segunda-feira, 20 de outubro de 2025
PARABÉNS PELO DIA DOS ARQUIVISTAS !
O que faz um Arquivista?
O arquivista é o profissional responsável pela organização, gestão e preservação de documentos em arquivos. O seu trabalho é fundamental para garantir a eficácia das atividades de uma organização, seja ela pública ou privada.
· Organização de acervos documentais: o arquivista é responsável por definir critérios de classificação e organização de documentos, com o objetivo de torná-los acessíveis e fáceis de serem encontrados;
· Gestão de acervos: o arquivista é responsável por criar políticas de gestão de documentos, que incluem desde a definição de prazos de guarda até a disposição adequada de documentos confidenciais;
· Preservação de documentos: o arquivista é responsável por garantir que os documentos sejam armazenados e preservados adequadamente, de forma a evitar danos causados pelo tempo ou por fatores externos;
· Digitalização de documentos: o arquivista pode ser responsável por coordenar a digitalização de documentos em arquivos, o que permite maior acesso e facilidade de pesquisa.
Fonte: https://querobolsa.com.br/carreiras-e-profissoes/arquivista
terça-feira, 30 de setembro de 2025
GRUPO DE BOLÃO GOROROBA (CLUBE)
Histórico:
A trajetória do Grupo de Bolão Gororoba começa em 1945, quando um grupo de amigos de Rio Pardo se reunia semanalmente para jantares descontraídos, batizados de “Gororoba”.
No ano seguinte, 1946, o Clube Literário e Recreativo instalou em sua sede um pranchão para a prática do bolão, incentivando a criação de equipes. Surgiram então os grupos “Tempestade”, “Centenário” e “Amigos da Onça”. A turma dos jantares decidiu entrar na disputa e, em 21 de outubro de 1946, durante um jantar, fundou oficialmente o Grupo de Bolão Gororoba.
A primeira diretoria foi formada por Iedo Ribas (presidente), Antonio Falkembach (secretário) e Nelson Machado (tesoureiro). Ainda naquele ano, por iniciativa de Guerino Begnis, foi criada a Taça Semana da Pátria, a ser disputada anualmente, com posse definitiva para quem conquistasse duas vitórias consecutivas. O Gororoba venceu a primeira edição, em setembro de 1947. Entre 1948 e 1952, as vitórias se alternaram com o rival Tempestade, até que, em 1953 e 1954, o Gororoba venceu duas vezes seguidas e ficou com o troféu em definitivo.
A Sede e a Transformação em Clube
Em 1950, durante uma conversa no café de Aladim Xavier, surgiu a ideia de construir uma sede própria. O projeto foi abraçado por Guerino Begnis, Wilson Melechi, Ernani Delmar Kelsch, Manoel Estrada Blanco, Guilherme Schilling Sobrinho e outros.
No dia 17 de dezembro de 1950, a sede foi inaugurada na chácara de Guerino Begnis, com a presença de autoridades civis, eclesiásticas e esportivas. A fita inaugural foi cortada por Manuel Alfeu de Borba e a bênção dada pelo Pe. Thomaz Broggi. O orador oficial, Dr. Mário de Andrade Neves Meirelles, emocionou os presentes com um discurso improvisado.
O evento contou com a participação como padrinhos do Grupo de Bolão Tempestade e do Glória Tênis Clube de Porto Alegre. Após um churrasco, Gororoba e Tempestade se enfrentaram, com vitória do Gororoba por 18 paus.
Em 1951, a sede foi oficialmente inaugurada e, no mesmo ano, o grupo transformou-se em Clube de Bolão Gororoba, com estatutos registrados em 1952. Os presidentes de honra passaram a ser Dr. Apolinário Francisco de Borba e Dr. Mário de Andrade Neves Meirelles.
Em setembro de 1947, foi disputada oficialmente a primeira partida pela Taça “Semana da Pátria”, cabendo ao grupo de bolão Gororoba a vitória inaugural. A partir daí, iniciou-se uma série de confrontos marcantes entre o Gororoba e o Tempestade.
Entre os anos de 1948 e 1952, as vitórias foram intercaladas entre as duas equipes, mantendo acesa a rivalidade e o prestígio da competição. Finalmente, em 1953 e 1954, o Gororoba conquistou duas vitórias consecutivas, garantindo a posse definitiva do troféu.
A equipe campeã contou com nomes que marcaram época: Luiz Ritter, Edmundo Schild, José E. Moraes, Mario Py Pacheco, Lauro R. Fischer, Ernani Delmar Kelsch, Erimelo Klein, Wilson Melechi, Arno Shumacker, Iedo Ribas, Waldemar D’Avila, Nelson Peixoto, Ernani V. Correa, Antonio Falkembach, Romildo Scheider, Armindo Klein, Edvino Velten, Pedro Siqueira e Manoel Estrada Blanco.
Ao longo dos anos, os capitães da equipe foram João Kops, Edmundo Schild, Mario Py Pacheco e, em 1954, José E. Moraes, que liderou o grupo na conquista definitiva da taça.
Até o ano de 1954, o Gororoba havia disputado 42 partidas contra o Tempestade, vencendo 25 e perdendo 17. Contra equipes de outras localidades, foram realizados 34 jogos, com 23 vitórias e 11 derrotas — números que refletem a força e a tradição do clube.
Homenagens de 1954
Em 1954, o Clube representava Rio Pardo no campeonato estadual, após vencer o Clube Literário nas eliminatórias. Antes do fim do mandato, a diretoria prestou homenagem póstuma aos fundadores Avati Rezende e José de Quadros Ferreira, colocando na sede um quadro com suas fotos. O Dr. Mário Meirelles discursou na ocasião.
Foram entregues diplomas de benemérito a Guerino Begnis, Guilherme Schiling Sobrinho, Manoel Estrada Blanco, Wilson Melechi e Ernani Delmar Kelsch. O convidado de honra foi o Grupo de Bolão Tempestade, que disputou a Taça “Avati Rezende e José de Quadros Ferreira”, ofertada pelo Dr. Mário Meirelles.
Fontes:
Jornal de Rio Pardo - 29/12/1950
Jornal de Rio Pardo - 19/09/1954
PREFEITURA ATUAL -CINE HOTEL
Data: Década de 1960
Local: Rua Andrade Neves, nº 324.
Proprietários:
Antes de 1954: O terreno e o antigo casarão pertenciam a Salvador Reina.
1954 a 1960: O imóvel foi adquirido pelo Cine-Hotel Consórcio Rio Pardo S.A., presidido por Estevão Araújo Motta. O consórcio iniciou as obras do Cine Hotel, mas o projeto foi abandonado por falta de recursos.
Década de 1960 (aproximadamente 1967–1968): A Prefeitura Municipal de Rio Pardo passou a ser responsável pelo prédio, após aprovação da Câmara Municipal para instalar ali a nova sede do Executivo e o Paradouro Turístico.
Desde 1968 até hoje: O prédio permanece sob domínio da Prefeitura Municipal de Rio Pardo, sendo utilizado para fins administrativos.
Histórico
O edifício que hoje abriga a Prefeitura Municipal de Rio Pardo, localizado na Rua Andrade Neves, nº 324, carrega uma trajetória marcada por grandes projetos, mudanças de destino e importância histórica para a cidade.
A história começa em 1954, quando técnicos do Consórcio Brasileiro de Investimento S.A. visitaram Rio Pardo para estudar a construção de um ambicioso empreendimento: o Cine Hotel. Orçado entre 8 e 10 milhões de cruzeiros, o projeto foi elaborado pelos engenheiros Leoni Sgrilo, Marino Azambuja, Lauro Penteado e Adolfo Kaiser, sob a presidência de Estevão Araújo Motta no recém-criado Cine-Hotel Consórcio Rio Pardo S.A.
A planta previa um hotel moderno, com todos os requisitos de conforto da época, anexo a um restaurante, casa de chá e boate. O objetivo era fomentar o turismo, oferecendo hospedagem de alto padrão e colocando Rio Pardo em destaque no cenário estadual. Em 10 de setembro de 1954, foi formalizada a compra do terreno e de um antigo casarão pertencente a Salvador Reina, com previsão de início das obras para março de 1955. O entusiasmo era grande, e o Jornal de Rio Pardo registrou à época a união dos rio-pardenses “para batalhar pelo progresso de sua terra natal”.
As obras avançaram, mas, a partir de 1957, começaram as dificuldades financeiras. Mesmo com um empréstimo para evitar a paralisação, o capital subscrito não atingiu o valor necessário. A falta de recursos impediu a conclusão até mesmo da parte térrea do edifício. Em setembro daquele ano, uma das salas térreas foi alugada à Companhia Rio-grandense de Adubos (CRA), mas o desinteresse dos investidores aumentou, e o projeto do Cine Hotel acabou abandonado.
Uma década depois, o destino do prédio mudou. Em sessão extraordinária da Câmara Municipal, foi aprovado por unanimidade o parecer que indicava o local do antigo Cine Hotel para abrigar a nova sede da Prefeitura, integrada a um Paradouro Turístico. O projeto, considerado o ponto alto da administração do prefeito Azuil Cintra, previa a instalação do Poder Executivo e, posteriormente, do Legislativo, além de Museu, Biblioteca Pública, Arquivo Histórico, apartamentos para turistas, restaurante, bar, estacionamento e jardins.
Em 1968, a nova Prefeitura Municipal iniciou oficialmente suas atividades no local. Na lateral do prédio, com acesso pela Rua Almirante Alexandrino, passou a funcionar o Centro Cultural Turístico, reunindo espaços de preservação histórica e cultural, ao mesmo tempo em que oferecia infraestrutura para receber visitantes. A obra não apenas embelezou a cidade, mas também solucionou uma antiga demanda: oferecer hospedagem e serviços compatíveis com o potencial turístico e histórico de Rio Pardo.
Assim, o prédio da Rua Andrade Neves, nº 324, transformou-se de um sonho inacabado de hotel de luxo em um marco da vida administrativa e cultural do município, mantendo viva a memória de um projeto ousado e reafirmando a vocação histórica e turística de Rio Pardo.
Fontes:
Coleção de Jornais do Arquivo Histórico Municipal - Jornal de Rio Pardo 1954-1955.
Coleção de Jornais do Arquivo Histórico Municipal - Jornal de Rio Pardo e Jornal a Folha - 1956-1958.
Jornal “A Folha” de 22 de janeiro de 1967.
segunda-feira, 11 de agosto de 2025
PRIMEIRA USINA EM RIO PARDO
Primeira Usina de Rio Pardo
A primeira Usina localizava-se no Alto da Fortaleza a rua Franco Ferreira.Foi instalada em 1911, pelo Sr. Frederico Ernesto Wunderlich.
Conforme pesquisa os 4 motores já, existentes foram levados da 1ª Usina para a Nova Usina Elétrica Municipal, que foi inaugurada no dia 07 de agosto de 1955, na Boa Vista.Com a Nova Sede foi comprado um motor mais potente com 375 HP, pelo Sr. Prefeito Faustino Teixeira de Oliveira, solucionando o longo racionamento de energia elétrica em Rio Pardo.
Fonte: Jornal de Rio Pardo de 26/06/1955
RIO PARDO CAPITAL DO CONTINENTE DO RIO GRANDE
Nenhum documento encontramos,numa continua pesquisa de seis anos, que nos fornecesse, oficialmente, a prova de que Rio Pardo tivesse sido algum dia capital do Rio Grande, como muitos dizem.
Apenas, e isso sim, sabemos ter ele, por vezes, centralizado a administração do continente de São Pedro, quase que exclusivamente militar, no século XVIII. É que o Rio Grande dependeu por muito tempo de Santa Catarina e só foi elevado á Capitania na a na alvorada do século XIX.
Logo após a fundação do forte Jesus Maria José, é verdade, fez Gomes Freire de Andrade, de Rio Pardo o centro de irradiação de suas ordens, e ali esteve muitos meses,até seguir para a fronteira no desempenho da comissão de limites para que fora nomeado.
Também é fato que, desde 1760, assumira o governo militar do continente gaúcho o coronel Inácio Eloi de Madureira, tendo por sede o Presídio do Rio Grande. Mas, pelo seu desastre militar, entregando aquele presídio aos espanhóes, foi substituído no governo pelo Tenente – coronel Luiz Marques da Silva Pais, em 10 de junho de 1763,que só veio a assumi-lo mais tarde, (1764) sendo transferida a respectiva sede para Viamão. Para substituir o primeiro, interinamente, enquanto não chegasse o novo governador, ao que parece, foi nomeado o Tenente- coronel Francisco Barreto Pereira Pinto, para ficar à testa do leme do “Governo de todo o Continente do Rio Grande”, a 8 de junho de 1763, o qual, na ocasião, comandava o forte de Rio Pardo, de onde se dirigiu, por algum tempo, os destinos de nossa terra, até passá-lo ao seu sucessor. Mais tarde ainda,na ocasião dos planos de Vertiz para a conquista do Rio Grande, em 1773, o que é certo é que o então Governador do Rio Grande do Sul José Marcelino, encontava-se em Rio Pardo, à frente dos soldados portugueses e gaúchos, quando ali chegou o general espanhol, permanecendo José Marcelino ali, depois da retirada de Vertiz.
Ora, o que se deduz de tudo isto, é que Rio Pardo por vezes foi uma espécie de capital do Rio Grande, tendo possuído três governadores, que ali fixaram o seu centro de ação por alguns anos: Gomes Freire de Andrade,Francisco Barreto Pereira Pinto e José Marcelino de Figueiredo.
De que Rio Pardo centralizou por vezes o governo do Rio Grande, prova-o ainda o celebre conselho de guerra a que respondeu o Coronel Tomaz Luiz Osório, ascendente do General Osório, o qual, na Angustúra de Castilhos,fora obrigado a capitular perante o exército Espanhol comandado por D Pedro Cevalos. O processo a que respondeu ele inciou-se em Rio Pardo em 14 de fevereiro de 1764, indo terminar no Rio de Janeiro, mais tarde.Serviu de escrivão do mesmo Estevam da Silva Monteiro, tendo sido chamados a Rio Pardo, para deporem, como testemunhas, o Dr. Manoel da Costa Moraes, Barbarrica, Provedor da Fazenda Real do Continente, e o Tenente-Coronel Francisco Barreto Pereira Pinto, sendo ouvido também o acusado.
E aí está como Rio Pardo, embora não oficialmente, foi a Capital do Continente do Rio Grande.
Fonte:Livro História de Rio Pardo, pg16 a 19, 1946 De Paranhos Antunes
terça-feira, 5 de agosto de 2025
DIA NACIONAL DO PATRIMONIO HISTÓRICO - 17 DE AGOSTO
Patrimônio Histórico representa a história e o desenvolvimento de um povo, de uma comunidade, sua cultura e arquitetura mantendo viva a sua tradição cultural.
A ideia de preservar o Patrimônio Histórico foi criada em 1937, pela lei nº 378 no governo de Getúlio Vargas, com objetivo de proteger prédios, monumentos, igrejas, ruínas, praças, artes seus bens culturais.
Patrimônio é tudo aquilo que pertence a uma região. É a herança do passado e o que o povo cria hoje. É obrigação de todas as pessoas, preservar, transmitir e deixar todo esse legado às gerações vindouras.
Do patrimônio cultural fazem parte bens imóveis.
O patrimônio histórico representa os bens materiais ou naturais que possuem importância na história de determinada sociedade ou comunidade. Pode ser prédios, ruínas, estátuas, esculturas, templos, igrejas, praças, ou até mesmo parte de uma cidade, por exemplo, o centro histórico.
segunda-feira, 28 de julho de 2025
QUILOMBO ARROIO DAS PEDRAS
O açoriano Jorge de Souza foi um dos primeiros povoadores do Arroio das Pedras. Seu filho, Antonio de Souza Nunes, herdou a propriedade e foi um fazendeiro laborioso, que orientava seus escravos para a religião. A filha de Antonio, Jacinta Ana Maria Jesus de Souza, herdou as terras e seguiu o exemplo paterno estimulando a prática cristã entre seus escravos. Mas foi além, pois também concedeu alforria a todos eles e deixou-lhes parte de suas terras sem seu testamento, para que tivessem condições de sobreviver.
Para estimular a religiosidade, Jacinta mandara fixar uma grande cruz de madeira nas terras doadas a seus ex-escravos, onde eram rezadas missas. Após a sua morte, seus ex-escravos construíram ali uma pequena capela que denominaram Capela Nossa Senhora Imaculada Conceição da Bela Cruz e o lugar passou a ser conhecido como Rincão dos Negros.
Porém os habitantes do Rincão dos Negros tiveram ainda de lutar por suas terras, enfrentando vários conflitos com proprietários brancos que se instalaram na região.
Em 2004, o Rincão dos Pretos foi reconhecido oficialmente como quilombo pela Fundação Cultural Palmares, confirmando a doação das terras doadas por Jacinta Ana Maria de Jesus de Souza aos seus 87 escravos no século XIX.
FONTES:
KRAMER, Érica (diretora geral). DVD Cultura Rural: Cultura nos Quilombos. Produzido por Arte Digital Vídeo. Porto Alegre: 2006. Disponível em
https://www.riopardo.rs.gov.br/portal/noticias/0/3/1164/quilombo-bela-cruz
OLIVEIRA, Evaristo Alves de - Jornal de Rio Pardo, 20/5/1954 – Edição especial comemorativa do 66º Aniversário da Abolição da Escravatura
https://www.riopardo.rs.gov.br/portal/noticias/0/3/1256/Quilombo-Rincao-dos-Negros-e-Homenageado-Pela-Secretaria-Municipal-de-Educacao-de-Rio-Pardo.
Pesquisa realizada pela profª. Silvia Wigner de Barros.
TELEGRAMA - MOVIMENTO NA CAPITAL DA REPÚBLICA
Movimento Subversivo de Caráter Integralista.
O Governo do Estado recebeu do Palácio do Cadete às duas horas da madrugada de hoje por intermédio do Diretor Regional dos telégrafos a comunicação que irrompera na capital da Republica um movimento subversivo de caráter Integralista. Do fato tiveram imediato conhecimento as autoridades civis e militares sendo tomadas todas as medidas reclamadas pela situação. No edifício dos correios e telégrafos estiveram reunidas até as seis horas da manhã o Sr. Interventor Interino, o Sr. Ministro das Relações exteriores , senhores secretários de Estado o Sr. Comandante da Brigada Militar o Sr. Chefe de Policia e o Sr. Diretor Regional dos Correios e Telégrafos onde em ligação direta com o Sr. General comandante da Região mantiveram constante comunicação com o Palácio do Cadete e chefia de Policia do Distrito Federal local em que se achava desde os primeiros momentos o Sr. Coronel Cordeiro de Farias Interventor Federal neste Estado .
A ordem foi completamente restabelecida ao amanhecer, restando inalterado no resto do país. Cumpre realçar a atitude de S. Exa. o Sr. Presidente da Republica, que mais uma vez deu aos brasileiros exemplo de bravura e inconfundível valor pessoal . Transmito vos os seguintes despachos telegráficos que relatam em seus detalhes o que foi a brutal e indigna aventura desses transviados do dever cívico e da honra pessoal bi pontos aspas Rio 11/ 5/ 38 Urgentíssimo Dr. Maurício Cardoso Porto Alegre pt. Há uma hora de verificou-se ataque Palácio Guanabara, arsenal de Marinha e algumas outros pontos por grupos Integralistas armados metralhadoras, Força Guarda Palacio desapareceu ficando Presidente Getúlio apenas com a família, Cel. Benjamim Vargas, Walter Sarmento e Tenente Serafim Vargas. Pelo Telefone Presidente poude comunicar autoridades achar se Palacio cercado e recebendo forte fuzilaria. Armados de revolveres mantiveram se defensivos até que coronel cordeiro de Farias nosso digno Interventor, avisado do ocorrido, organizou na policia especial, contingente vinte praças e marchou para Palacio onde penetrou sem que necessário fosse dar um tiro prendendo cerca quarenta rebeldes. General Dutra procurou comparecer, mas recebeu ferimento leve produzido por granada de mão. Casa General Goes Monteiro foi cercada. Oficial Chefe Gabinete Ministro Guerra foi preso de surpresa em sua residência e levado em automóvel conseguindo livrar se seus detentores. Forças do exército e Marinha estiveram ao lado governo sufocando o ataque. Presidente Getúlio está cercado grande numero amigos que lhe levaram parabéns pela resistência calma, pois S. Ex. esteve nas escadarias do Palácio com os demais companheiros armado de revolver para resistir a investida contra as portas do Palácio. Procurei Cel. Cordeiro e estive com Presidente Getúlio o qual narrou-me a atuação brilhante e eficiente Interventor Rio Grandense cuja calma, coragem e decisão foram elogiadas por S. Exa. Tudo está normalizado e em perfeito calma voltando a tranqüilidade pública e o trafego de bondes e ônibus já se faz normalmente. Os acontecimentos citados deram se com tal rapidez que a população somente ao despertar esta manhã deles teve conhecimento ( assinado) Otacilio Pereira , Diretor Geral Viação Férrea pt.
Outra circular Interventor Rio Grande do Sul P.Alegre Comunicado da Secretaria da presidente Republica Cipontos elementos Integralistas tentaram esta madrugada um golpe de força assaltando o Palácio Guanabara e o arsenal da Marinha. Ao mesmo tempo grupos isolados percorriam cidade lançando granadas com intuito provocar pânico população . Outros em numero mais ou menos cincoenta homens ocupavam de surpresa armados metralhadoras e granadas corpo guarda aquele Palácio . Tentaram logo depois localizados pelo parque penetrar recinto Palácio não conseguindo diante resistência oferecida. Interior residência presidencial estavam apenas Presidente Getúlio Vargas e pessoas família além poucos homens segurança pessoal. Palácio foi desde logo isolado pelos assaltantes. Defesa improvisada com escassos elementos tinha frente próprio Presidente que empunhava resolver. Imediatamente forças tomaram posição prendendo assaltantes quais resitiram havendo mortes. Arsenal Marinha foi logo depois retomado corpo fuzileiros navais efetuando se muitas prisões. Nova Intentona Integralista assumindo caráter atentado pessoal causou profunda indignação e por isso grande foi a massa de pessoas que ocorreu Palácio Guanabara restão presos vários elementos destacados Integralissimo. Notícias todo pais completa calma. (Assinado) Luiz Vergara secretário Presidência. Foram daqui transmitidos seguintes telegramas bi pontos Dr. Getúlio Vargas Presidente República Rio. Enviamos vossencia? Irrestrita, solidariedade ante violência atentado elementos Integralistas cuja ação nefasta visa destruição ordem legal. Rio Grande inteiro apóia e aplaude vossencia neste momento decisivo . Congratulamo-nos vossencia ter saído ileso criminoso atentado pt. Sauds. Caros. (assinado) J. Maurício Cardoso, Walter Jobim J. P. Coelho de Souza, Oscar Fontoura, Eduardo Marques Borges da Fonseca. Outros Cel. Cordeiro Farias Rio. Congratulamo-nos vossencia vitoria Governo pt. Rio Grande unisons repele conspiração Integralista estando vigilante manutenção ordem legal pt. Enviamos Presidente Congratulações irrestrito apoio extensivo vossencia pt. Sauds. Mauricio Cardoso Walter Jobim J.P. Coelho de Souza Oscar Fontoura Eduardo Marques Borges da Fonseca. Atts.
Fonte:CG 230,pg.291a 403,1938.AHMRP
terça-feira, 8 de julho de 2025
RESTAURANTE SEU DOMINGOS UM NOVO EMPRENDIMENTO
Casa onde foi o antigo Sobrado dos Panatieri.Local onde D Pedro II, se hospedou em 1865, quando pela 2ª vez veio a Rio Pardo.
UM NOVO EMPRENDIMENTO
Rio Pardo conta com mais um novo emprendimento. Um restaurante, em um ponto Central da cidade. Local onde foi arrumado, consertado com uma estrutura nova, mas conservando seu traços iniciais, pois é um prédio arrolado e histórico.
ENCHENTE DE EM RIO PARDO EM 2025
Em 2025, no mes de junho, mais uma vez fomos acometidos por temporais que prejudicaram moradores de áreas ribeirinhas. Em Rio Pardo, muitas pessoas sofreram por terem suas casas alagadas novamente. Choveu poucos dias mas como nossos rios estão assoriados e encheram em 3 dias e transbordaram.
terça-feira, 1 de julho de 2025
PRIMEIRA ATA DA CÂMARA MUNICIPAL DE RIO PARDO
Termo de Vereança
Aos vinte Hum dias do mes de Mayo de mil outo centos , e onze annos nesta nova Villa do Rio Pardo em as casas da Camara da mesma onde se achava o Doutor Ouvidor Geral da Comarca Antonio Monteiro da Rocha com os Juizes, emais oficiaes da Camara para se prover sobre o bem publico.
Acordarão que se fizesse a proposta a Junta da Real Fazenda de tres pessoas para Tesoureiros da Casas. Elegerão para Escrivão do Sello ao Tabellião Antonio Simõis Pereira e para Tesoureiro a Manoel Jose Ferreira de Faria e se procedeu na Eleição, e para dos Almotaces para servirem no presente anno. E por nada mais haver que Prover mandou fazer este termo em que assignou presidente, juizes, e mais Oficaes da Camara Guilherme Ferreira de Abreu Escrivão da Ouvidoria da Comarca o escrevi.
Rocha, Leal, Guimarães, Abreu, Souza, Rebello, Cunha
Fonte: LACM nº 01 1811/18 Arquivo Histórico Rio Pardo 19/05/2025.
CARTAS ANONIMAS Ana Aurora
Cartas Anônimas
Causará estranheza o titulo deste e mais de um leitor perguntará
admirado como ouso eu tratar de um assunto tão delicado, tão escabroso!
É que a sociedade esconde sob o manto de suas convenções muita chaga
cancerosa que é preciso cauterizar, e para isso necessário é pólas a
descoberto, que não deve recear fazer quem tem por alvo o bem da
mesma sociedade.
Quem poderá bem calcular o mal que uma carta anônima pode produzir?
Quantas uniões dissolvidas, quantas reputações manchadas, quantas
famílias desunidas, quantas vinganças injustas, não tem causado uma
carta destas?
Pois o que é uma carta anônima?
É o germem da dúvida e da desconfiança que se vai inocular no coração
até então crente e confiante; é a semente da discórdia que vai desunir os
membros da mais unida e pacífica família; é a ideia da vingança que
levanta o braço armado do ferro homicida; e tudo isso, porem é mais
ainda: é o escoadouro por onde as almas baixas e vis deixam extravasar os
seus sentimentos indignos: é uma coisa tão imunda que só pode achar
outra que lhe ganhe: - o ente sem dignidade que a forjou.
Se a serenidade de espírito daquele que recebe uma carta anônima não
fosse logo perturbada pela surpresa; se a indignação lhe permitisse
raciocinar com calma, nada devia merecer-lhe mais desprezo, pois a lógica
demonstrar-lhe-ia que tal coisa só poderia provir da mais indigna das
criaturas.
Na verdade, enquanto restar no homem um átomo do que se chama de
sentimento de dignidade, ele não lançara mão de tão ignóbil meio para
consecução de um fim seja ele qual for. Se é um amigo que deseja avisar,
a amizade ensinar-lhe-á o caminho reto da fraqueza e da lealdade; se é
um inimigo a quem deseja ferir; a honra exigirá que o ataque a peito
descoberto.
Pode-se afirmar sem receio que o autor de uma carta anônima é
infalivelmente um miserável corrido pela lepra moral da inveja. Não há,
nem entre os animais mais vis, um termo de comparação que caracterize
bem a abjeção aos seus sentimentos de inveja; compará-lo a um cão
leproso, como tenho ouvido comparar, seria ofender o pobre animal,
símbolo de lealdade de repelente doença de lepra, não nos engana e
podemos afastar-nos dele a fim de evitar o seu contato.
Outro tanto não sucede, com o invejoso de que nos ocupamos: a lepra
que o corroi fica oculta, e a sociedade, em cujo seio ele é um elemento
deletério, o recebe com prazer e suas próprias vitimas o acolhem com
confiança, ignorando o que lhe devem!
Quantas vezes, apertando a mão de alguém, não dirá cinicamente consigo
mesmo o infame detractor: -“ Ah! Se este soubesse da verdade, em lugar
de estender a mão para apertar a minha, ergue-la-ia, armada de um
chicote para fustigar-me a cara!”
E, confinado no mistério em que envolve seus ataques, mas cobarde mil
vezes do que o salteador que se acoberta com a sombra da noite para
roubar o inerme transeunte, o miserável invejo, cônscio da sua
impunidade, afronta com audácia a sociedade, que o expulsaria indignada
de seu seio se, suspeitasse a verdade! Anna Aurora
Rio Pardo, 24 de julho de 1894
CARTA DO JORNAL O PATRIOTA RIO PARDO
terça-feira, 24 de junho de 2025
JOÃO CÂNDIDO "O ALMIRANTE NEGRO"
João Cândido, o Almirante Negro, nasceu em Encruzilhada do Sul, no dia 24 de junho de 1880, numa choupana onde viviam seus pais escravos, João Cândido e sua mulher Inácia Felisberto. Na fazenda de João Felipe Corrêa. Mesmo com a abolição da escravatura em 1888, a família continuou a trabalhar e morar na fazenda.
Anos depois vieram morar em Rio Pardo, com a família do Almirante Alexandrino de Alencar. Aos 13 anos fez sua primeira viagem como aprendiz de marinheiro com Almirante Alexandrino de Alencar, foi quem alistou-o, no Arsenal de Guerra do Exército, aos 14 anos de idade.
No ano de 1896, presta serviço na tripulação do Andrada. Aos 20 anos foi instrutor de aprendizes de marinha viajando pelo Brasil. Navegou
também pela Inglaterra, África, Europa e Américas e conviveu com marinheiros de todas as partes e lugares, da Marinha de Guerra.
Em 1900 foi alçado à condição de marinheiro de 1ª classe. A revolta da Chibata, liderada pelo João Cândido iniciou em 1910, entre os marinheiros, contra os castigos corporais, maus tratos (uso da Chibata), a baixa remuneração, pouca alimentação e o excesso de trabalho. Inicialmente houve a tentativa de negociação pacífica com as autoridades, mas não houve acertos entre as suas reivindicações. Os maus tratos e chibatadas continuaram entre seus colegas foi então que 2.300 marinheiros dominaram quatro navios de guerra, liderados por João Cândido, exigindo o fim das torturas e tratamento digno e humano. A vida na Marinha de Guerra era um verdadeiro castigo. Os castigos eram de forma autoritária e opressiva. Houve mortes e feridos. João Cândido foi preso, com seus companheiros marinheiros muitos foram exonerados e mortos. Começava o momento mais difícil da revoltada Chibata. Ficaram incomunicáveis no quartel General do Exército. Alguns companheiros, entre eles João Cândido, foram jogados numa masmorra na Ilha das Cobras. Muitos morreram de maneira barbara, ao reclamaram de falta de água e ganharam pás de cal virgem no corpo e chão. Alguns foram assassinados, fuzilados outros foram recolhidos aos presídios e por último João Cândido foi colocado em uma Prisão Solitária, junto com outros colegas de luta onde muitos morreram corroídos pela cal em suas carnes. “Tínhamos a impressão que estávamos sendo cozinhados dentro de um caldeirão”. Foram momentos terríveis as vezes tomando sua própria urina de sede. Não aguentávamos mais, gritamos, mas nada abafaram pelo ruflar dos tambores, o silencio foi aumentando e os gemidos diminuindo. Brasileiros sem ter seus direitos garantidos pela constituição. Quando abriram a solitária tinha gente caída, morta e podre, só sobreviveu um colega e João Cândido que em seguida foi para outra prisão. O médico Guilherme Ferreira foi chamado
pelas mortes ocorridas na solitária, mas se negou a fornecer atestado por morte natural. João Cândido saiu da cadeia só quando deu entrada no Hospital como doido, delinquente. Depois de um tempo voltou a realidade, voltando para a cadeia. João Cândido jamais ostentou pompas de comandante. Dirigiu movimento com humildade de simples marinheiro.”Sabia navegar e dirigir um navio, não precisou de escolas para aprender a viajar por capitais europeias e a manobrar navios com habilidade milagrosa”. Não se desfez de seus conceitos que sempre guiaram suas ações.
Em 1912, o Conselho de Guerra julgou os revoltosos e os absolveu unanimem-te. O Almirante Negro, pela primeira vez chorou após seu longo martírio, pela emoção.
Depois de dezenove anos servindo a Marinha, João Cândido saiu da prisão que nem um trapo. Tuberculoso, sem saber dos seus oito irmãos. Sem trabalho, sem família e doente encontrou um carpinteiro o Sr. Freitas que o ajudou a reiniciar sua vida. Casou com Marieta, na igreja da Glória. Foi comandante por duas vezes, mas não continuou e acabou sendo despedido e perseguido. Acabou sendo apenas um marinheiro da beira de Cais. Terminou sua vida com muitas dificuldades, vendendo peixes no cais.
Em 06 de dezembro de 1969, João Cândido, faleceu no Rio de Janeiro, com câncer já algum tempo, foi enterrado no cemitério do Caju.
FONTE: Dante Layano pg 253/4, Uma luz para a história do Rio
Grande , Rio Pardo 200 anos pg113, A Revolta dos
Marinheiros:1910, pg 21/2/3, 60,1986. João Cândido, Paulo Ricardo de
Moraes pg 35,...,46,62
terça-feira, 10 de junho de 2025
CAFÉ GAÚCHO
Café Gaúcho em Rio Pardo, localizava-se na Rua Andrade Neves esquina com Almirante Alexandrino. Era um lugar que servia almoço, bebidas, sorvete ótimo na cidade. Dona Brunilda fazia um sorvete especial era nos anos de 1963 mais ou menos, o melhor. O Café também era um lugar de muitos aposentados sentar , conversar contar histórias. Lugar de destaque da sociedae Rio-pardense. Hoje funciona uma loja de vestuário, a Por Menos. O prédio totalmente descaracterizado.
segunda-feira, 9 de junho de 2025
DR. RITA LOBATO 159 ANOS DE NASCIMENTO
Drª Rita Lobato Velho Lopes, nasceu em Rio Grande, Rio Grande do Sul.
Filha de Rita Caroline Lopes e Francisco Lobato Lopes.
Nascida em 09 de junho de 1866.
Estudou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro; Faculdade de Medicina da Bahia.
Especialista em ginecologia e pediatria.
Primeira mulher medica do Brasil e em Rio Pardo a primeira vereadora mulher do Rio Grande do Sul.
Faleceu em 06 dejaneiro de 1954 em Rio Pardo.
segunda-feira, 2 de junho de 2025
PRAÇA DR.PEDRO ALEXANDRINO DE BORBA
Praça Antiga em frente a Igreja São Francisco. No centro da praça temos o busto do Barão do Triunfo inaigurado em 1926.
Também existe um cercamento, ao redor do busto,com material usado na Guerra do Paraguai, muito antigo.
Hoje tem uma pequena praça com brinquedos infantis no local.
sexta-feira, 30 de maio de 2025
HOTEL BRAZIL - INTENDENCIA - PREFEITURA MUNICIPAL
A Prefeitura Municipal funcionava a Rua Andrade Neves esquina da Ladeira que antes era o Hotel Brazil. Foi neste local que se realizavam as reuniões do Club Republicano, solenemente inaugurado, a 28 de fevereiro de 1884. Este prédio histórico de Rio Pardo está sendo reformado em 2025 para ser novamente,parte do governo Municipal e outros setores históricos da Cidade.
ANA AURORA DO AMARAL LISBOA - CARTA AMÔNIMA
CARTA PATRIOTA RIO PARDO
Causará estranheza o titulo deste e mais de um leitor perguntará
admirado como ouso eu tratar de um assunto tão delicado, tão escabroso!
É que a sociedade esconde sob o manto de suas convenções muita chaga
cancerosa que é preciso cauterizar, e para isso necessário é pólas a
descoberto, que não deve recear fazer quem tem por alvo o bem da
mesma sociedade.
Quem poderá bem calcular o mal que uma carta anônima pode produzir?
Quantas uniões dissolvidas, quantas reputações manchadas, quantas
famílias desunidas, quantas vinganças injustas, não tem causado uma
carta destas?
Pois o que é uma carta anônima?
É o germem da dúvida e da desconfiança que se vai inocular no coração
até então crente e confiante; é a semente da discórdia que vai desunir os
membros da mais unida e pacífica família; é a ideia da vingança que
levanta o braço armado do ferro homicida; e tudo isso, porem é mais
ainda: é o escoadouro por onde as almas baixas e vis deixam extravasar os
seus sentimentos indignos: é uma coisa tão imunda que só pode achar
outra que lhe ganhe: - o ente sem dignidade que a forjou.
Se a serenidade de espírito daquele que recebe uma carta anônima não
fosse logo perturbada pela surpresa; se a indignação lhe permitisse
raciocinar com calma, nada devia merecer-lhe mais desprezo, pois a lógica
demonstrar-lhe-ia que tal coisa só poderia provir da mais indigna das
criaturas.
Na verdade, enquanto restar no homem um átomo do que se chama de
sentimento de dignidade, ele não lançara mão de tão ignóbil meio para
consecução de um fim seja ele qual for. Se é um amigo que deseja avisar,
a amizade ensinar-lhe-á o caminho reto da fraqueza e da lealdade; se é
um inimigo a quem deseja ferir; a honra exigirá que o ataque a peito
descoberto.
Pode-se afirmar sem receio que o autor de uma carta anônima é
infalivelmente um miserável corrido pela lepra moral da inveja. Não há,
nem entre os animais mais vis, um termo de comparação que caracterize
bem a abjeção aos seus sentimentos de inveja; compará-lo a um cão
leproso, como tenho ouvido comparar, seria ofender o pobre animal,
símbolo de lealdade de repelente doença de lepra, não nos engana e
podemos afastar-nos dele a fim de evitar o seu contato.
Outro tanto não sucede, com o invejoso de que nos ocupamos: a lepra
que o corroi fica oculta, e a sociedade, em cujo seio ele é um elemento
deletério, o recebe com prazer e suas próprias vitimas o acolhem com
confiança, ignorando o que lhe devem!
Quantas vezes, apertando a mão de alguém, não dirá cinicamente consigo
mesmo o infame detractor: -“ Ah! Se este soubesse da verdade, em lugar
de estender a mão para apertar a minha, ergue-la-ia, armada de um
chicote para fustigar-me a cara!”
E, confinado no mistério em que envolve seus ataques, mas cobarde mil
vezes do que o salteador que se acoberta com a sombra da noite para
roubar o inerme transeunte, o miserável invejo, cônscio da sua
impunidade, afronta com audácia a sociedade, que o expulsaria indignada
de seu seio se, suspeitasse a verdade! Anna Aurora
Rio Pardo, 24 de julho de 1894.
FONTE:Jornal PATRIOTA 1894. AHMRP
terça-feira, 20 de maio de 2025
214 ANOS DA INSTALAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO DE RIO PARDO
A Camara Municipal foi INSTALADA Oficialmente em 20 de maio de 1811.
Foi a maior das quatro Vilas do Rio Grande do Sul.
O primitivo orago foi Santo Ângelodepois trocou para Nossa Senhora do Rosário do Rio Pardo.
Início do povoamento da sede 1750.
Vila e sede de município pela Provisão de 07 de outubro de 1809.
A Vila foi elevada a CIDADE pela lei nº 3 de 31 de março de 1846.
segunda-feira, 19 de maio de 2025
IMAGENS MOSTRANDO COMO FICOU A CIDADE EM MAIO DE 2024
Rio Pardo todo ilhado sem água e Luz por vários dias
Ponte sobre o Rio Pardo que não resistiu com a enchente 2024.
terça-feira, 13 de maio de 2025
ENCHENTE DE MAIO DE 2024
Rio Pardo está ilhada, sem água e sem luz
Cidade é afetada pela enchente dos rios Pardo e Jacuí. Mais de 4,2 mil pessoas tiveram de sair de suas casas em regiões inundadas ao longo da semana.O município de Rio Pardo, no Vale do Rio Pardo, está há mais de 36 horas sem abastecimento de água e teve a energia elétrica desligada preventivamente em razão da cheia dos rios Pardo e Jacuí. Além disso, os acessos da cidade foram fechados.
Mais de 4,2 mil pessoas tiveram de sair de casa por força do avanço das águas. Autoridades trabalham para retirar as famílias das casas em regiões inundadas ao longo da semana. O nível do Rio Jacuí está na cota de inundação de 22 metros e sobe de maneira mais lenta, mas incessante. Nos abrigos disponibilizamos pela Prefeitura, 405 pessoas estão instaladas e recebendo todo o auxílio necessário. No interior a Defesa Civil ainda está contabilizando os números, muitas localidades estão isoladas e o acesso está sendo feito apenas por barcos.
O trânsito na ponte sobre o Rio Jacuí, na BR-471, está bloqueado entre Rio Pardo e Pantano Grande. O volume de água está muito próximo da estrutura. Com isso, Rio Pardo está sem ligação com o mundo exterior. Não é possível ingressar nela nem por Santa Cruz do Sul e nem por Pantano Grande, do outro lado. A equipe de reportagem conseguiu entrar na cidade por uma estrada vicinal, de terra, construída no tempo do império.
Já no bairro Ramiz Galvão, a água está próxima ao eixo da rodovia e o trânsito também foi bloqueado por motivos de segurança.
Com isso, todos os acessos ao município estão fechados. A única forma de se aproximar da área central da cidade é por um desvio em estrada de chão, mas que leva até uma área alagada do bairro Ramiz Galvão. Ali, moradores passam o tempo todo tentando resgatar seus bens das casas inundadas e ajudando vizinhos a fazer o mesmo.
Na tarde de sábado (4), os amigos Wagner Carlos dos Santos, chapeador, e Luís Flávio Pinto, pintor, esperavam enquanto conhecidos resgatavam cães ilhados em casas que foram abandonadas pelos donos. A ajuda aos cachorros era feita em barcos a remo. Alguns animais se atiravam no rio barrento e bebiam, em desespero, porque estavam presos nas residências, sem acesso a água.
FORTE: GZH faz parte do The Trust Project
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