Em 20 de janeiro de 1939, há 80 anos,
faleceu em Porto Alegre o rio-pardense Álvaro de Aguiar Lisboa, nascido em 3 de
junho de 1882. Era filho de Alberto Afonso do Amaral Lisboa e de D. Maria
Josefina de Aguiar Lisboa e sobrinho de Ana Aurora do Amaral Lisboa. Foi casado
com Cezira do Canto, com quem teve 7 filhos.
Fez os estudos primários em Rio Pardo, no
Colégio Amaral Lisboa, o curso secundário na Escola Brasileira, em Porto Alegre
e posteriormente cursou a Escola Militar de Porto Alegre e Rio Pardo.
Na Escola Militar de Rio Pardo foi colega
de Getúlio Vargas, Daltro Filho, Eurico Gaspar Dutra e Salvador Cesar Obino,
entre outros.
Deixando o Exército, ingressou na Viação
Férrea do Rio Grande do Sul, de onde se demitiu por motivos políticos. Passou
então a trabalhar como gerente do Banco Pelotense.
Residiu nas cidades de Rio Pardo, Porto
Alegre, Santa Maria, Cacequi, Jaguari, São Vicente, Santa Cruz e Pelotas. Ainda
no Exército, serviu no estado de Mato Grosso, na tropa aquartelada em Corumbá.
Tendo como leituras prediletas a poesia, a História
e a religião, acabou se dedicando também à literatura, mas não publicou nenhum
livro, embora possuísse dois volumes prontos. Um deles, “Urtigas e Carrapichos”,
era dedicado a sátiras bem ferinas e curiosas, mas o autor consumiu os
originais e apenas se conhecem alguns excertos publicados em jornais da época.
Também colaborou com a imprensa do interior, publicando textos em jornais de
Pelotas, Santa Maria e São Gabriel.
Nas cidades por onde passou também se dedicou à
Política. Adepto do Partido Federalista, foi orador deste clube político em
várias ocasiões. Como orador também era ótimo nas comemorações de datas nacionais
e em sociedades literárias. E como prosador publicou inúmeros artigos de
crítica, crônicas diversas, cartas e polêmicas em jornais da época.
REFERÊNCIA:
Laytano, Dante de. Guia Histórico de Rio Pardo cidade tradicional do Rio Grande
do Sul. Porto Alegre: AGE - Edição da Prefeitura Municipal de Rio Pardo, 1979. P.
275-6.