Erigido
em 1754, no contexto da guerra guaranítica 1754-56, como base logística de
apoio à marcha do Exército Demarcador do Tratado de Madrid 1750, no Sul.
Exército sob o comando do general Gomes Freire, Governador de Minas Gerais, São
Paulo e Rio de Janeiro.
O
Rio Grande do Sul é hoje brasileiro graças, em grande parte, à visão superior
de estadista daquele general.
Seu
Exército pretendeu atingir aos Sete Povos ao longo do rio Jacuí. Lá, junto com
um Exército da Espanha tomaria pela força a região, dela evacuando os índios e
jesuítas que reagiram ao tratado, para substituí-los por casais de açorianos,
já na Vila de Rio Grande. O forte foi erigido pelo Cel Thomaz Luiz Osório e seu
Regimento de Dragões, desde então para lá transferido de Rio Grande.
Em
24 de abril de 1756 o índio Sepé Tiarajú do povo de São Miguel comandou ataque
frustrado ao forte. Após apresentou-se como amigo, para tomá-la de dentro para
fora. Descoberto, foi preso com seus 53 índios. Sob promessa de devolver 70
cavalos que tomara ao forte, fugiu ao ludibriar a escolta, indiferente ao destino
de seus liderados, retidos como reféns. A maioria deles morreu tragicamente na
Lagoa dos Patos, em rebelião, quando transportados para o Rio Grande. De
1756-59, o forte foi edificado em terra e pedra, sob a direção de Gomes Freire
e traço do Cel Alpoym.
Desempenhou
importante papel dissuasório na invasão de 1774 pelo governador de Buenos
Aires, general Vertiz y Salcedo. Mais do que por suas muralhas valia por sua
posição dominante sobre o estratégico passo do Jacuí. Em 1775, o general Bohn
comandante do Exército do Sul, constatou dele haver restado “o mastro, um velho
armazém da época da construção e peças de ferro de alguma utilidade sem grande
risco.”
Foi
restaurado em grande parte com pedras. Prestou serviços, até 1812 quando com a
expansão da fronteira até os rios Uruguai e Jaguarão, surgiram bases avançadas
em Bagé e . Borja e a intermediária em Batovi (São Gabriel).
Em
1813, parte de suas muralhas serviram para calçar ladeira que ligava o forte à
Vila, após haver cumprido papel relevante como base para o reconhecimento,
exploração, conquista gradativa e defesa da campanha riograndense e Missões. E
mais, como pólo irradiador pazra todas as regiões citadas sob sua influência,
no dizer de Dante de Laytano, de uma civilização castrense ou militarizada,
tendo como principais agentes, algumas gerações do legendário Dragões do Rio
Pardo, a célula mater de toda a guarnição federal no Rio Grande do Sul.
Por
jamais ter sido vencido ou ultrapassado na sua relevante missão, também de
sentinela avançada destinada a proporcionar segurança a Porto Alegre contra
possíveis ataques com origem na campanha riograndense e Missões, passou para
história como “A Tranqueira Invicta”.
REFERÊNCIA: A História do Brasil
através de seus Fortes, Coronel Claudio Moreira Bento, com ilustrações de Mário
Neves. (provavelmente 1982, cfe. data ao lado assinatura planta Forte Jesus
Maria José do Rio Pardo)
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