segunda-feira, 27 de novembro de 2023

RUA ANDRADE NEVES RIO PARDO RS

 

Rua principal de acesso ao centro da Cidade. Nela temos concentração de casas antigas históricas, inclusive a casa do Gel. Andrade Neves, “o Barão do Triunfo”, Centro Regional de Cultura, Igreja dos Passos, Sobrados, grande parte de Lojas Comerciais, Supermercados, Farmácias, Delegacia, Laboratórios, Bancos,  Hotel, Caixa Federal e Restaurantes.

O primeiro nome desta Rua foi de Santo Ângelo, conforme a planta do engenheiro João Martinho Buff, 1829.

Depois a via pública passou a chamar-se de Barão do Triunfo. E a 1º de julho de 1878 passou a denominar-se de General Rua Andrade Neves, esta nova alteração do nome foi por indicação do Vereador Vicente Ferreira de Macedo, conforme a ata 12ª sessão ordinária.

JOSÉ JOAQUIM DE ANDRADE NEVES, o Barão do Triunfo, nasceu em 1807, em Rio Pardo. Entrou para a carreira das Armas em 1826; fez campanha contra o Paraguai; foi inimigo da Revolução, combatendo os Farroupilhas, atuação no qual rendeu-lhe o título de Capitão. Em 1840, recebeu os galões de Major Honorário do Exército Imperial, posto que foi elevado a Tenente- Coronel no ano seguinte. Em 1847, foi nomeado  Coronel da Guarda das Rosas, em 1851, organizou um corpo de voluntários, comandando a 7ª Brigada, sendo nomeado Brigadeiro Honorário do Exercito Brasileiro. Em 1867 recebeu o título de Barão do Triunfo. Quando era provedor da Irmandade, envolveu-se no episódio que deu origem a lenda do monge. Faleceu em 1869, no Paraguai, durante a batalha de Lomas Valentinas, após ser atingido com um tiro no pé, o que lhe rendeu uma gangrena e a morte.

 Fonte:  Jornal de Rio Pardo 23 e 24 de agosto de 2003. Guia Histórico de Rio Pardo, Dante de Laytano, pg. 52, 1979.  LACM Nº 13/378, pg. 282 do ano de 1872/1880

Rua Andrade Neves  nos dias de hoje  - 2023

Rua Andrade Neves -1898



 

 

 

 

terça-feira, 21 de novembro de 2023

PEDRO CASTELLO SACARELLO

 


Pedro Castello Sacarello rio-pardense, nascido a 21 de fevereiro de 1857, sempre viveu em sua terra natal. Foi uma das figuras mais destacada da oposição em Rio Pardo. Lutou pelas coisas de sua Cidade, em especial pela construção do edifício do Colégio Elementar “Ernesto Alves”, pela Hidráulica de água potável para sua terra. Homem de ação muito grande como agrimensor, formado na Itália. Trabalhou juntamente com Carlos Trein Filho para traçar as ruas de Santa Cruz do Sul. Comerciante próspero desempenhou importante papel na vida econômica de sua Cidade. Pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, na qualidade de Sócio correspondente, escrevendo na sua Revista artigos  de interesse coletivo. Foi colaborador ativo em diversos jornais da época, tanto de Rio Pardo “A Ação”, como da capital do Estado. Exerceu atividades partidárias, ocupando cargo de destaque e participando da vida eleitoral com enorme entusiasmo. Foi casado com a Sra Julieta Ribas Sacarello, tendo dez filhos. Morreu com idade avançada.

 

Fonte: Jornal de Rio Pardo, 04 e 05 de outubro de 2003. Rio Pardo, cidade – Monumento Duminiense Paranhos de Antunes pg. 128, 1946).

sexta-feira, 3 de novembro de 2023

ORGANIZAÇÃO PARA RECEBER SUA MAGESTADE O IMPERADOR EM RIO PARDO

 

Ofício do Tenente Coronel Comandante da Guarnição desta Vila José Joaquim de Andrade Neves de quatro do corrente declarando que S. Exa. o Sr. Conde de Caxias Presidente e General do Exército ordena que por parte deste comando se previna a V. S. que tendo S. M. Imperador decorrer a Fronteira depois de sua chegada a esta Província, e sendo seu trajeto por esta Vila, cumpria que Vs. Ss. sem perda de tempo providenciarem em mandar compor as ruas e caminhos públicos desta Villa, com especialidade o que vai ter ao Porto do Jacuí, bem como que fizessem publicar por edital para que sejam caiadas com a mesma brevidade as frentes de todas as propriedades o que tem a honra de assim fazer constar a V. S. a determinação da S. Exa. para que se sirvam dar-lhe a mais restrita e pontual execução; o que sendo posto a consideração da Câmara, resolveu se levantasse a sessão, devendo esta Corporação diriguir-se ao paço de Jacuí examinar o estado do Caminho indicado, e mais lugares que necessitem compostura para o livre transito. Voltando a corporação a casa e tomando assento resolverão declarar em resultado do exame a que procederão, que se acha a rua que vai ter ao porto do embarque um total ruína devendo de pronto ser composta assim como varias ruas; se que em primeiro lugar se mandasse continuar com a obra da requerida rua, pela quantia existente para a mesma,nomeando-se pessoa que dela se encarregasse e Administre; e passando-se a nomeação de pessoa foi eleito João Martinho Buff, que assistindo se lhe daria a gratificação de quatro mil reis por dia de trabalho, ficando a seu cargo agenciar pedreiros, serventes , e mais materiais, que forem necessários ; apresentando semanalmente a feria legalizada por documento ao Procurador da Câmara para satisfazer.

 Fonte: Transcrição do LACM  N º 07/ 321 1842/47 pg. 129 e 129 v. 06/10/1845

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

LEI Nº 105 - CRIA O ESCUDO COMO SÍMBOLO DE RIO PARDO

 

Lei nº 105, de 18 de Maio de 1954

 

Prefeito Municipal de Rio Pardo, Faustino Teixeira de Oliveira adota e define o símbolo do Município de Rio Pardo.

Em cumprimento do disposto no art. 49, item II da Lei Orgânica, que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte lei:

 

Art. 1º - Fica adotado
como símbolo deste Município:

Um escudo de três faixas – na 1ª em campo azul, um lado de Fortaleza, que relembra a Fortaleza de Jesus, Maria, José, erguida à margem esquerda do rio Jacuí, origem da cidade, na 2ª em campo vermelho, cor heráldica do Exército, um dragão estilizado, representando o Regimento dos Dragões de Rio Pardo, 1ª tropa de linha do Rio Grande do Sul,  e que ali aquartelou cerca de oitenta anos; na 3ª em campo de ouro, a sigla “Ave Maria” e um rosário, homenagem a Nossa Senhora do Rosário, Padroeira da Cidade.

Sobreposta, uma coroa mural de prata, de cinco torres, e, na parte inferior, em letras de ouro, sobre o listel de vermelho, o lema “Tranqueira Invicta”.

Art. 2º - Este símbolo será usado como timbre nos papéis, documentos oficiais e correspondências do Município.

Art. 3º - Esta lei, revogadas as disposições em contrário, entra em vigor na data de sua publicação.

 

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE RIO PARDO, 18 DE MAIO DE 1954.

                                          Faustino Teixeira de Oliveira       

 

segunda-feira, 31 de julho de 2023

GINÁSIO DE ESPORTES GUERINO BEGNIS

 

A partir de 1914, com a chegada do novo pároco, padre Broggi, o futebol passou a ter grande estímulo em Rio Pardo.  Acontece que o novo padre, “como meio de ensinar os jovens e as crianças em atividade sadias, trouxe para Rio Pardo uma bola de futebol, popularizando aqui esse esporte.” Após a missa, distribuía senhas para os meninos  e organizava partidas de futebol na Praça da Matriz.

Na década de 50 o esporte amador era bastante forte em Rio Pardo, destacando-se o voleibol e o basquetebol, intensamente disputados pelas equipes locais do Municipal, do Ícaro e dos Bancários. Já no final dos anos 70, o esporte amador resumia-se ao futebol de salão do Real Madri e às “peladas”, no Estádio Municipal Amaro Cassep.

Pois foi nesta época que surgiu um fato novo, que viria incentivar o esporte amador a construção de um Ginásio de Esportes na Vila Guerino. Batizado com o nome de Ginásio de Esportes Guerino Begnis, o popular “Gerinão”, foi inaugurado em 07 de outubro de 1978, em grande estilo. Apresentaram-se ginastas do Instituto Auxiliadora e os Canarinhos de Santa Cruz do Sul.

Após, realizou-se a partida de futebol entre o Real Madri e a Associação Esportiva de Uruguaianense, valendo pelo campeonato estadual de futebol de salão.  O Real Madri precisava vencer para garantir sua classificação. Renato Soder inaugurou a placa aos 4 minutos, marcando o primeiro gol no novo ginásio. No segundo tempo a partida estava empatada em 1 a 1. Foi então que a torcida passou a incentivar o time, e o Real Madri, reagiu: Jair de Souza marcou 3 gols, fechando o placar em 4 a 2. Neste dia a equipe do Real Madri esteve composta por Berger, Fichinha, Jair Costa, Renato Soder e Jair Souza.


FONTE:   Pesquisa de Silvia Barros, Ceres Kuhn, Gisele Lunardi-

 MEMÓRIA VIVA  GAZETA DO SUL 28/29/07/2001

segunda-feira, 24 de julho de 2023

DIA INTERNACIONAL DA MULHER NEGRA LATINO AMERICANA E CARIBENHA - 25/7/ 1992

 

    Dia Nacional de Tereza Benguela e o Dia Internacional  da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha foi em 1992, na República Dominicana em Santo Domingo. Dia 25 de julho  a Organização das Nações Unidas lutou para o reconhecimento do dia Internacional da Mulher Negra. Tereza Benguela  mulher que defendeu os Quilombos  de  Quariterê, em Mato Grosso, viveu no século XVIII. Sua liderança ao Quilombo resistiu à escravidão  por duas décadas até 1770 quando foi destruído pelo governador do MG.

   A HISTÓRIA DE UMA VIDA INTEIRA DEDICADA À CULINÁRIA

 JARDELINA BANDEIRA  

 Ela acredita ter nascida com este dom. Ao longo de sua vida em varias ocasiões surgiram oportunidades para adquirir outras profissões, mas no seu interior, ela sabia que seu grande dote era voltado para a gastronomia.  E realmente, os rio-pardenses sabem que das mãos de Jardelina surgem pratos salgado, doces, tortas e demais delícias de dar água na boca. Conheça a trajetória de Jardelina dos Santos Bandeira está rio-pardense que além da culinária, desenvolve outras atividades como ser a coordenadora local da Pastoral do Negro.

Jardelina dos Santos Bandeira nasceu no interior de Rio Pardo, na localidade do Ipê. Quando ela possuía treze anos, sua mãe veio a falecer. Ela então passou a trabalhar na residência  do casal Leopoldo Wunderlich e Maria do Carmo Ferreira Wunderlich, que era professora e lecionava na própria fazenda em pederneiras. Jardelina destaca neste período o fato de ter recebido uma importante ajuda em sua educação por parte de dona Maria do Carmo, que para ela foi uma segunda mãe.

Com o passar do tempo os filhos do casal ficaram crescidos e precisavam continuar os estudos na cidade. A família, juntamente com Jardelina, veio a residir no sobrado do “Cazuca”, pai de D. Maria, que localizava-se na esquina da rua Andrade Neves com a travessa Matheus Simões ( esquina do Banrisul). Ali, a futura cozinheira, terminou seus estudos e fez seu primeiro curso de docinhos, salgadinho e bolos artístico com a senhora Odila Wunderlich.  O segundo curso freqüentado foi na  Creche das Irmãs, onde aprendeu arte culinária  e arrumação de pratos. A partir daí, surgiram as encomendas que não pararam mais. Mais tarde, já casada, recebeu o convite do saudoso Dr. Romeu Panatieri para tomar conta, juntamente com o marido dela, da lanchonete inaugurada por ele na Rua Dr. João Pessoa.  Neste local havia também um restaurante onde uma amiga, a senhora Hortência, responsabilizava-se pelo funcionamento do mesmo. Jardelina recorda que nesta ocasião foi até Porto Alegre  para freqüentar um cursinho de preparação de lanches. Este estabelecimento chamava-se “A Casa do Parente” sendo que o prédio localizava-se exatamente onde hoje está instalada a Loja Modelle II. Ali, durante muitos anos, será servida comida típica gaúcha e portuguesa, que inclusive atraia pessoas de outras cidades. Tempos depois, o Dr. Romeu comunicou a desistência de manter a administração do estabelecimento comercial e apoiou o casal a dedicar-se totalmente ao ramo de lancheria e lanchonete.

Após nove anos, desistiram do restaurante, colocando um pequeno estabelecimento em sua residência. Mas pouco durou. Conhecedores dos seus dotes fizeram-lhe um convite para trabalhar na Cantina do Banco do Brasil, onde os funcionários faziam seus lanches. Jardelina permaneceu nesta função por oito anos.

 Hoje, Jardelina continua recebendo muitas encomendas para jantares, buffets, bolos, doces, salgados, comidas típicas, frutas cristalizadas, compotas de abóbora, figo e outros vários tipos de delícias da cozinha.

Jardelina nos revela o que foi para ela, durante todos estes anos, o segredo do sucesso: “ a cozinheira deve manter constantemente aprimoramento na culinária”. E isso Jardelina fez ao longo de toda sua vida, participando de um grande número de cursos neste setor de gastronomia.

Popular, simpática, à  partir de sua presença na “A Casa do Parente”, Jardelina tornou-seuma figura muito estimada na sociedade rio-pardense. Seu coração vibrante e bondoso, conquistou muitos amigos  e isso sempre lhe rendeu  reconhecimento e destaque. É o caso do Carnaval de 1997, quando a Escola de Samba Candangos homenageou-a como destaque de Culinária no município, juntamente com demais pessoas de outros setores, que fizeram parte do samba-enredo da Escola. Outro momento marcante foi quando foi indicada e aceitou o convite para apresentar os pratos típicos da cidade para o programa “jornal do almoço”, na ocasião em que o mesmo foi transmitido direto daqui de Rio Pardo desde a Praça da Matriz. Também recebeu um convite da UNISC para ministrar cursos na Casa Jesus Maria José.

É importante destacar, também, o trabalho que Jardelina do Santo Bandeira vem desenvolvendo em favor dos negros rio-pardenses. Ela atualmente é a coordenadora da Pastoral do Negro, movimento que tem inúmeras atividades entre seus objetivos está o de auxiliar na auto-estima da criança e do jovem negro. Esta entidade promove oficinas de dança, capoeira, cantos de origem africana.

Viúva e mãe de três filhos (Estone, Carmem e Claudio) esta batalhadora é um exemplo de dedicação pela profissão, que com humildade ela tão bem vem desempenhando. Jardelina sabe e deixa como ensinamento aos mais jovens uma convicção que ela possui com muita firmeza: para realizarmos nossas tarefas, devemos sempre nos aperfeiçoar, dando o máximo de nós mesmos e, principalmente, fazer tudo com muito amor.

   Fonte: JRP - 19/10/2001, http://www.palmares.gov.br/?p=54714.

 

 

 

 

quinta-feira, 13 de julho de 2023

A ILUMINAÇÃO EM RIO PARDO

 

Inicialmente a iluminação em Rio Pardo era feita somente nos dias de festas. Passavam-se editais pedindo aos moradores que iluminassem as frentes das suas casas, estipulando-se o prazo para isso. Os editais eram colocados em lugares públicos, nas portas das igrejas, onde as pessoas da época freqüentavam. Assim foi feito quando D. Pedro II visitou  Rio Pardo, quando a vila foi elevada a  Cidade, nas datas de aniversários de autoridades reais, e nas datas importantes como a Independência. Também se usava iluminar os locais de divertimentos, para que ficassem “conformes com a moral pública”.

Quando em 1817 o Governador e Capitão General da Capitania, Marquês de Alegrete, programou uma visita a Rio Pardo, imediatamente o conselho pediu a todos os moradores que iluminassem as frentes de suas casas por três dias.

Em 1846, por Lei Provincial, procede-se a arrematação de 72 lampiões para iluminar a cidade. Foram apresentadas várias propostas e afixados editais de praça. O arrematante deveria colocar as iluminarias em esteios de madeira de lei, em muros e paredes e teria um prazo de quatro meses a contar da arrematação, para colocar os lampiões. 

As iluminarias deveriam ser feitas de folhas de flanders, com bicos e reflexos de metal amarelo, contendo quatro faces com vidros. Todos deviam ser do mesmo tamanho e com cadeado.

 O arrematante era obrigado a manter os lampiões limpos e completamente acesos, desde o anoitecer até amanhecer do dia, nas noites em que não houvesse lua, e, nas em que houvesse, por todo o tempo que ela não iluminasse. Pelos seus serviços, receberia seis mil e oitenta réis por cada lampião. A manutenção também era sua responsabilidade, devendo ele providenciar os consertos
Lamparina Antiga na Ponte do Rio Pardo

necessários, ferros, vidros, capacetes e mais utensílios. Qualquer pessoa poderia reclamar junto à Câmara, quando encontrasse algum lampião apagado, podendo o arrematante ser multado por essa falha.
Os Vereadores preocuparam-se com o pagamento do serviço de iluminação pública. Por isso, mandaram ao vice-presidente da província  um ofício propondo um levantamento de pagamento desse serviço, considerado de utilidade pública.

  FONTE: Livros de Registos Gerais e Atas da Câmara no período de 1811 a 1846.  AHMRP  e coluna do jornal de Rio Pardo, História Particular Da Velha Cidade do RS- Dante de Laytano - Pró-Memória Rio Pardo

 

quarta-feira, 28 de junho de 2023

JOÃO CÂNDIDO E A REVOLTA DA CHIBATA

 Dia 24 de junho, se comemorou o aniversário de João Cândido Felisberto, negro gaúcho que se transformou no “Almirante Negro”. Nasceu na atual Encruzilhada do Sul, em 24 de junho de 1880 e faleceu no Rio de Janeiro em 1969.

Filho de ex-escravo, aos treze anos, com a ajuda do Almirante Alexandrino de Alencar, foi para a escola de marinheiros e como tal conheceu outros países, tomando conhecimento dos castigos físicos, a começar pela chibata, a que eram submetidos os marinheiros da época.
Inconformado com a situação, João Cândido liderou seus colegas brasileiros contra os castigos físicos impostos pela Marinha do Brasil. Na “Revolta da Chibata”, ocorrida no Rio de Janeiro, marinheiros realizaram um motim pelo fim do uso da chibata (25/11/1910).
A fim de terminar com o conflito, teria sido concedida anistia aos envolvidos e a promessa do fim de castigo corporal na Marinha. Mas o que ocorreu na prática é que muitos marinheiros foram rapidamente dispensados da Marinha e, ocorrendo uma segunda rebelião, os amotinados foram presos ou enviados para campos de trabalho, nas plantações de borracha, na região Norte do Brasil, lugar descrito por Rui Barbosa como um lugar onde alguém só morre.
João Cândido estava entre os 18 presos. Daquela noite na prisão, apenas ele e um companheiro sobreviveram à chacina.
Em 1912 foi absolvido das acusações, solto e afastado da Marinha. Discriminado e perseguido pela Marinha até o final da vida, recolheu-se no município de São João de Meriti, onde se aproximou da Igreja Metodista.
Morreu no Rio de Janeiro, em 6 de dezembro de 1969, aos 89 anos, vítima de câncer.
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sábado, 6 de maio de 2023

Vila de Rio Pardo

Uma das quatro primeiras Vilas da Província do Rio Grande de São Pedro do Sul , criada em 1809 por Decreto Real. Rio Pardo ocupava  três quarto da Província. Foi um dos principais centros comerciais que através do Porto do Jacuí distribuía  para as Missões e centro da Província as mercadorias vindas de Rio Grande e capital.



Rampa do Porto do Jacuí -1848




Rio Jacuí atual