Ana Aurora do Amaral Lisboa, em
consequência do posicionamento de sua família, sofreu perseguições políticas,
exonerando-se do seu cargo público, entrando nas fileiras revolucionárias do
Partido Federalista e sendo militante ativa da Revolução Federalista no Rio
Grande do Sul em 1893.
Deste momento em diante dedicou-se ao
magistério particular, e com o auxílio das irmãs Zamira e Carlota fundou o
Colégio Particular Amaral Lisboa dirigindo-o de 1893 a 1924, em Rio Pardo.
Foi colaboradora do jornal "A
Reforma" órgão do Partido Federalista chefiado por Gaspar Silveira
Martins. Colaborou também em vários outros jornais políticos, como "O
Canabarro" de Santana do Livramento, “Gaspar Martins" de Santa Maria, entre outros.
A sua atuação e colaboração na imprensa e
suas publicações, além de trazer um cunho educacional e apelos em auxílio ao
desenvolvimento de sua terra natal, era o instrumento que utilizava para
expressar suas ideias políticas.
Foi também poetiza, teatróloga e escritora,
entre suas obras publicadas destacou-se "Minha Defesa" publicada em
1895. Pertenceu a sociedade feminina Sempre Viva e ao Grêmio Rio-Pardense de
Letras.
Exerceu o magistério aproximadamente 55
anos, sendo que em 1915, criou um curso noturno gratuito para
adultos.(Muito antes de ser adotado o Curso de Ensino Supletivo em 1931).
Com idade avançada, Ana Aurora e sua irmã
Zamira, em uma situação bastante humilde, viviam em uma pensão concedida pelo
Governo Estadual. Ana Aurora faleceu em 22 de abril de 1951 com 90 anos de
idade.
FONTE: Parte de um texto de Universitárias
Fábia Winck e Ianae Marques.
AHMRP Biagio Soares Tarantino
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