sexta-feira, 4 de maio de 2018

JORNAL DE RIO PARDO II



Em 1952 começa a segunda fase do jornal de Rio Pardo sob a direção de Biágio Soares Tarantino junto de Olívio da Luz, tendo Albino Teodoro Braum como Diretor – Gerente.
Dessa fase o Arquivo Histórico guarda exemplares até 16 de dezembro de 1956.
 Hoje transcrevemos a apresentação dessa nova fase, feita por Biágio Tarantino com o texto
“A Missão do Jornal de Rio Pardo”:
“ A Grande missão que se reserva o Jornal Rio Pardo, nestes dias de confusão de valores, de desorientação doutrinária, de violentas manifestações de interesses e de classes, a cuja sombra agem os apetites violentos dos exploradores  de situações, a grande missão que cumpre igualmente, a todos os jornais brasileiros, é, acima de tudo, orientar e doutrinar.
Doutrinar a boa doutrina que é aquela que se origina da consideração superior dos problemas e dos acontecimentos  humanos e nacionais.
(.....)
Quando no seio de todas as paixões e de todos os ódios e malquerenças, o interesse imediato, do emprego do cargo, da autoridade, do prestígio e da amizade pessoal houver entorpecido o povo, como um anestésico, mais do que nunca se torna necessária à voz nítida de uma consciência perfeita da realidade, para prevenir os incautos e mostrar, através de todas as sombras de uma hora crepuscular, o caminho seguro do direito, da decência, da moralidade e da consciência nacional.
(.........)
E uma nova era de viva compreensão nacional deverá chegar, assinalando o advento de uma geração realizadora e forte. É para essa geração que o Jornal de Rio Pardo deverá falar.
Elevemos, pois, a nossa imprensa. Elevemo-la, afastando-a do contato com os que agem no plano dos interesses materiais e políticos. Isentemo-la do furor que se aninha no coração dos partidos, do ódio surdo ou da afeição excessiva que se oculta no íntimo dos grupos, porque, pior do que a imprensa servil que leva diariamente o prato dos escândalos e dos comentários tendenciosos à voracidade de uma opinião pública desorientada, é a imprensa hipócrita que deturpa os fatos e a visão dos problemas ao sabor das próprias conveniências ou para servir aos interesses ocultos daqueles que chafurdam a lama da calúnia, da injuria ou da imortalidade que putrefaz e fulmina, emprestando todo o ambiente moral de uma sociedade.
Em sua nova feição de órgão noticioso, informativo, o Jornal de Rio Pardo, consciente da sua grave responsabilidade, assume perante o povo de sua terra a missão elevada e sublime que a Pátria tem o direito de exigir da imprensa.
A partir de dezembro de 1956, os exemplares que aparecem nos volumes encadernados do Arquivo Histórico são Jornal “a Folha”.

FONTE: Jornal de Rio Pardo, 2001- Coluna do AHMRP  Recordando o Passado.





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