terça-feira, 18 de julho de 2017

CADEIA EM RIO PARDO

A primeira Cadeia de Rio Pardo foi criada junto a Câmara de Vereadores, em 1811. A Câmara e a Cadeia funcionavam juntas e continuava até mais ou menos na década de 80. A cadeia ainda hoje, se localiza na rua principal Andrades Neves, rua no centro da cidade. que antes era chamada de Santo Ângelo. Talvez a única Cadeia que até hoje continue no mesmo lugar desde o início da sua instalação 1811.
O carcereiro da Cadeia era escolhido entre três nomes apresentados pela Câmara ao Ouvidor  Geral da Comarca. A posse acontecia diante dos vereadores, que comunicavam ao novo funcionário seus deveres: cuidar da cadeia e dos presos, evitando a todo o custo que fugissem.
Era constante a preocupação dos carcereiros com o mau estado da cadeia, que sempre precisava de consertos nas paredes da enxovia, ou com o pequeno espaço  em que os presos se amontoavam (5,94 por 5,5 m). A prisão das mulheres também era uma preocupação  constante, pois a sala era aberta por cima, havendo perigo de fuga.
A localização da cadeia, na zona residencial da vila, preocupava a população, que sentia "um desconforto, pois os detentos diziam palavrões em voz alta, o que fazia mal aos ouvidos das distintas senhoras rio-pardenses".
Segundo relatório de 1828, em Rio Pardo havia 22 presos, mantidos com a ajuda do governo provincial e de algumas pessoas que, sensibilizadas com a situação desses indigentes, ajudavam  com remédios e alimentos, alcançados aos miseráveis pelas duas minúsculas  janelas que mediam 1,10 m de comprimento por 11 cm de largura.

FONTE: Documentos Históricos do AHMRP, nos livros de 1811 a 1841. Texto do Recordando Passado ( jornal R. P.)
Prédio da Câmara e oa lado entrada para a Cadeia ainda hoje.

ESCRAVA BRANCA

 Durante o trabalho  de garimpagem no AHMRP encontramos uma citação  de uma escrava branca, de nome CATHARINA  IDALINA FRANTZ, registrada em 1888, no município de Rio Pardo. A escrava tinha 18 anos,  solteira e de prendas domésticas. Constava no documento o nome do pai o Sr. JOÃO FRANTZ , o que raramente aparece o nome do pai, com descendência alemã. Geralmente, os filhos de mães negras  e pais brancos não eram registrados.


FONTE: LIVRO DE MATRÍCULA DE CRIADOS E AMAS DE LEITE 
               Nº 09 DE 1878/1884 – 417 AHMRP

segunda-feira, 3 de julho de 2017

CONVITE DE CARNAVAL DE 1945


No Clube Literário e Recreativo existiam dois blocos. Walter Kraemer de Quadros comentava sobre as rivalidades que havia entre os dois blocos de Carnaval do Clube, no tempo de sua mocidade. A rivalidade era tanta que um dos blocos saiu e fundou um novo clube no centro para fazerem a folia do Carnaval. Walter contava que as rivalidades eram só no Carnaval depois amigos...