Livro de Marcas - AHMRP
"Marcas a fogo de seus Gados"
Nos registros, em livro próprio da Câmara de Viamão, livro que vai de 1767 e 1798, encontramos diversos nomes de proprietários de fazendas.
Tais registros eram pedidos por estancieiros que dependiam não só de Viamão como de Rio Pardo, Mostardas, Freguesia Nova(Triumpho), Porto dos Casais, Botucaraí, Rio dos Sinos, Caí, S. Borja, Santa Cruz e Bonfim.
Assinala o General Borges Fortes, em interessante pesquisa, "os nomes inscritos no ano de 1767, como subsídio para a compreensão e estudo do desenvolvimento que tinha a exploração pastoril nos primeiros anos de nossa história e para o conhecimento dos nomes daquela época. Dependiam do Rio Pardo número bem apreciável.
Ampliaríamos demais esse pequeno ensaio se fizéssemos referências à obra de colonização, mas não seria inútil lembrar a importância de Laguna, como centro de irradiação e posição de Viação e Rio Grande, a função da Colônia do Sacramento, o papel dos soldados e tropeiros, na partilha da terra.
Duas forças sociais imensamente movediças, se assim poderíamos chamar a gente de tropas militares, como os soldados e oficiais e os homens simples e rudes que percorriam léguas para conduzir gado, os tropeiros, viriam se transformar, mais tarde, em agentes de fixação do domínio lusitano.
Esses indivíduos povoaram escassamente o território, mesmo eles eram poucos ou poucos estavam dispostos a tão árdua empresa.
O Açoriano forte, sem vaidades do mundo,possuído de vontade, uma resignação cristianíssima e um cabedal moral, aceitou a aventura de provar o Rio Grande e o fez de uma maneira que ninguém mais o pode arredar de sua posse.
O período de dominação espanhola ensinou muitas coisas a esses povoadores e quando os milicianos entregaram a vila do Rio Grande ou quando os portugueses eram terrivelmente hostilizados na Colônia do Sacramente, o caminho para a S. Paulo, as margens do Jacuí, a costa do mar foram redutores de importância e para ali,então, eles surgiram. E vieram levas de colonos de Portugal e diversas partes do Brasil.
Daí ao Rio Pardo nada demorou porque o posto da fronteira foi logo transformado num baluarte não só militar mas econômico.
Do Rio Pardo, então, a colonização se deslocou para as Missões, margem do rio Uruguai, todo o oeste e em marcha para o sul, localizando-se nos campos de Bagé, Alegrete, D. Pedrito, S. Gabriel, etc.
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