O carcereiro da Cadeia era escolhido entre três nomes apresentados pela Câmara ao Ouvidor Geral da Comarca. A posse acontecia diante dos vereadores, que comunicavam ao novo funcionário seus deveres: cuidar da cadeia e dos presos, evitando a todo o custo que fugissem.
Era constante a preocupação dos carcereiros com o mau estado da cadeia, que sempre precisava de consertos nas paredes da enxovia, ou com o pequeno espaço em que os presos se amontoavam (5,94 por 5,5 m). A prisão das mulheres também era uma preocupação constante, pois a sala era aberta por cima, havendo perigo de fuga.
A localização da cadeia, na zona residencial da vila, preocupava a população, que sentia "um desconforto, pois os detentos diziam palavrões em voz alta, o que fazia mal aos ouvidos das distintas senhoras rio-pardenses".
Segundo relatório de 1828, em Rio Pardo havia 22 presos, mantidos com a ajuda do governo provincial e de algumas pessoas que, sensibilizadas com a situação desses indigentes, ajudavam com remédios e alimentos, alcançados aos miseráveis pelas duas minúsculas janelas que mediam 1,10 m de comprimento por 11 cm de largura.
FONTE: Documentos Históricos do AHMRP, nos livros de 1811 a 1841. Texto do Recordando Passado ( jornal R. P.)
Prédio da Câmara e oa lado entrada para a Cadeia ainda hoje. |
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