domingo, 30 de agosto de 2020

VISITANTES A RIO PARDO: ALUNOS, PROFESSORES E PESQUISADORES

ALUNOS DE ESCOLAS MUNICIPAIS - PINHEIRO NA CIDADE 


Alunos em visitação ao AHMRP

O ARQUIVO HISTÓRICO RECEBE ALUNOS DE VÁRIAS ESCOLAS PARA REALIZAREM VISITAÇÕES E PESQUISAS SOBRE A NOSSA CIDADE. UMA DAS QUATRO PRINCIPAIS VILAS DO RIO GRANDE DO SUL. 

Documento em manuscrito


Um rio-pardense que pesquisa sobre suas origens, hoje do Rio de Janeiro

CRC - Evento


 

sábado, 15 de agosto de 2020

ESTAÇÃO FÉRREA DE RIO PARDO

 

         MONUMENTOS HISTÓRICOS


Passado - Depósito da Estação Férrea
Hoje - Depósito queimado e o prédio da Estação Férrea

Sobras do Depósito
Como era a nossa Estação Férrea

A DIVERSIDADE DA NATUREZA

Animais e seu alimento

Cinamomo com outras plantas
Um butiazeiro junto da figueira

Cupim
Mareca no lago

Chácara - Pederneiras
Fotos Neuza
 

domingo, 9 de agosto de 2020

RIO PARDO, A TRANQUEIRA INVICTA

Distante 140 quilômetros de Porto Alegre, a Cidade de Rio Pardo está localizada no alto de uma colina, em face da confluência dos Rios Jacuí e Pardo. Sua origem remonta a 1753, quando foi construído o Forte Jesus, Maria e José, guarnecido por 60 dragões da vila de Rio Grande (a maioria paulista) comandados pelo Tenente Francisco Pinto Bandeira. Em torno do quartel, surgido nas proximidades do forte, aglutinaram-se os casais açorianos, vindos do arquipélago por iniciativa do General Gomes Freire de Andrade – governador e capitão-general da Repartição do Sul. Nomeado pelo rei de Portugal para chefiar a comissão que, ao lado da representação espanhola, iria demarcar os limites fixados pelo Tratado de Madri (de 1750), Gomes Freire ali instalou o seu quartel-general e deu início à organização de forte expedição militar para tomar posse do território das Missões Orientais do Uruguai.

Daí resultará a chamada Guerra Guaranítica (1756), na qual grande parte da população indígena é dizimada no Combate de Caibaté. Estranhamente, o comissário espanhol, Marquês de Valdelirios, após a luta, mostra desinteresse em continuar a demarcação. Gomes Freire recolhe sua tropa a “quartéis de inverno”. Surgem problemas para o prosseguimento dos trabalhos. Gomes Freire suspende as negociações até sua volta do Rio de Janeiro. E não mais regressa.

Mais adiante (1761), o Tratado de Madri é anulado pelo Tratado d’El Pardo. O General Pedro Zeballos, em outubro de 1762, põe-se à frente de um exército de 1.700 homens e estabelece o cerco da Colônia do Sacramento, que termina caindo em suas mãos. Em seguida, com novos reforços recebidos, marcha sobre Castilhos e Chuí. Os fortes de Santa Tereza e São Miguel não oferecem maior resistência. E em abril de 1763, Zeballos se apodera da vila do Rio Grande e da região sul da Lagoa dos Patos. A ocupação de toda essa região pelos espanhóis vai durar 14 anos.

Mas, pelo interior do território rio-grandense, o quadro será diferente. Rio Pardo, então fronteira, transforma-se na cidadela invencível. Os comandados do Coronel José Marcelino, que assumiu o Governo em 1769, são acossados, em fins de 1773, por um novo exército, do General Vertiz y Salcedo, que tem o intuito de alargar as conquistas de seu antecessor. Penetrando pelo vale do Rio Negro, funda o Forte de Santa Tecla (para servir como seu ponto de apoio) e esbarra na resistência obstinada de um pugilo de bravos, no corte do Rio Jacuí. Desgastado pela ação implacável das guerrilhas de Rafael Pinto Bandeira e após ver repelida a sua intimação pelos defensores da praça, decide o general espanhol retirar-se para a sua base no Rio da Prata.

É a primeira grande vitória do soldado gaúcho nas lutas travadas contra seus adversários tradicionais no continente.

 

REFERÊNCIA: ALENCAR, Carlos Ramos de. Alexandrino, o Grande Marinheiro. Rio de Janeiro: Serviço de Documentação Geral da Marinha, 1989. p.30-1.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

O INTERIOR E SUAS DIFERENÇAS DA CIDADE

ÊXODO RURAL

CIDADE - RUA D JOÃO PESSOA
CARRETA NUMA ANTIGA CHÁCARA


NO INTERIOR OBSERVAMOS COISAS DIFERENTES DA CIDADE. A NATUREZA É LINDA, TUDO NOS FAZ BEM A VIDA É MAIS GOSTOSA, APESAR DE ALGUMAS DIFICULDADES.
HOJE OS MORADORES JÁ TEM UM POUCO MAIS DE CONFORTO. 
ESTAS PAISAGENS SÃO EM PEDERNEIRAS...





 
CASA JOÃO DE BARRO
SANGA

A CÂMARA DE VEREADORES E AS CHARQUEADAS


No passado, produzir carne salgada era uma atividade um pouco arriscada para a saúde pública. Não havia recursos técnicos para evitar o apodrecimento de tudo o que sobrava da matéria – prima necessária para fabricar o charque. Assim, sempre que a atividade era exercida na zona urbana, provocava reclamações de quem morava nos arredores.

Em 1847, por exemplo, houve reações contrárias à instalação de uma charqueada no Potreiro de Nossa Senhora do Rosário. Alega-se que “o estabelecimento de charqueada ali só traria peste aos habitantes”. Era normal que houvesse esse tipo de reclamação: os restos de animais usados para produção do charque cheiravam mal, atraia uma quantidade enorme de moscas, e a sujeira tomava conta dos “depósitos” de ossos e sobras não aproveitáveis. As pessoas chamadas a opinar diziam preferir uma olaria, para fabricação de telhas e tijolos, ou a instalação de um estabelecimento agrícola naquele local.

 No livro de registros gerais da Câmara, daquele ano, página 236, lê-se (...) se dignem de dar-me sua informação sobre a inconveniência da charqueada, que Rafael Pinto de Azambuja está formando no potreiro de Nossa Senhora, situado nas adjacências d’esta Cidade”.

 A preocupação da Câmara não se restringia às charqueadas, era mais antiga. Em 1834 já havia a preocupação com “a salubridade pública, abrimento de pontes e ruas e igualmente sobre as charqueadas, que se acham dentro dos limites da VILA”. Havia pretensões de um morador em instalar uma charqueada “ na boca da Rua de Santo Ângelo”.

Os vereadores preocupavam-se também com “os pântanos e podridões nos lugares da Vila’ e com a qualidade da água, chegando a nomear comissão que examinasse os lugares onde se poderiam construir fontes que fornecessem água potável para a população.

Observa-se, pela documentação da Câmara, que as atribuições dos vereadores eram muito maiores do que hoje, uma vez que eram eles as autoridades encarregadas de praticamente todos os assuntos relativos à organização da comunidade.  Em relação às charqueadas, era ela o órgão responsável pela concessão de licença para conduzir o gado para os locais de abate, bem como a encarregada de fiscalizar o cumprimento de normas relativas à produção, como aquela que determinava que “os fazendeiros não podiam matar vacas nas charqueadas ou açougues, conforme Régia determinação, podendo ser condenados a pagar multas” se o fizessem.

FONTE: Livros de Registros Gerais da Câmara dos anos 1819/1834/1847

FORTE JESUS MARIA JOSÉ

sábado, 1 de agosto de 2020

RIO PARDO ERA ASSIM...


NOSSAS ANTIGUIDADES: Ainda hoje muitas desta antiguidades existem é um reviver, relembrar PASSADO para viver o PRESENTE.


Casa de Almirante Alexandrino por volta de 1790.


Cais do Porto Jacuí
Carretas: meio de transportes da época.

Fábrica de Cal na beira do rio

FONTE: Fotos antigas 



DANTE DE LAYTANO


 

“Dante de Laytano foi um pesquisador, escritor, folclorista que muito pesquisou Rio Pardo deixando para nós rio-pardenses muitas informações com ricos detalhes”.

Hoje, se não tivéssemos estas escritas raras muitos de nós, não entenderíamos parte de nossa rica História.


Guia Histórico- Capa do Livro 1979

 

Era filho de José Laitano e Maria Arone, naturais de Morano Callabro, na Itália. Quando iniciou a sua carreira literária passaria a adotar a forma de Laytano como seu sobrenome. Fez os seus primeiros estudos no Colégio Júlio de Castilhos, recebendo a influência de professores positivistas.

Bacharel pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, foi nomeado juiz distrital e designado para a cidade de Torres, depois transferido para Sobradinho.

 Em Rio PardoCachoeira do SulSanta Cruz do Sul e Quarai desempenhou a função de promotor público. Mais tarde foi consultor jurídico da Secretaria da Agricultura em Porto Alegre e chefe de Gabinete da Secretaria de Educação e Cultura.

 Como diretor do Museu Júlio de Castilhos, em 1954 redefiniu os objetivos da instituição, que passou a museu histórico, priorizando o folclore e o estudo das tradições. Assim desvinculou-se do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, e desmembra as suas coleções de História Natural e Arte Moderna, dando origem ao Museu de Ciências Naturais e ao Museu de Arte do Rio Grande do Sul, criados no mesmo ano.

 Foi ainda professor catedrático de História na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), presidente da sua Comissão de História e Diretor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. Também lecionou História na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), no Seminário Maior de Viamão e na Universidade de Caxias do Sul. Na Faculdade Palestina mantinha um curso de Especialização em Folclore. Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, do Conselho Estadual de Educação e do Conselho Estadual de Cultura, presidente da Academia Rio-Grandense de Letras, da Academia Brasileira de História, da Academia de Letras de Brasília, da Comissão Nacional do Folclore e da Comissão da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO-Ibec) no Rio Grande do Sul, e governador do Lions Club. Foi o primeiro diretor-presidente do jornal Zero Hora e durante muitos anos colaborou como articulista. Grande incentivador do tradicionalismo gauchesco, organizou conferências e promoveu estudos sobre o tema. Foi um dos fundadores da Comissão Gaúcha de Folclore. Representou o Rio Grande do Sul em eventos científicos e acadêmicos no país e no exterior.

Principais publicações:

·         Uma Mulher e Outras Fatalidades. Casa Editora de Autores Modernos, 1931.

·         Sebastião Xavier do Amaral Sarmento Mena - Obras completas. Papelaria Velho, 1933.

·         História da República Rio-grandense (1835 – 1845). Globo, 1936

·         As Congadas no Município de Osório. Textos Musicais e Versos coligidos por Enio Freitas e Castro. Associação Rio-grandense de Música, 1945

·         Açorianos e Alemães. Globo, 1948

·         Fazenda de criação de gado. Imprensa Oficial, 1950

·         A Estância Gaúcha. Ministério da Agricultura, 1952.

·         Barão de Tramandaí. Prefeitura Municipal de Tramandaí, 1971.

·         Torres, resumo de sua história de terra e mar. Prefeitura Municipal de Torres, 1978.

·         GUIA HISTÓRICO DE RIO PARDO. PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO PARDO, 1979.

·         Manual de fontes bibliográficas para o estudo da história geral do Rio Grande do Sul. UFRGS, 1979

·         Origem da Propriedade Privada no Rio Grande do Sul. EST/Martins Livreiro, 1983.

·         Mar absoluto das memórias. EST/Martins Livreiro, 1986.

·         Folclore do Rio Grande do Sul, Martins Livreiro, 1984.

 

FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dante_de_Laytano, AHMRP.