UM MARCO PARA OS DIREITOS HUMANOS
Filho de ex-escravos torna-se um excelente timoneiro, sendo elogiado
pelos oficiais por seu bom comportamento e pelas suas habilidades, além de
muito admirado pelos companheiros marinheiros.
Em 1910, aos seus 30 anos de idade, torna-se uma das lideranças da
Revolta da Chibata, um importante movimento pelos direitos humanos dentro da
Marinha Brasileira, uma rebelião de marujos a fim de exigir o fim das punições
corporais aplicadas pela Marinha de Guerra, melhores soldos e alimentação
digna.
Foi preso em 13 de Dezembro no quartel do exército, e transferido no dia
de natal (24 de Dezembro de 1910) para uma masmorra na Ilha das Cobras, onde 16
de seus 17 companheiros de cela morreram asfixiados.
Cumprida sua pena, desligado da Marinha, à qual serviu 19 anos, João
Cândido saiu da prisão com os pulmões avariados pela tuberculose, sem roupa,
com um par de botinas, enfim: um trapo humano. Passa a ter uma vida discreta e
com muitas dificuldades, passando a ser um símbolo da luta pelos Direitos
Humanos.
“É preciso que trabalhemos muito, que haja muita união, parte com parte.
Desapareçam as paixões, os espíritos de vinganças que hão de vir ou virão, é
preciso que estejamos unidos para o futuro”.
João Cândido
FONTE: Texto Neuza e Márcio
Almirante Negro |
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