terça-feira, 30 de setembro de 2025
GRUPO DE BOLÃO GOROROBA (CLUBE)
Histórico:
A trajetória do Grupo de Bolão Gororoba começa em 1945, quando um grupo de amigos de Rio Pardo se reunia semanalmente para jantares descontraídos, batizados de “Gororoba”.
No ano seguinte, 1946, o Clube Literário e Recreativo instalou em sua sede um pranchão para a prática do bolão, incentivando a criação de equipes. Surgiram então os grupos “Tempestade”, “Centenário” e “Amigos da Onça”. A turma dos jantares decidiu entrar na disputa e, em 21 de outubro de 1946, durante um jantar, fundou oficialmente o Grupo de Bolão Gororoba.
A primeira diretoria foi formada por Iedo Ribas (presidente), Antonio Falkembach (secretário) e Nelson Machado (tesoureiro). Ainda naquele ano, por iniciativa de Guerino Begnis, foi criada a Taça Semana da Pátria, a ser disputada anualmente, com posse definitiva para quem conquistasse duas vitórias consecutivas. O Gororoba venceu a primeira edição, em setembro de 1947. Entre 1948 e 1952, as vitórias se alternaram com o rival Tempestade, até que, em 1953 e 1954, o Gororoba venceu duas vezes seguidas e ficou com o troféu em definitivo.
A Sede e a Transformação em Clube
Em 1950, durante uma conversa no café de Aladim Xavier, surgiu a ideia de construir uma sede própria. O projeto foi abraçado por Guerino Begnis, Wilson Melechi, Ernani Delmar Kelsch, Manoel Estrada Blanco, Guilherme Schilling Sobrinho e outros.
No dia 17 de dezembro de 1950, a sede foi inaugurada na chácara de Guerino Begnis, com a presença de autoridades civis, eclesiásticas e esportivas. A fita inaugural foi cortada por Manuel Alfeu de Borba e a bênção dada pelo Pe. Thomaz Broggi. O orador oficial, Dr. Mário de Andrade Neves Meirelles, emocionou os presentes com um discurso improvisado.
O evento contou com a participação como padrinhos do Grupo de Bolão Tempestade e do Glória Tênis Clube de Porto Alegre. Após um churrasco, Gororoba e Tempestade se enfrentaram, com vitória do Gororoba por 18 paus.
Em 1951, a sede foi oficialmente inaugurada e, no mesmo ano, o grupo transformou-se em Clube de Bolão Gororoba, com estatutos registrados em 1952. Os presidentes de honra passaram a ser Dr. Apolinário Francisco de Borba e Dr. Mário de Andrade Neves Meirelles.
Em setembro de 1947, foi disputada oficialmente a primeira partida pela Taça “Semana da Pátria”, cabendo ao grupo de bolão Gororoba a vitória inaugural. A partir daí, iniciou-se uma série de confrontos marcantes entre o Gororoba e o Tempestade.
Entre os anos de 1948 e 1952, as vitórias foram intercaladas entre as duas equipes, mantendo acesa a rivalidade e o prestígio da competição. Finalmente, em 1953 e 1954, o Gororoba conquistou duas vitórias consecutivas, garantindo a posse definitiva do troféu.
A equipe campeã contou com nomes que marcaram época: Luiz Ritter, Edmundo Schild, José E. Moraes, Mario Py Pacheco, Lauro R. Fischer, Ernani Delmar Kelsch, Erimelo Klein, Wilson Melechi, Arno Shumacker, Iedo Ribas, Waldemar D’Avila, Nelson Peixoto, Ernani V. Correa, Antonio Falkembach, Romildo Scheider, Armindo Klein, Edvino Velten, Pedro Siqueira e Manoel Estrada Blanco.
Ao longo dos anos, os capitães da equipe foram João Kops, Edmundo Schild, Mario Py Pacheco e, em 1954, José E. Moraes, que liderou o grupo na conquista definitiva da taça.
Até o ano de 1954, o Gororoba havia disputado 42 partidas contra o Tempestade, vencendo 25 e perdendo 17. Contra equipes de outras localidades, foram realizados 34 jogos, com 23 vitórias e 11 derrotas — números que refletem a força e a tradição do clube.
Homenagens de 1954
Em 1954, o Clube representava Rio Pardo no campeonato estadual, após vencer o Clube Literário nas eliminatórias. Antes do fim do mandato, a diretoria prestou homenagem póstuma aos fundadores Avati Rezende e José de Quadros Ferreira, colocando na sede um quadro com suas fotos. O Dr. Mário Meirelles discursou na ocasião.
Foram entregues diplomas de benemérito a Guerino Begnis, Guilherme Schiling Sobrinho, Manoel Estrada Blanco, Wilson Melechi e Ernani Delmar Kelsch. O convidado de honra foi o Grupo de Bolão Tempestade, que disputou a Taça “Avati Rezende e José de Quadros Ferreira”, ofertada pelo Dr. Mário Meirelles.
Fontes:
Jornal de Rio Pardo - 29/12/1950
Jornal de Rio Pardo - 19/09/1954
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