REDESCOBRINDO RIO PARDO
terça-feira, 8 de julho de 2025
RESTAURANTE SEU DOMINGOS UM NOVO EMPRENDIMENTO
Casa onde foi o antigo Sobrado dos Panatieri.Local onde D Pedro II, se hospedou em 1865, quando pela 2ª vez veio a Rio Pardo.
UM NOVO EMPRENDIMENTO
Rio Pardo conta com mais um novo emprendimento. Um restaurante, em um ponto Central da cidade. Local onde foi arrumado, consertado com uma estrutura nova, mas conservando seu traços iniciais, pois é um prédio arrolado e histórico.
ENCHENTE DE EM RIO PARDO EM 2025
Em 2025, no mes de junho, mais uma vez fomos acometidos por temporais que prejudicaram moradores de áreas ribeirinhas. Em Rio Pardo, muitas pessoas sofreram por terem suas casas alagadas novamente. Choveu poucos dias mas como nossos rios estão assoriados e encheram em 3 dias e transbordaram.
terça-feira, 1 de julho de 2025
PRIMEIRA ATA DA CÂMARA MUNICIPAL DE RIO PARDO
Termo de Vereança
Aos vinte Hum dias do mes de Mayo de mil outo centos , e onze annos nesta nova Villa do Rio Pardo em as casas da Camara da mesma onde se achava o Doutor Ouvidor Geral da Comarca Antonio Monteiro da Rocha com os Juizes, emais oficiaes da Camara para se prover sobre o bem publico.
Acordarão que se fizesse a proposta a Junta da Real Fazenda de tres pessoas para Tesoureiros da Casas. Elegerão para Escrivão do Sello ao Tabellião Antonio Simõis Pereira e para Tesoureiro a Manoel Jose Ferreira de Faria e se procedeu na Eleição, e para dos Almotaces para servirem no presente anno. E por nada mais haver que Prover mandou fazer este termo em que assignou presidente, juizes, e mais Oficaes da Camara Guilherme Ferreira de Abreu Escrivão da Ouvidoria da Comarca o escrevi.
Rocha, Leal, Guimarães, Abreu, Souza, Rebello, Cunha
Fonte: LACM nº 01 1811/18 Arquivo Histórico Rio Pardo 19/05/2025.
CARTAS ANONIMAS Ana Aurora
Cartas Anônimas
Causará estranheza o titulo deste e mais de um leitor perguntará
admirado como ouso eu tratar de um assunto tão delicado, tão escabroso!
É que a sociedade esconde sob o manto de suas convenções muita chaga
cancerosa que é preciso cauterizar, e para isso necessário é pólas a
descoberto, que não deve recear fazer quem tem por alvo o bem da
mesma sociedade.
Quem poderá bem calcular o mal que uma carta anônima pode produzir?
Quantas uniões dissolvidas, quantas reputações manchadas, quantas
famílias desunidas, quantas vinganças injustas, não tem causado uma
carta destas?
Pois o que é uma carta anônima?
É o germem da dúvida e da desconfiança que se vai inocular no coração
até então crente e confiante; é a semente da discórdia que vai desunir os
membros da mais unida e pacífica família; é a ideia da vingança que
levanta o braço armado do ferro homicida; e tudo isso, porem é mais
ainda: é o escoadouro por onde as almas baixas e vis deixam extravasar os
seus sentimentos indignos: é uma coisa tão imunda que só pode achar
outra que lhe ganhe: - o ente sem dignidade que a forjou.
Se a serenidade de espírito daquele que recebe uma carta anônima não
fosse logo perturbada pela surpresa; se a indignação lhe permitisse
raciocinar com calma, nada devia merecer-lhe mais desprezo, pois a lógica
demonstrar-lhe-ia que tal coisa só poderia provir da mais indigna das
criaturas.
Na verdade, enquanto restar no homem um átomo do que se chama de
sentimento de dignidade, ele não lançara mão de tão ignóbil meio para
consecução de um fim seja ele qual for. Se é um amigo que deseja avisar,
a amizade ensinar-lhe-á o caminho reto da fraqueza e da lealdade; se é
um inimigo a quem deseja ferir; a honra exigirá que o ataque a peito
descoberto.
Pode-se afirmar sem receio que o autor de uma carta anônima é
infalivelmente um miserável corrido pela lepra moral da inveja. Não há,
nem entre os animais mais vis, um termo de comparação que caracterize
bem a abjeção aos seus sentimentos de inveja; compará-lo a um cão
leproso, como tenho ouvido comparar, seria ofender o pobre animal,
símbolo de lealdade de repelente doença de lepra, não nos engana e
podemos afastar-nos dele a fim de evitar o seu contato.
Outro tanto não sucede, com o invejoso de que nos ocupamos: a lepra
que o corroi fica oculta, e a sociedade, em cujo seio ele é um elemento
deletério, o recebe com prazer e suas próprias vitimas o acolhem com
confiança, ignorando o que lhe devem!
Quantas vezes, apertando a mão de alguém, não dirá cinicamente consigo
mesmo o infame detractor: -“ Ah! Se este soubesse da verdade, em lugar
de estender a mão para apertar a minha, ergue-la-ia, armada de um
chicote para fustigar-me a cara!”
E, confinado no mistério em que envolve seus ataques, mas cobarde mil
vezes do que o salteador que se acoberta com a sombra da noite para
roubar o inerme transeunte, o miserável invejo, cônscio da sua
impunidade, afronta com audácia a sociedade, que o expulsaria indignada
de seu seio se, suspeitasse a verdade! Anna Aurora
Rio Pardo, 24 de julho de 1894
CARTA DO JORNAL O PATRIOTA RIO PARDO
terça-feira, 24 de junho de 2025
JOÃO CÂNDIDO "O ALMIRANTE NEGRO"
João Cândido, o Almirante Negro, nasceu em Encruzilhada do Sul, no dia 24 de junho de 1880, numa choupana onde viviam seus pais escravos, João Cândido e sua mulher Inácia Felisberto. Na fazenda de João Felipe Corrêa. Mesmo com a abolição da escravatura em 1888, a família continuou a trabalhar e morar na fazenda.
Anos depois vieram morar em Rio Pardo, com a família do Almirante Alexandrino de Alencar. Aos 13 anos fez sua primeira viagem como aprendiz de marinheiro com Almirante Alexandrino de Alencar, foi quem alistou-o, no Arsenal de Guerra do Exército, aos 14 anos de idade.
No ano de 1896, presta serviço na tripulação do Andrada. Aos 20 anos foi instrutor de aprendizes de marinha viajando pelo Brasil. Navegou
também pela Inglaterra, África, Europa e Américas e conviveu com marinheiros de todas as partes e lugares, da Marinha de Guerra.
Em 1900 foi alçado à condição de marinheiro de 1ª classe. A revolta da Chibata, liderada pelo João Cândido iniciou em 1910, entre os marinheiros, contra os castigos corporais, maus tratos (uso da Chibata), a baixa remuneração, pouca alimentação e o excesso de trabalho. Inicialmente houve a tentativa de negociação pacífica com as autoridades, mas não houve acertos entre as suas reivindicações. Os maus tratos e chibatadas continuaram entre seus colegas foi então que 2.300 marinheiros dominaram quatro navios de guerra, liderados por João Cândido, exigindo o fim das torturas e tratamento digno e humano. A vida na Marinha de Guerra era um verdadeiro castigo. Os castigos eram de forma autoritária e opressiva. Houve mortes e feridos. João Cândido foi preso, com seus companheiros marinheiros muitos foram exonerados e mortos. Começava o momento mais difícil da revoltada Chibata. Ficaram incomunicáveis no quartel General do Exército. Alguns companheiros, entre eles João Cândido, foram jogados numa masmorra na Ilha das Cobras. Muitos morreram de maneira barbara, ao reclamaram de falta de água e ganharam pás de cal virgem no corpo e chão. Alguns foram assassinados, fuzilados outros foram recolhidos aos presídios e por último João Cândido foi colocado em uma Prisão Solitária, junto com outros colegas de luta onde muitos morreram corroídos pela cal em suas carnes. “Tínhamos a impressão que estávamos sendo cozinhados dentro de um caldeirão”. Foram momentos terríveis as vezes tomando sua própria urina de sede. Não aguentávamos mais, gritamos, mas nada abafaram pelo ruflar dos tambores, o silencio foi aumentando e os gemidos diminuindo. Brasileiros sem ter seus direitos garantidos pela constituição. Quando abriram a solitária tinha gente caída, morta e podre, só sobreviveu um colega e João Cândido que em seguida foi para outra prisão. O médico Guilherme Ferreira foi chamado
pelas mortes ocorridas na solitária, mas se negou a fornecer atestado por morte natural. João Cândido saiu da cadeia só quando deu entrada no Hospital como doido, delinquente. Depois de um tempo voltou a realidade, voltando para a cadeia. João Cândido jamais ostentou pompas de comandante. Dirigiu movimento com humildade de simples marinheiro.”Sabia navegar e dirigir um navio, não precisou de escolas para aprender a viajar por capitais europeias e a manobrar navios com habilidade milagrosa”. Não se desfez de seus conceitos que sempre guiaram suas ações.
Em 1912, o Conselho de Guerra julgou os revoltosos e os absolveu unanimem-te. O Almirante Negro, pela primeira vez chorou após seu longo martírio, pela emoção.
Depois de dezenove anos servindo a Marinha, João Cândido saiu da prisão que nem um trapo. Tuberculoso, sem saber dos seus oito irmãos. Sem trabalho, sem família e doente encontrou um carpinteiro o Sr. Freitas que o ajudou a reiniciar sua vida. Casou com Marieta, na igreja da Glória. Foi comandante por duas vezes, mas não continuou e acabou sendo despedido e perseguido. Acabou sendo apenas um marinheiro da beira de Cais. Terminou sua vida com muitas dificuldades, vendendo peixes no cais.
Em 06 de dezembro de 1969, João Cândido, faleceu no Rio de Janeiro, com câncer já algum tempo, foi enterrado no cemitério do Caju.
FONTE: Dante Layano pg 253/4, Uma luz para a história do Rio
Grande , Rio Pardo 200 anos pg113, A Revolta dos
Marinheiros:1910, pg 21/2/3, 60,1986. João Cândido, Paulo Ricardo de
Moraes pg 35,...,46,62
terça-feira, 10 de junho de 2025
CAFÉ GAÚCHO
Café Gaúcho em Rio Pardo, localizava-se na Rua Andrade Neves esquina com Almirante Alexandrino. Era um lugar que servia almoço, bebidas, sorvete ótimo na cidade. Dona Brunilda fazia um sorvete especial era nos anos de 1963 mais ou menos, o melhor. O Café também era um lugar de muitos aposentados sentar , conversar contar histórias. Lugar de destaque da sociedae Rio-pardense. Hoje funciona uma loja de vestuário, a Por Menos. O prédio totalmente descaracterizado.
segunda-feira, 9 de junho de 2025
DR. RITA LOBATO 159 ANOS DE NASCIMENTO
Drª Rita Lobato Velho Lopes, nasceu em Rio Grande, Rio Grande do Sul.
Filha de Rita Caroline Lopes e Francisco Lobato Lopes.
Nascida em 09 de junho de 1866.
Estudou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro; Faculdade de Medicina da Bahia.
Especialista em ginecologia e pediatria.
Primeira mulher medica do Brasil e em Rio Pardo a primeira vereadora mulher do Rio Grande do Sul.
Faleceu em 06 dejaneiro de 1954 em Rio Pardo.
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