Dados de historiadores revelam que ao longo dos tempos o escravo em
território rio-grandense sofreu menos violência que os demais no resto do país,
devido a liberdade que recebia nas lidas campeiras. O professor descobre que os
escravos eram apegados as suas famílias. “Se passassem da fronteira seriam
livres, já que o capitão do mato não poderia capturá-los. Então as pessoas se
perguntam o porquê de não fugiram se tinham tanta liberdade nos campos? A explicação
era o apego muito grande que tinham com a família”. Além deste estreitamento
dos laços familiares, Petiz descobriu que os negros que por aqui eram
escravizados, tinham muita liberdade tratando-se de mobilidade. Frequentavam
outras senzalas, estâncias e até participam de festas religiosas. De modo geral
a estratégia dos mesmos era amenizar a dor e sofrimento através da busca de
garantias aos seus traços de ser humano. ”O escravo não era uma peça. Era um sujeito
que pensava, agia e reagia”, explicou. Muitos deles faziam greve para a
manutenção de pequenos ganhos cotidiana como comida, roupa etc.”Era uma vida
dura, difícil, mas utilizava-se de estratégias para manterem sua existência”.
Pesquisa: Nestes anos de pesquisa, o historiador vem coletando dados nos
arquivos históricos de Rio Pardo, Cachoeira do Sul e Porto Alegre, na Cúria
Metropolitana e Arquivo Público na capital. Em muitas etapas o trabalho foi
feito, um trabalho meticuloso de
pesquisa.
FONTE: JORNAL RIO PARDO 27/28/07/2007 AHMRP
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