As concessões de
terras foram numerosas, mediante apenas a exigência de ocupação imediata, com a
construção de casas, mangueiras, plantações, etc.
Inúmeras
famílias retiraram-se do povoado, com seus escravos e empregados, indo habitar
as grandes estâncias, obtidas por concessão do governo de Portugal e doadas
principalmente a oficiais e praças que serviram no Quartel de Rio Pardo. Essas
estâncias tornaram-se a origem da riqueza pastoril do Continente de São Pedro
do Rio Grande do Sul.
A partir de
1780, foram demarcados os terrenos urbanos e concedidos a oficiais, médicos,
capelães e inferiores da guarnição do Quartel.
O trabalho de
demarcação das ruas foi realizado, a princípio, por engenheiros militares e,
mais tarde, prosseguiu sob a direção de engenheiro civil.
Oficialmente,
Rio Pardo nunca foi capital do Rio Grande do Sul, mas, por várias vezes, serviu
de sede de governo, algum tempo, aos Governadores Gomes Freire de Andrade,
Francisco Barreto Pereira Pinto e José Marcelino de Figueiredo.
A importância
estratégica e econômica do Rio Grande do Sul, seu grande desenvolvimento, a
lealdade dos súditos portugueses que habitavam seu território concorreram para
que fosse elevado a capitania. Por decreto de dezenove de setembro de 1807, foi
criada a Capitania Geral de São Pedro, sendo seu primeiro governador o
Capitão-General D. Diogo de Souza. O Alvará de 27 de abril de 1809 dividiu-a em
quatro municípios: Rio Grande, Porto Alegre, Santo Antônio e Rio Pardo.
O imenso
território, que formava o município de Rio Pardo, abrangia uma área de cento e
cinquenta e seis mil oitocentos e três quilômetros quadrados, ou seja, mais da
metade do território da nova Capitania.
No ano de 1975,
essa área, que já fora ocupada pelo nosso município, compreendia duzentos e
sete municípios do Estado e, atualmente, muito mais.
FONTE:
REZENDE, Marina de Quadros. Rio Pardo – História, recordações e lendas. 2ª. Ed.
Rio Pardo: s/ed., 1987. p. 41-42.
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