As imagens doadas pelo vice- ministro da Ordem Terceira são as peças mais valiosas do acervo. Consistente de seu valor, o doador estabeleceu como cláusula a proibição de as “removerem para outra capela ou igreja, perdendo a Ordem o direito a elas, e passando ao poder de quem as pediu no momento em que foram emprestadas”(pg.14 do Livro Especial da Ordem).
O acervo inclui um Cristo Crucificado e São Francisco de Assis no altar-mor; o Santo do Pau Oco, Crucifixo de marfim na cruz de jacarandá; um missal impresso em Lisboa em 1784 e um porta missal articulado, feito de uma peça só.
Inaugurado em 1975 o Museu encontra-se em estado de abandono com risco de desabamento do telhado. Em abril de 1996 fundou-se a Associação dos Amigos do Museu de Arte Sacra(AMAS) com a finalidade de buscar recursos para sua restauração e reabilitação. Com apoio dos Amigos em Rio pardo e muitos outros espalhados em outras cidades, o Museu foi restaurado, recebeu iluminação nova e foi entregue a comunidade em abril de 2001. A Prefeitura Municipal cede dois funcionários e mantém o Museu aberto à visitação.
O Museu de Arte Sacra na Igreja São Francisco em Rio Pardo é um dos mais valiosos pela beleza e detalhes de suas peças em tamanho natural.
O Museu de Arte Sacra na Igreja São Francisco em Rio Pardo é um dos mais valiosos pela beleza e detalhes de suas peças em tamanho natural.
ARQUITETURA COLONIAL- RIO PARDO
A arquitetura feita no Rio Grande do Sul durante os séculos XVIII e XIX, não teve a grandiosidade da arquitetura encontrada em Minas Gerais, Bahia ou Rio de Janeiro. A colonização foi feita por gente pobre e com dificuldades. O próprio fixar-se na terra era duvidoso devido às guerras contínuas, quase um estado de beligerância permanente. Por isso, realizaram uma arquitetura à maneira deles, uma arquitetura como a que traziam na memória de além-mar, com os elementos e os processos de construção consagrados pela tradição. O valor dela reside precisamente no fato de ter sido assim, sem recursos oficiais e sem a assistência de mestres e artesãos, o que era freqüente em Minas, na Bahia e no Rio Janeiro.
FONTE: MUSEU DE ARTE SACRA DA IGREJA DE SÃO FRANCISCO – RIO PARDO - RS FOLHETO DA IGREJA - AHMRP