segunda-feira, 5 de julho de 2021

JOÃO CÂNDIDO

 

UM MARCO PARA OS DIREITOS HUMANOS

 João Cândido Felisberto nasceu em 24 de Junho de 1880 em Encruzilhada do Sul, em uma localidade que atualmente é Dom Feliciano. Aos seus 14 anos ingressa na Escola de Aprendizes de Marinheiros (Porto Alegre). Após dois anos de formação passa a se dedicar à Marinha de Guerra.

Filho de ex-escravos torna-se um excelente timoneiro, sendo elogiado pelos oficiais por seu bom comportamento e pelas suas habilidades, além de muito admirado pelos companheiros marinheiros.

Em 1910, aos seus 30 anos de idade, torna-se uma das lideranças da Revolta da Chibata, um importante movimento pelos direitos humanos dentro da Marinha Brasileira, uma rebelião de marujos a fim de exigir o fim das punições corporais aplicadas pela Marinha de Guerra, melhores soldos e alimentação digna.

Foi preso em 13 de Dezembro no quartel do exército, e transferido no dia de natal (24 de Dezembro de 1910) para uma masmorra na Ilha das Cobras, onde 16 de seus 17 companheiros de cela morreram asfixiados.

Cumprida sua pena, desligado da Marinha, à qual serviu 19 anos, João Cândido saiu da prisão com os pulmões avariados pela tuberculose, sem roupa, com um par de botinas, enfim: um trapo humano. Passa a ter uma vida discreta e com muitas dificuldades, passando a ser um símbolo da luta pelos Direitos Humanos.

“É preciso que trabalhemos muito, que haja muita união, parte com parte. Desapareçam as paixões, os espíritos de vinganças que hão de vir ou virão, é preciso que estejamos unidos para o futuro”.

João Cândido

FONTE: Texto Neuza e Márcio


Almirante Negro

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