiro do Realengo e do Rio Pardo. Sua
última função foi a de comandante da Fabrica de Pólvora da Estrela em
1888/1889. Exonerado, veio a falecer
pouco depois , aos 47 anos de idade, em circunstâncias
suspeitas, depois de beber água mineral no QG do Exército, onde servia. Sua
contribuição para o desenvolvimento da Doutrina do Exército, antes de ir servir
em Rio Pardo, foi expressiva. Integrou na Europa, de 1873/77, comissões
encarregadas de estudar a organização dos maiores exércitos da época e os seus
sistemas de recrutamento, permanecendo em Berlim como adido militar. Sobre ele
escreveu o acadêmico da AHIMTB Cel. Amerino Raposo Filho: “Militar dos mais
competentes, dignos e cultos de sua época, versando em Ciências Políticas e
Sociais, escrevia e falava fluentemente o francês, inglês e alemão. Excelente
companheiro de armas, autêntico líder, admirado e seguido em suas idéias pelas
gerações mais novas. Abolicionista
exaltado, não entendia como a Escravidão continuasse maculando a sua
Pátria. Republicano convicto, sem ser positivista, correu todos os riscos
decorrentes da contestação do regime monárquico.”
Sena Madureira movimentou a sociedade Rio - pardense, junto com sua esposa, tendo ali participado da fundação, em 10 de outubro de 1886, do Clube Literário e Recreativo de Rio Pardo.
FONTE: Escolas Militares de Rio Pardo, pg. 68/9 - AHMRP
sábado, 23 de junho de 2018
EPIDEMIA EM RIO PARDO
Documento
em que registra uma epidemia de Cólera Morbus em Rio Pardo a 28 de março de
1856. A Província do Rio Grande pede
para a CÂMARA da Cidade para enviar um mapa conforme o modelo, das pessoas
acometidas no Município da epidemia de Cholera Morbus. Documento assinado pelo Barão do Muritiba.
O que seria Cólera Morbus?
Cólera é uma infecção do intestino delgado por algumas estirpes das bactérias Víbrio cholerae.O sintoma clássico é a grande quantidade de diarreia aquosa com duração de alguns dias. Podem também ocorrer vômitos e câimbras musculares. A diarreia pode ser de tal forma grave que em poucas horas provoca grave desidratação e distúrbios eletrolíticos.
A doença transmite-se
principalmente através da água e de alimentos contaminados com fezes humanas com presença das bactérias.Os seres humanos são o único
animal afetado. Os fatores de riscos incluem saneamento insuficiente, escassez de água potável e a pobreza.
FONTE: CG 51, pg. 154,1856 – AHMRP
FONTE: CG 51, pg. 154,1856 – AHMRP
quarta-feira, 20 de junho de 2018
NÃO É VERGONHA AMAR O PASSADO
Feliz a campanha que o Jornal de Rio Pardo está iniciando,
por iniciativa de Biágio Tarantino, homem de ação e resplendor das tradições, no
sentido de que não morra o culto dos antepassados, fique na memória do povo as
páginas viva da história da Pátria e que a terra legendária lembre-se de sua
cidade ilustre pelos feitos e pelos
filhos.
O complexo atraso, a
inibição que o antigo é inimigo do moderno e o preconceito errôneo do que as crônicas de mais de dois séculos perturbem
o ritmo evolutivo da economia local, não passam de ilusões que devemos
sobrepujar com realidade. Rio Pardo, no Rio Grande do Sul é historicamente
única nenhum lugar tem mais brilhantes memórias, posição de maior realce na
cronologia dos acontecimentos sociológicos e as origens gaúchas possuem suas raízes nesta terra que José de
Alencar fez o elogio e que Basílio da
Gama cantou,em pleno século XVIII. A História colonial do Rio Grande do Sul é
toda rio-pardense: Sete Povos, Lutas de Índios,
bandeirantes, sesmarias, missões, portugueses, açorianos, lagunenses,
invasão espanhola, etc. ocorrem na
cidadela que Gomes Freire de Andrade
mandou levantar um depósito de provisões, na confluência dos dois
Rios. Em torno do Forte nasceu a cidade,
os campos de gado já existiam no interior, anteriormente padres, índios e paulistas percorreram a campanha rio - pardense.
A Fronteira do Rio Pardo dominou a Capitania inteira na
direção do rio Uruguai e Sacramento, Maldonado o Cisplatino efetivo, político e administrativo. Aí surgiram
as fazendas de criação de gado, cidades e paróquias.
Regimento de Dragões
do Rio Pardo foi admirável na sua obra de expansão, vigilância e expulsão do
inimigo.
A colonização açoriana, representou um papel consolidador dos costumes luso-brasileiros da gente do pampa brasileiro. O Ilhéo, com a alma pura de isolado pelos mares,
oceanos, transplantou seus hábitos
fortes, serenos e honestos nesta parte
da América Portuguesa.
Rio Pardo, capital do Rio Grande. Rio Pardo, centro de resistência contra o castelhano; Rio Pardo que deu parte de cinqüenta
municípios do Rio Grande; Rio Pardo de Escolas de Guerra e Rio Pardo do
tempo do Paraguai, da abolição da
Escravatura e da propaganda republicana.
A galeria de seus líderes, seus cidadãos ilustres e figuras
da história é bela e admirável da propaganda republicana.
Cidade dos dez
barões; Santo Ângelo, São Gabriel, Triunfo, Ramiz Galvão, Quaraí, São Nicolau,
Bujurú, Teresópolis, Cambai, Viamão; e dos quatros Viscondes: Pelotas, São
Gabriel, Serro Formoso e Andaraí.
Não tem veleidades monárquicas
as citações que se fazem, nem manias aristocratizantes
e sim homenagem aos grandes da terra. Tão dignos deles, também, os Borges do
Canto, os Pinto Bandeira, os Amaral, os
Lisbôas, os Ferreira, os Fontoura, os Silveira, os Pedroso, os Lima, os Franco,
os Mena, os Barreto, os Porto, os Simões pires, os Melo , os Macedo, os Pedroso de Albuguerque, os Alencastre,
etc. árvores genealógicas magníficas e troncos de famílias que deram exemplos
ótimos e comoventes do patriotismo, coragem, abnegação, inteligência e espírito. Rio Pardo das igrejas: cidade que Saint Hilaire, Arsene Isabelle e Nicolau
Dreys, Viajantes do século XIX, adoraram
: cidades dos sonhos, das festas populares, brigas de carnaval, reisados e
cavalhadas, e cidade que Marcelino de Figueiredo, D. Pedro II, Dona Tereza Cristina, Bento Gonçalves, Canto e Melo,
Princesa Isabel, Deodoro da Fonseca, Conde D’ Eu, Júlio de Castilho, etc estiveram.
Lugar de nascimento
de Alexandrino de Alencar, Ernesto Alves, João Luiz Gomes, Protásio Alves e inúmeras próceres
da República, que já, em 1835, tinha seus ardorosos defensores, como depois, em
1893.
Por que relegar as glorias de outrora com um patrimônio
deste? Por que derrubar sobrados tão
lindos e que guardam romances inesquecíveis, pois a inesquecíveis, pois a
história não é o romance de uma Pátria?
FONTE: Jornal de Rio Pardo 03/08/1952 por DANTE DE LAYTANO - AHMRP
terça-feira, 19 de junho de 2018
INAUGURADA SOLENEMENTE A RÁDIO ZYU- 35 RÁDIO RIO PARDO
RÁDIO ZYU-35
Conforme estava
previsto transcorreu com pleno êxito a
solene inauguração da nossa emissora , que obedece a firme direção do Sr.
Arnaldo Balvê.
Pela manha do dia 06/12 houve solenidade, com benção da
emissora, procedida pelo Reverendo Padre
Broggi. Fizeram uso da palavra o padre Broggi, Faustino Teixeira Prefeito
Municipal, Arnaldo Balvê, Dr. Miguel
Mendes Ribeiro, Arno Henn, Fernando B. Wunderlich Lothario Bartolomay. Durante o dia, foi cumprida a
programação musical especial, sob o patrocínio de diversas firmas.
À noite, no Cine
Teatro Coliseu ocorreu um show com diversos artistas de rádio da capital e da
cidade. Continuando foi oferecido à sociedade rio-pardense um baile, no Clube
Literário e Recreativo que se prolongou até a madrugada.
FONTE: JORNAL DE RIO
PARDO, 14/12/1952 AHMRP
sábado, 16 de junho de 2018
GALO DA MATRIZ NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO
Na Europa é muito comum o uso de cata ventos com
formato de galo nas torres das
igrejas. Segundo a tradição católica,
esse formato é uma referência ao galo que cantou depois que Pedro negou a Jesus
Cristo três vezes.
O uso de cata ventos
tem um objetivo prático, pois a direção dos ventos ajuda a prever a possibilidade
de chuva. Assim, a direção apontada pela cabeça do galo da Matriz de Rio Pardo
corresponde à direção em que o vento sopra. Por isso as pessoas que vivem nas
vizinhanças da igreja arriscam-se a prever o tempo, observando o galo.
Dizem que, quando o galo está virado para a Brigada Militar,
há tempo suficiente para lavar e secar a roupa, mas é provável que chova.
Quando ele aponta para o lado de Santa Cruz , é sinal de chuva imediata. Mas,
se ele vira a cabeça para Porto Alegre, é sinal de tempo bom.
É claro que, nem sempre a previsão é confirmada! Normalmente
o conhecimento popular tem origem na experiência, na observação constante dos
fenômenos naturais. As falhas acontecem,
neste caso, porque as condições meteorológicas são bastantes complexas e muitas
vezes chove, ou não, contrariando todos
os sinais evidentes.
FONTE: O livro de Perguntas e respostas ( Ed. Globo) e
informações da Senhora Terezinha Varreira. Pesquisa de Silvia Barros, Ceres Kuhn e Neuza 2001. AHMRP
sexta-feira, 15 de junho de 2018
PERSONAGEM IMPORTANTE PARA O RS E RIO PARDO
JOAQUIM JOSÉ DE MENDANHA
Autor do Hino Rio Grandense, nasceu em Itabira do Campo,
Ouro Preto, província de Minas Gerais, no ano de 1800, sendo filho de Joaquim
de Gouvêa Mendanha e de Eufrásia Maria de Jesus. Como era de praxe à época, pertenceu
a Irmandade da Gloriosa Virgem e Mártir Maria Cecília (Rio de Janeiro), que
reunia os músicos profissionais. Mais tarde, atuou no coro da Capela Imperial,
como cantor falsetista (9.10.1837), sendo também mestre da banda do 2º Batalhão
de Caçadores da 1ª Linha. No final de 1837 o Batalhão em que Mendanha servia
deslocou-se para o Rio Grande do Sul engajado nas forças legalistas contra os
rebeldes farroupilhas. No combate do Barro Vermelho (30.4.1838) sua banda foi
aprisionada em Rio Pardo e como fossem bem tratados, Mendanha compôs o Hino da
República Rio-Grandense, executado seis dias depois. Um ano depois (20.12.1839)
Rio Pardo é retomada pelos legalistas e a banda volta ao exercício imperial. Em
dois de Dezembro de 1835 Mendanha
participa da criação da Sociedade de Música de Porto Alegre, que no ano seguinte faz
sua primeira apresentação (7.1.1856).
Nossa capital foi sua cidade adotiva; como mestre de capela da Catedral
Metropolitana foi autor de várias músicas para festas do Menino Deus e para o
coro da Igreja de Nossa Senhora das Dores. Vivia na Rua da Varzinha, atual Rua
Demétrio Ribeiro, onde possuía duas meias águas, número 64 e 66. Foi agraciado
com a Ordem da Rosa em 1877. Faleceu em Porto Alegre a dois de setembro de
1885.
FONTE: Jornalzinho do
Arquivo Histórico do Estado do RS, Porto Alegre, nº 10, 1988. AHMRP
terça-feira, 12 de junho de 2018
LUÍS GONZAGA - 104 ANOS DE LUTA PELA VIDA
O 13 de maio de 1888 foi data importante para as pessoas da
cor de Luís Gonzaga, um homem baixo, magro e de cabelos brancos que vive em Rio
Pardo. No entanto, para muitas pessoas o dia da assinatura da Lei Áurea, que
determinou o fim da escravatura os negros brasileiros, foi apenas uma data
histórica. Naquele dia, Luís Gonzaga tinha 16 anos, mas ainda consegue lembrar-se
da festa e do entusiasmo com que a notícia foi recebida.
Agora, 104 anos de idade, resta apenas a lembrança daquele
tempo em que a escravidão era admitida oficialmente. “Mesmo no tempo em que era
escravo, Luís Gonzaga conseguiu ganhar mais do que recebe hoje, trabalhando
para um médico do município de Rio Pardo”. Um dia eu ganhei uma pataca”,
lembra. O que dava pra comprar? Muita coisa, muita coisa que não existe mais.
Agora, é tudo uma carêra medonha. E enquanto fala do
passado, o velho de cabelos brancos deixa correr uma lágrima que fica parada no
canto do nariz.
A idade não impede que ele fale com segurança, não impede que
ele faça largos gestos com as mãos. Vez em quando, responde com monossílabos,
deixando no ar palavras chaves, como um desafio ao seu interlocutor. E nem
tenta esconder o orgulho com que recorda dos tempos em que ajudou na construção
da estrada de ferro, que liga Rio Pardo a vários municípios gaúchos. Por vários
anos, vendeu sua força de trabalho aos donos da ferrovia. Dias melhores, só
durante seu serviço na Polícia, que ele pronuncia com acento no último i. Era o
tempo da colonização, tempo de lutas e de guerras por pequenos pedaços de terra
e de fronteira. E Luís Gonzaga lá, com uma arma na mão, defendendo o Rio Grande
do Sul. Era uma época em que não faltava trabalho para ninguém.
Eu trabalhei muito nesta vida, meu filho. Comecei pegando na
enxada quando tinha só dez anos, lá pela Guerra dos Farrapos. No começo, era
com a minha mãe, Maria Luísa, era o nome dela, trabalhou aqui no Solar do
Almirante.
Em seus 104 anos, nunca teve oportunidade pra estudar e sua
única esperança, no momento, é receber a aposentadoria prometida há mais de um
ano “pelos homens do governo”, que ele não sabe quem são. Enquanto ele não
chega, aproveita para se dedicar às duas coisas que mais gosta: caminhar pelas
ruas de Rio Pardo e beber Pepsi-cola. Mora sozinho no único quarto habitável de
um solar abandonado – o mesmo onde sua mãe trabalhou como escrava, mas não se
sente só. Quando lhe perguntam se nunca teve filhos, responde: “Pra quê?”...
Outra
lágrima começa a rolar por sua face. Com um vago gesto, Luís Gonzaga mostra o
lugar onde mora. É o mesmo Solar onde um dia trabalhou sua mãe. O famoso
Casarão do Almirante Alexandrino, hoje destruído e completamente abandonado, à
espera do misericordioso tombamento pelo Instituto do Patrimônio Histórico
Nacional, serve como teto ao homem que o conheceu durante sua construção.
Solar do Almirante, arrumado e hoje esta´novamente interditado 2018 |
Que eu me lembre, eu nasci coisa de um ou dois anos depois
que minha mãe casou com meu pai, o Manuel Jacinto Gonzaga. Ainda consigo buscar
na cabeça os causos que ele me contava quando a gente morava lá em Porto
Alegre, na Colônia Africana. Sabe onde fica? Lá, no Morro da Polícia. Pois é, a
mãe foi de muda pra capital quando comprou a liberdade do Almirante, depois de
juntar um dinheirinho. Em Porto Alegre, ele trabalhou pra família Mostardeiro,
nos Moinhos de Vento. Cê conhece aquilo lá? Pois é....
FONTE: Uma entrevista Zero Hora, AHM.
Seu Luís diz que o dia mais triste de sua vida foi quando sua mãe morreu. |
segunda-feira, 11 de junho de 2018
REINAUGURAÇÃO DA PONTE SOBRE O RIO PARDO
Na tarde do dia 20 de
setembro de 2014, ocorreu a solenidade de reinauguração da ponte histórica
sobre o Rio Pardo. O ato contou com apresentação da Banda Marcial dos Dragões e
do músico Otoniel da Silveira que apresentou duas músicas de sua autoria: No
passo do Rio Pardo e o Passo se fez caminho. O memorialista José Ernesto
Wunderlich, fez um breve relato sobre a história da Ponte.
A Ponte
estava há cerca de 40 anos carecendo de reparos. O serviço de recuperação da
Ponte sobre o Rio Pardo foi realizado pela Prefeitura Municipal de Rio Pardo, através
da Secretaria Municipal do Interior, e contou com a parceria da Celulose Rio-grandense,
Afubra, Agência de Desenvolvimento de Rio Pardo,
Serraria Madelem, Serralheria e Vidraçaria Trevo, Coparroz, Nelson Bizarro,
Paulo Roberto Ramos dos Santos, José Carlos Oliveira, Iris Inácia da Silva,
Elau de Moura e Sideri Antônio Policena. A recuperação das luminárias originais
foi realizada pelo artista Jones Pinto, da empresa Artefatos em Ferro.
Durante a solenidade,
todos que participaram da restauração da Ponte foram homenageados com um
certificado de agradecimento e reconhecimento pelos trabalhos prestados. O
secretario Municipal do Interior, Claudio Freitas e o secretário Municipal de
Trânsito e Serviços Essenciais, Luiz André Granada da Silva, também foram
homenageados pelo trabalho e esforço realizado, neste importante serviço de
recuperação, deste patrimônio histórico de Rio Pardo e do Rio Grande do Sul.
O prefeito Municipal de
Rio Pardo, Fernando Schwanke, o vice-prefeito Municipal de Rio Pardo, Jorge Panta
Habekost, o presidente da Câmara
Municipal de Vereadores de Rio Pardo, Paulo Botelho e o secretário Municipal do
Interior, Claudio Freitas fizeram o descerramento da fita, devolvendo este
importante patrimônio histórico para a comunidade rio-pardense.
Segundo o Prefeito
Municipal de Rio Pardo, Fernando Schwanke, a importância histórica da Ponte do
Rio Pardo se iguala ao Centro Regional de Cultura de Rio Pardo, pois é um
resgate de grande parte da história do município de Rio Pardo. “É uma alegria,
uma emoção poder devolver a comunidade rio-pardense este grande patrimônio
histórico, que resgata não só a história do município, mas também uma parte da
história do povo gaúcho”, disse o prefeito Municipal.
Conheça a história deste
importante Patrimônio Histórico
Há mais de 200 anos, em
outubro de 1813, reuniram-se na Casa do Conselho autoridades da Vila, neste
leu-se um ofício da Junta da Real Fazenda com a cópia do Decreto de Licença
para a
construção da Ponte sobre o Rio Pardo.
construção da Ponte sobre o Rio Pardo.
A Ponte foi um local de
grande movimento no transporte das mercadorias de gêneros alimentícios de todo
o tipo, que vinham por embarcações fluviais da Província para a Vila, e da Vila
para serem distribuídas, levadas até as Missões e interior do Rio Grande do
Sul, pois por Rio Pardo era feita essa rota comercial, se assim podemos dizer,
e essa passagem era de total importância para toda a Província.
Conta a história, que no
meio da ponte havia uma parte de madeira que era retirada à noite para
dificultar a entrada de estranhos na cidade. No ano de 1909, por ordem do
capitão intendente da província foi mandado construir uma nova estrutura para a
velha ponte, elevando-a 1,5 metros da ponte original, com uma estrutura toda de
aço, construída pela empresa alemã Bromberg S. A, que perdura até hoje.
FONTE: Reportagem do Jornal Rio Pardo, Arquivo Histórico, 2014.
FONTE: Reportagem do Jornal Rio Pardo, Arquivo Histórico, 2014.
QUEM FOI DR. PEDRO BORBA ?
Dr. Pedro Alexandrino de Borba nasceu em 26 de novembro de 1889,
em Rio Pardo, filho de Francisco Antônio de Borba Filho e de D. Ana Josefina de
Borba. Ingressou mais tarde, na faculdade de medicina, prevalecendo sua
vontade, já que o pai queria que seguisse a carreira militar. Em 1903 formou-se
em farmácia e em 1906, em medicina. Desde então, Dr. Pedrinho estabeleceu-se na
terra natal, onde se dedicou a verdadeira caridade de um modo extraordinário,
muitas vezes deixando de lado outros deveres para atender aqueles que o
chamavam para minorar as suas dores físicas e morais.
De 1924 a 1928 foi Intendente na cidade Rio Pardo. Em 1937 foi nomeado
médico-chefe da Caixa Econômica Federal, cujo cargo exerceu até as
vésperas de sua morte. Também foi major-médico da Guarda Nacional. Faleceu em
08 de maio de 1952, em Porto Alegre.
Dr. Pedrinho, como carinhosamente era chamado pela população, era
conhecido pela sua caridade. Fundou em 1921, uma creche para crianças
pobres da cidade. Quando chamado para atender algum paciente, nunca cobrava
consulta. Na época da gripe espanhola, mostrou-se dedicação extrema,
principalmente aos pobres. Esteve noites e noites sem dormir, cuidando daqueles doentes e
dispensando uma palavra amiga e confortável.
Jornal de Rio Pardo 24/5 06/2006 AHM
PRAÇA DR. PEDRO ALEXANDRINO DE BORBA
LOCAL TURÍSTICO
Localizada em frente
a Capela São Francisco de Assis.
Arborizada, com
canteiros, grama e flores e bancos, o local
é um convite para desfrutar de um
bom descanso e também de contemplar esta Igreja bicentenária, contando com um
importante acervo de imagens da Via Sacra em tamanho natural. Em anexo ao prédio,
encontra-se o Museu de Arte Sacra com peças missioneiras.
No centro está o busto inaugurado em 1926, em homenagem a
José Joaquim de Andrade Neves,”o Barão do Triunfo”, rio-pardense nascido em
1807 e que faleceu em 1869, na guerra do Paraguai. Na parte de traz do busto, pode ser observada
a frase dita pelo barão às vésperas de sua morte, num delírio febril,
“camaradas! Mais uma Carga”. Os quatro cantos do guardil que ostenta o busto são
formados por pedaços de armamentos que foram utilizados na Guerra do Paraguai e uma placa em homenagem aos 25 anos do Rotary
Club de Rio Pardo, colocada em 1977. Bem
mais recente, de frente para a capela, é a outra placa do Rotary Clube e das
escolas rio-pardenses, alusiva á campanha ecológica “Preserve o planeta Terra”,
colocada em 1990, no Dia da Árvore.
Nesta praça foi construído um reservatório elevado(a caixa d’água )da CORSAN, na década
de 50, para garantir o abastecimento de água aos pontos mais alto da cidade.
NOME VEM DE 1928
Através do Ato nº 211, de 16 de agosto de 1928, mudou-se o
nome Dr. Azambuja, para Dr. Pedro Alexandrino de Borba, considerando que os
poderes públicos deveriam homenagear aqueles que se destacaram na coletividade
humana, não só pelas aprimoradas qualidades como também pelos serviços prestados
a causa pública. Dr. Pedro Borba também foi incansável no labor administrativo
em cuidar e manter bonita e referida praça. O Ato foi assinado pelo
“vice-intendente” em exercício, Coronel Francisco Rodrigues Ferreira.
quarta-feira, 6 de junho de 2018
QUEM FOI BARÃO DE SANTO ÂNGELO ?
Manuel Araújo Porto Alegre, o” Barão de Santo Ângelo”,
nasceu em 29 de novembro de 1806, em Rio Pardo. Órfão de pai, desde tenra
idade, oriundo de lar pobre, iniciou sua carreira como ourives, ajudando a
sustentar a família. Ainda menino, reuniu um pequeno gabinete histórico em sua
casa. Praticava alpinismo, estudava línguas e matemática; matriculou-se na
Academia de Belas Artes, no Rio, conquistando, logo na primeira exposição
realizada, todos os primeiros prêmios, de pintura, escultura e arquitetura,
tornando-se ainda diretor da Academia; seguiu para Europa, percorrendo a
Itália, Suíça, Inglaterra,Bélgica, Alemanha, França e Portugal. Regressando ao
Brasil, retomou o cinzel de escultor. Serviu à Pátria, na qualidade de
cônsul na Prússia e em Portugal. Escreveu prosa e verso, legando-nos
diversos trabalhos como “Colombo”(um poema épico em dois
tomos), “As Brasilianas” (poesia) e “A Estátua Amazônica” (peça teatral).
Foi um dos fundadores do romantismo brasileiro. Em suas poesias podem ser
encontradas um forte nacionalismo. Foi, além disso, historiador, e teatrólogo.
Em 1838, no Rio de Janeiro, casou-se com Ana Paulina Delamare,
tendo tido o casal dois filhos.
No movimento romântico, acrescentou a seu nome, Manoel de Araújo,
o de Porto Alegre, quando em 1874 foi agraciado com o título de Barão, escolheu
o de Santo Ângelo, então o santo de maior devoção dos rio-pardenses.
Em 1877, em viagem a Roma para Florença, sofreu o primeiro
insulto cerebral. Recolheu-se em Lisboa, onde pouco tempo depois teve a segunda
crise, que o deixou com a metade do corpo paralisado e mudo. Sua ultima vontade
era de ser sepultado em sua terra natal Rio Pardo. Viveu mais dois anos, vindo
a falecer em Lisboa, no Conselho Geral do Império do Brasil, em 29 de
dezembro de 1879. Seu corpo embalsamado encontra-se no Cemitério Municipal de
Rio Pardo, em mausoléu erguido em sua memória, depois de ter sido exposto no
salão de honra da Intendência Municipal de Porto Alegre, quando foi transladado
para o Brasil, em 1929. É o Patrono da cadeira nº 32 da Academia Brasileira de
Letras.
FONTE: Jornal de Rio Pardo, 08.9/07/ 2006 NOSSAS PRAÇAS, Rio Pardo Cidade Monumento, 1946.
PRAÇA BARÃO DE SANTO ÂNGELO
Praça Barão de Santo Ângelo localiza-se na bifurcação entre duas
ruas Dr. João Pessoa e Senhor dos Passos, tendo sua proximidade e a instalação
da rodoviária local, daí originando a popular expressão, “Praça da Rodoviária”.
Uma das praças mais antigas de Rio Pardo, conta hoje com
alguns pontos comerciais ao seu redor, bem como escritórios, tanto contábeis,
como de profissionais liberais e, anexo à Praça um quiosque. Defronte à praça,
também acha-se instalado a Pró-vida e ponto de táxis.
Pontos importantes do
local: A Carta Testamento de Getúlio Vargas, transcrita em um monumento (de 24 de Agosto de 1954, suicidou-se com um
tiro no coração, mas antes deste ato, escreveu uma carta no qual apresenta os
motivos dessa atitude); uma estátua de uma mãe com uma criança no colo, uma simpática
homenagem do Rotary à “mãe rio-pardense”, em que muitas pessoas passaram a
confundi-la com a imagem de Nossa Senhora e ali depositam flores, acendem velas
e fazem preces; e ainda um busto retratando as professoras Ana Aurora e Zamira do Amaral Lisbôa, datado de 1944, como
“ admiração de seus ex- alunos.
Praça com muita sombra e bancos divulgando nomes de casas comerciais, farmácias...lugar agradável para
visitantes, jovens enamorados, para cear um chimarrão, colocar a conversa em
dia e esperar o ônibus do interior, descansar em quanto a hora da partida chegar...
Hoje, um grupo de professoras cuidam, ajudam a conservá-la, plantam flores, pintam e organizam ajudando a ter uma cidade mais bonita.
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