terça-feira, 25 de abril de 2017

RIO PARDO EM 1835 (2)

Cont.: Um belo dia, porém, inauguraram a estrada de Ferro e, cruel paradoxo, o trem de ferro que, dizem, tem por fim levar o progresso na ponta do limpa-trilhos, trouxe para Rio Pardo, o estacionamento e o marasmo.
  Centro de tanta importância, na época da revolução de 35, não podia permanecer impassível aos azares políticos: liberais e caramurus, prestigiosos, guerreavam-se sem tréguas  nos prélios que se feriam.
   Da parte dos liberais, destacavam-se a família dos Amarais, que deu à revolução homens da envergadura de Sebastião Xavier  e Francisco de Paula do Amaral Sarmento Menna, Simeão Gomes Barreto, Manoel Luiz Osório ( mais tarde o glorioso Marquez do Herval), e Candido Azambuja.
  Como líderes dos caramurus, sobressaíam José Joaquim de Andrade Neves (mais tarde o imortal Barão do Triunfo), Manoel Alves de Oliveira, José Ferreira de Azeredo, João da Silva Barbosa e Paulo Nunes da Silva Jardim.
  O programa do partido liberal era sustentar a revolução de 7 de abril, que depoz D. Pedro I, de manter a constituição jurada em 1824 (25 de março) e efetuar "as reformas necessárias nas instituições  com estudo, prudencia, reflexão e patriotismo", no dizer do historiador Pereira da Silva; enquanto que o partido caramuru era retrógrado, conservador e não escondia seus desejos de promover a volta de D. Pedro I ao Brasil.
  O primeiro fundou no Rio  a formidável sociedade "Defensora da Independência ", que teve quatro filiais no Rio Grande do Sul, em Rio Grande, Pelotas, Jaguarão e Rio Pardo.
  Dito isto, à guiza de polegomenos, veremos a seguir os sucessos trágicos de que foi senário a então Vila de Rio Pardo, na gloriosa Odisseia dos Farrapos.

Fontes: Texto DE PARANHOS ANTUNES, Jornal O Mensageiro,1929. AHMRP.

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