Em 1952 começa a segunda fase do
jornal de Rio Pardo sob a direção de Biágio Soares Tarantino junto de Olívio da
Luz, tendo Albino Teodoro Braum como Diretor – Gerente.
Dessa fase o Arquivo Histórico
guarda exemplares até 16 de dezembro de 1956.
Hoje transcrevemos a apresentação dessa nova
fase, feita por Biágio Tarantino com o texto
“A Missão do Jornal de Rio
Pardo”:
“ A Grande missão que se reserva
o Jornal Rio Pardo, nestes dias de confusão de valores, de desorientação doutrinária,
de violentas manifestações de interesses e de classes, a cuja sombra agem os
apetites violentos dos exploradores de
situações, a grande missão que cumpre igualmente, a todos os jornais
brasileiros, é, acima de tudo, orientar e doutrinar.
Doutrinar a boa doutrina que é
aquela que se origina da consideração superior dos problemas e dos
acontecimentos humanos e nacionais.
(.....)
Quando no seio de todas as
paixões e de todos os ódios e malquerenças, o interesse imediato, do emprego do
cargo, da autoridade, do prestígio e da amizade pessoal houver entorpecido o
povo, como um anestésico, mais do que nunca se torna necessária à voz nítida de
uma consciência perfeita da realidade, para prevenir os incautos e mostrar,
através de todas as sombras de uma hora crepuscular, o caminho seguro do
direito, da decência, da moralidade e da consciência nacional.
(.........)
E uma nova era de viva
compreensão nacional deverá chegar, assinalando o advento de uma geração
realizadora e forte. É para essa geração que o Jornal de Rio Pardo deverá
falar.
Elevemos, pois, a nossa imprensa.
Elevemo-la, afastando-a do contato com os que agem no plano dos interesses
materiais e políticos. Isentemo-la do furor que se aninha no coração dos
partidos, do ódio surdo ou da afeição excessiva que se oculta no íntimo dos
grupos, porque, pior do que a imprensa servil que leva diariamente o prato dos
escândalos e dos comentários tendenciosos à voracidade de uma opinião pública
desorientada, é a imprensa hipócrita que deturpa os fatos e a visão dos
problemas ao sabor das próprias conveniências ou para servir aos interesses
ocultos daqueles que chafurdam a lama da calúnia, da injuria ou da imortalidade
que putrefaz e fulmina, emprestando todo o ambiente moral de uma sociedade.
Em sua nova feição de órgão
noticioso, informativo, o Jornal de Rio Pardo, consciente da sua grave
responsabilidade, assume perante o povo de sua terra a missão elevada e sublime
que a Pátria tem o direito de exigir da imprensa.
A partir de dezembro de 1956, os
exemplares que aparecem nos volumes encadernados do Arquivo Histórico são
Jornal “a Folha”.
FONTE: Jornal de Rio Pardo, 2001- Coluna do
AHMRP Recordando o Passado.
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